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quarta-feira, 19 de maio de 2021

4D apresenta Minimal Cork

 A Minimal Cork convidou-me para apresentar a coleção de peças minimais feitas em cortiça, algo que muito me honrou.

Eu não sou fã de cortiça, mas sou completamente fã da Minimal. Completamente. Linhas direitas, simples, intemporais, com classe e trabalhadas de forma a que o efeito cortiça, o toque, acaba por praticamente desaparecer, o que muito me agrada (penso que é por serem lixadas e depois envernizadas com um verniz à base de água, que as torna muito utilizáveis, mesmo na cozinha).


Um arquiteto e uma designer gráfica juntaram-se e dessa união surgiu uma marca muitíssimo interessante. Pai e filha e o respeito pelo legado de se ser português. E o orgulho, um imenso orgulho.

Há pouco tempo, por altura do natal, saíram na revista do Observador - lyfestyle, como um dos projetos que representa o que de melhor se faz em Portugal. E eu não podia concordar mais.


Conheci o António, o arquiteto que virou artesão.  Um homem maduro com uma mente espetacularmente aberta. Um senhor. Que gosto para mim poder fazer esta parceria com ele. Com eles. 


A combinação foi simples. Eu apresentava-os, podendo dar uma nova vida a alguns dos seus objetos. E assim foi. Os vasos mais pequenos viraram porta cápsulas. O vaso maior para já está como cantinho de organização  - porta chaves e afins. O vaso médio é o único que serviu o propósito original, sendo a casa da begónia Maculata. Ele e a fruteira m-a-r-a-v-i-h-o-s-a. Perfeita.

Por fim, o porta revistas passou a organizador de documentos no meu mini escritório.

A minha casa passou, sem dúvida, por um refresh. Só espero que as fotos façam justiça.


Passem pela página. Conheçam. E a mim digam-me o que acharam.

Minimal Cork, imensamente grata pela confiança.


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sexta-feira, 19 de março de 2021

Ser Pai(drasto) e o Dia do Pai

 Sobre o Dia do Pai numa perspetiva diferente, ou como esta celebração é vivida em famílias reconstituídas.


Já ouviu falar em Step Parenting ou em BlendingFamily? Pois, em inglês soa sempre melhor. Só o uso de certos nomes já é ele todo um gatilho e uma rasteira. A palavra madrasta é madrasta. Entendem o trocadilho?


Este post é para aqueles que não sendo pais, são.

Se não há muitas coisas escritas sobre este tema, então quando se trata de falar no masculino, nada aparece. Hoje resolvi falar destes pais. Não só porque é o Dia do Pai, mas também porque é um tema que me toca, em termos pessoais. Enquanto terapeuta familiar e de casal tenho tido muitas experiências e momentos significativos, mas a minha história pessoal vai ser sempre, para mim, a mais impactante.

Como estava a dizer, quando se toca neste tema, ainda um tanto ou quanto tabu, é sempre na perspetiva da mulher mãe. Muito pouco é escrito do ponto de vista da mãe(drasta) e muitíssimo menos ainda quando se fala do padrasto.

Claro que entendo o porquê, mas está mais do que na hora de nos pormos na pele daqueles que têm muito pouca voz. Empoderar quem deve ser empoderado.


Começamos logo com duas questões: Então pai (e mãe) não é quem cuida? Fartamo-nos de falar sobre isto quando nos referimos, por exemplo, a avós; ou para falar de pais ausentes. E padrastos? Pai continua a ser quem cuida, mesmo quando há um pai biológico presente?

E a outra questão que a primeira reflexão nos remete: Pai (e mãe) há só um?


Precisamos, num mundo com taxas de divórcio tão elevadas, reconsiderar e resignificar estes conceitos, estas questões.


Ser pai(drasto) não é fácil. É servir de modelo parental sem ser pai. Mas ser pai. Mas não ser o pai deles.

É preciso tirar o chip da competição. Aceitar outro adulto na vida dos filhos é difícil. Para todos. Confesso que no meu processo de divórcio foi das etapas mais difíceis. Confesso que quase morri de ciúmes.

Mas é muito importante pormo-nos no lugar do outro, por mais difícil que seja.

Eu não poderei falar, em termos pessoais, do que é ser madrasta. Mas sei o que é ter ao meu lado o padrasto dos meus filhos.


Há, ou deve haver, uma parentalidade partilhada. E nela cabe o pai, a mãe, a mulher do pai, o marido da mãe e outros adultos que tenham funções parentais. Mesmo não sendo "os" pais.

Chegar a uma co-parentalidade positiva não é fácil, é muito difícil que seja fácil, principalmente quando há madrastas e padrastos. E neste momento estou a falar do que é sentido pelos adultos, não pelas crianças - que obviamente transmitem de forma verbal ou não verbal essa dificuldade para os mais novos.


Este tema é um tema em aberto, em casa de cada um de vós. É preferível que o vejam como um workinprogress.


Se tiverem interesse que escreva mais sobre isto, por favor, sintam-se à vontade para o dizer.


