quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mas não digam a ninguém

A manhã começou assim:
Levei os mais velhos à escola; venho para casa sem saber se devia mandar ou não o Vicente para a creche. Mas como ele estava aparentemente bem e a educadora queria que ele fosse, então lá o levei. A seguir tive reunião com a directora de turma do mais velho. Chego a casa à hora certinha de ela mamar e ela, que costuma estar sempre a dormir a essa hora, estava acordadíssima e com cara do mais infeliz e muito roufenha e ofegante. A minha rapariga das limpezas a dizer-me que ela não estava bem, que não estava não senhora. Não pensei duas vezes. Dei-lhe mama, mudei-lhe a fralda, meti uma fralda e toalhetes na mala e mais os papeis necessários de identificação e urgências pediátricas que se faz tarde.
Para a triagem foi um ápice. Devido à idade e baixo peso e alguma gravidade, não voltou para a sala de espera "normal" mas para outra mais resguardada. E foi aqui que passámos 2.30h.
Ao princípio ela estava bem-dispostinha e super calma. Às tantas começa a ficar impertinente com o sono e  não parava de chorar (mas atenção que ela não berra; ela só geme ou ronrona).
E só aqui é que me lembrei do óbvio...não lhe tinha levado a chupeta. Tivesse eu levado o meu chicote e ter-me-ia chicoteado logo ali. Ali mesmo, sem apelo nem agravo. Burra, burra, burra. Parva, parva, parva.
Mas não podia fazer nada mesmo e ela não se calava. Estava a desesperar. Eis senão quando me lembro que tenho uma chupeta do mano no bolso. Aquela que lhe tirei às escondidas para ele não levar duas para a escola. Então o que é que eu fiz? Dei-lhe a chupeta do outro. Sei lá se fiz bem ou mal. Fiz.
Coitadinha, dava uma lambidela-chorava, dava outra lambidela-chorava. A chupeta não era para a idade dela. Nem sequer era da mesma marca. Mas, pronto, lá se calou e adormeceu.




Então, mas para que é que eu estou a dizer isto a meio mundo?
Só para que não pensem que tudo é perfeito aqui na terra do lalaland.
Também discutimos muito, também brigamos, também choramos. Também fazemos asneiras.

10 comentários:

  1. Fazer asneiras? Não digas isso! Eu não teria pensado 2 vezes! Eu juntei os 4 ainda com idade de chuchas. Nem te digo nem te conto as trocas que por aqui haviam! Se ficaram mais doentes por causa disso? Claro que não! Foram só anti-corpos minha queria e agora são rijos como peros :)

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  2. Ela está na mesma. Ele está pior. Estou a tentar que ele seja re-avaliado hoje.
    bjos

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  3. E por isso mesmo, és uma Mãe fantástica! As melhoras dos minis!!!
    Beijoca

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  4. Olha paciência, o mano já lhe tinha passado o vírus mesmo! Cá em casa também há trocas de vez em quando. Bjs

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  5. mas alguém pensa mesmo que na casa dos outros a perfeição existe??

    As melhoras para a filhota e é por essas e por outra que eu tinha chupetas espalhadas por todo o lado: ele era mala, ele era bolsos do casaco, ele era carro...chama-me tola ahahah, é que também tive uma bela de uma experiência com filhote em plena viagem de 3h de comboio. Goddddddddddddd! A frase que ouvi, quando chegámos ao destino, de uma sra foi: olhe, boa sorte!

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  6. Beijo grande nesta GRANDE MÃE.

    Sandra Gonçalves

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  7. Não são erros, não são falhas, são momentos de grande capacidade de desenrasque e improviso, que, com certeza, deve ser uma das coisas que mais se aprende quando se tem 4!

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  8. nunca ouviste aquela história de ao primeiro filho a chucha cai e a malta vai a correr esterilizá-la, ao segundo, passa-a por água, ao terceiro, volta a pôr-lha na boca, sem «passar pala casa da partida» :D

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  9. :):) e ao 4º dá-se-lhe a chucha do irmão, infectada e tudo.

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