Manel

E a 13 de Maio de 2004 nasceu o Manel.

Estava ao longe a ouvir-se Xutos porque era noite de Queima.

E uma vontade de ir, nasce do fundo do ser...

Nasceu sozinho, só eu e ele, porque todos achavam que não era para já.

Fiz muita força, força bruta, descontrolada, meio animal. E veio ao mundo um miúdo teimoso que nasceu quando quis e como quis.

O meu filho que cresceu sozinho, meio abandonado, porque desde os 7 meses que viveu à sombra de um irmão mais velho com uma doença rara.

Adora a prima com quem nunca está, coisas da vida.

Adora a sua professora, de paixão.

Adora o grupinho de amigos e sei que se não o tirarmos do colégio, vão ser os seus amigos de uma vida.

Adora os manos, embora entre em picardia de quando em vez com o mano Vi e muitas vezes com o mano A.

Adora os avós e as tias e os tios.

Adora Évora e a quinta dos avós emprestados.

Adora o Vale Tudo, que vê aos bocadinhos durante a semana, e sozinho vai-se rindo que nem um perdido.

Nunca sei quando tem testes porque não conta e lá se vai safando, o meu sobrevivente, o meu despachado, o meu pintarolas, o meu mundo.

Adorei quando ele hoje me disse: mãe, não te esqueças que eu amanhã faço anos.

Amo-te filho. Muitos parabéns.