Os mimos, o colo, o contacto físico nunca são demais.
Está mais do que provado que o contacto físico positivo liberta no cérebro uma hormona que auxilia o processo de criação de vínculos afectivos após o parto, a oxitocina, que está associada à regulação do cortisol, que por sua vez produz um efeito calmante e relaxante.
O toque e o afecto estão associados à primeira necessidade do ser humano, a de sentir-se a existir para o outro.
O recém-nascido procura desde muito cedo o olhar dos pais. O olhar e o toque. Precisa deles para aprender que existe. Um olhar e um toque que lhe dizem "eu sei que estás aqui".
E quando são pequeninos não precisam de muito mais do que isto. E esta dança vinculatória é essencial para o resto da vida. A mãe brinca e o bebé sorri, o bebé balbucia e a mãe repete. Esta dança de afectos vai dar a informação que o bebé precisa para se saber e se sentir olhado, escutado, amado, especial.
Do sentir-se aceite e sentir que existe para o outro faz parte o ser abraçado muitas vezes, em abraços apertados, em amassos e afagos, em beijos na bochecha ou na testa ou no alto da cabeça ou na pontinha dos dedos. Sempre com muita ternura e brincadeira à mistura.
E também ouvir muitas vezes a palavra "amo-te", "gosto tanto de ti", "meu amor", "tu és capaz", "ah valente" e quantas mais quiserem.
Não há amor demais. Não há mimo ou colo a mais. E por isso, tal como um comprimido, desta vez bem doce, temos que tomar pelo menos uma vez por dia e dizer palavras bonitas, muito sentidas, acompanhadas de toque e de muitos gestos e sorrisos.
As crianças precisam de muita presença e atenção. Quanto mais apreciadas forem, quanto mais atenção tiverem, mais querem avançar, ser autónomas, seguir caminho. Apreciação positiva e mimo e afectos não levam à dependência não senhora. Levam à autonomia, à segurança, ao bem estar, ao auto-controlo e à alegria.
Todos precisamos de mimo, de afagos e beijinhos. Tanto quanto de luz e de sol. Tanto quanto de água para saciar a sede. Tanto quanto de alimento para o corpo. Tanto quando de um pai e de uma mãe.
Este post fez-me lembrar quando a pediatra me disse que a amamentação (desde que desejada e conseguida) deveria de ser pele com pele e olho com olho. Isto é, evitar ao máximo os mamilos de silicone (que tive que usar nos primeiros dias até conseguir ter o mamilo moldado) e as fraldinhas de pano a tapar (claro que há situações em que tal era desajustado, como dar de mamar em pleno baptizado do mais novo).
ResponderEliminarE isto para dizer que os meus filhos reclamavam smepre quando eu deixava de olhar para eles durante a amamentação ou se tentava tapá-los com a fraldinha em situações menos privadas (felizmente no baptizado o rapaz portou-se à altura e deixou-se ficar tapado).
BJs.
bonito
ResponderEliminarLer estas palavras... assim a meio do dia.. fazem-me ter muitas muitas saudades da minha gorda!!
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