Esta semana foi uma semana difícil, com uma série de questões
para resolver e uma série de decisões para tomar. E quando ando em stress
pesadelo imenso.
O sonho desta noite foi paradigmático. Não se esqueçam que
segundo Freud o sonho é material retido pela censura, que não pode vir ao
consciente por ser muito complicado de gerir. Então é recalcado e recalcado e
recalcado. Quando mais fundo melhor. Mas quando o stress é muito, por alguma
razão, esse material deixa de conseguir ficar contido no id e tem de vir de
alguma forma à superfície. Então, quando as sentinelas baixam a guarda, esse
material escapa-se do inconsciente (geralmente quando estamos mais relaxados e
mais calmos: na hora de dormir). Mas como as sentinelas nunca estão completamente
a dormir, ou melhor, dormem com um olho aberto e outro fechado, muitas vezes os
sonhos aparecem de forma estranha, tudo misturado, uma algarviada, se assim se pode
chamar.
E o material do sonho tem de ser interpretado, e bem
interpretado, para se conseguir chegar ao mais próximo possível do que nos
angustia.
Então estava numa loja, com a C. pela mão. E estava super contente a admirar a nova colecção. Entretanto
chega uma pessoa com quem não simpatizo lá muito, que fez
que não me viu, num espaço bastante minúsculo, o que pareceu um bocado idiota. Mas tudo bem. Continuei
a ver as peças mas senti nesse momento algum desconforto. E de repente olho
para o lado e a C. tinha desaparecido. Comecei a hiperventilar e só perguntava
por ela mas toda a gente parecia indiferente, continuando a fazer o que estava
a fazer. E procurei por todo o lado e não a encontrei. E fui à parte de trás da loja,
que era um armazém super escuro e grande e estranho, tão diferente da loja
clara e compostinha onde tinha estado uns segundos antes. E cada vez estava mais em pânico e comecei a gritar mas
ninguém parecia ouvir ou querer saber.
E foi por esta altura que me forcei a acordar porque não
estava a aguentar o sufoco.
Mil vezes quando caía de precipícios ou quando sonhava que
os dentes estavam todos a abanar.
Não posso dizer que não tenha sido um sonho um tanto ou quanto revelador.
E cheio de símbolos. Cheio de símbolos, por sinal.
Imaginem que se nós ficamos assim, como não ficarão os nossos filhos quando têm sonhos maus? Um dia destes escrevo sobre isso.
Muito Bom
ResponderEliminarGostei muito .....
bjns
Raquel