Hoje este post é para ele. Já enviei um SMS para o pai dos meus filhos. Mas este post é para o pai(drasto) dos meus miúdos.

Será sempre também pai deles. É pai da Sushi (a gata que adotámos em conjunto) e pai das nossas baby plants.


Nunca pensei dar-lhe um presente no Dia do Pai. Até que essa ideia começou a fazer cada vez mais sentido.


Cada um de nós escolheu palavras para o definir, para o descrever. Conseguem adivinhar qual foi a minha? :)


Agora já todos temos uma caneca personalizada. Só faltava a dele. Poderia

ter sido oferecida num dia qualquer. E hoje foi o dia.


Obrigada por tudo. Feliz Dia para ti meu/nosso Carlos.


E obrigada atelier 18, por estarem sempre prontos para todas as minhas ideias.






sábado, 20 de fevereiro de 2021

Motivação, afetos e emoções

 Muitas vezes acumulamos tensões...emoções que não conseguimos gerir ou regular. 

Podemos pensar neste excesso de emoções como energia mal dirigida ou acumulada.

Este excesso de sentir faz-nos passar por momentos de confusão, de falta de foco, de falta de descanso...assoberbados.

Algumas vezes temos noção de que estamos presos a estes estados emocionais, que geram uma sobrecarga. Mas muitas vezes não temos consciência de onde este mal estar vem.

Esteja ou não ciente do que se está a passar consigo. Esteja a digerir só agora, neste exato momento em que lê estas palavras ou se sempre teve noção da falta de controlo sobre si própria, talvez esteja na hora de aprender a gerir este rodopio de intensidades. Clarear a mente é muito importante. Fazer uma espécie de reset. Digerir e desfocar.

Desfocar e re-focar noutras coisas. 

O que era inconsciente passa a ser consciente. O que era descontrolado passa a ser feito com controlo.

Eu optei por desfocar e canalizar essa energia para o desporto. Sentir as más vibrações a sair e as boas a entrar. E, melhor ainda, conseguir estar 15, 20, 30 minutos sem pensar. E quando sinto raiva perante a dificuldade do exercício, permito-me sentir essa raiva. E até a apreciá-la. E aos poucos vou aceitando, com coisas que são menos dolorosas emocionalmente, a sentir que se somos energia, também somos polarizados. E somos polarizados porque somos humanos. E de repente sentir dor dá algum prazer e é reconfortante. Mas de uma forma saudável.

Estou a aprender a expressar as minhas emoções mal geridas através do movimento. Sempre que posso fazendo descalça. Não sinto a terra, mas estou mais próxima da terra, mais conectada. Sinto-me mais feliz.

Estou a aprender a canalizar e a aceitar todas as emoções através do movimento. Danço, corro, canto, estafo-me, grito e não desisto. 21 dias sem desistir.

Cante, dance, escreva, cozinhe, desenhe, corra...encontre algo que possa ajudar a clarear a mente. A apagar a mente. Para depois estar pronta para recomeçar.







segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Sobre o amor e o presente ideal

 Eu já gostei do dia dos namorados, já desgostei e já voltei a gostar.

Como li algures, dizer que não se gosta do dia de São Valentim é tão 2003.

Claro que o dia dos namorados deve ser todos os dias e celebrar o amor não tem data...mas vá lá, deixem de ser rezingões e aceitem que precisamos de mais rituais na nossa vida. Os rituais são, de facto, essenciais. São manifestações ao nível manifesto, simbólico e até inconsciente. Ajudam a exprimir algo que pode não conseguir ser verbalizado noutras alturas ou cujo significado ultrapassa as palavras.


Obviamente que para mim este 14 de fevereiro foi especial. No meu caso, porque me casei ainda vai fazer 2 meses. Mas também foi especial na perceção que tenho do quão diferente e desafiante tem sido viver o amor em tempos de pandemia. 


Espero que continuemos todos a perceber que o amor é vivido no dia a dia, mas que é sempre bom haver dias em que o manifestemos de uma forma significativa. Seja no dia dos namorados, seja no dia em que se conheceram, em que começaram a namorar, em que casaram...

Muitas vezes oiço as pessoas- clientes e não só - dizer que faziam "estas coisas" quando eram novos, ou "no início" e que depois foram deixando de ligar a essas datas. Pois não deixem! É mesmo muito importante celebrar.


A imagem somos nós. Vale dar ao marido, em vez de uma grade de minis, um presente para a casa?

Primeira e provavelmente a única foto do casamento que vamos ter exposta. Então que seja apresentada de uma forma mega original.

As celebrações têm destas coisas. Andei a vibrar sozinha antes de lhe oferecer a moldura. Para mim era muito importante oferecer algo cheio de simbolismo e significado.

Para dois amantes de música. Nós, a nossa música, a nossa data. Tudo num.


Sejam felizes.


Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am home again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am whole again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am young again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am fun again

The Cure



Deixo a dica:
REWOODING - Facebook

REWOODING - Instagram










quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

O amor é difícil.

 Acabei de ler um post, daqueles de desenvolvimento pessoal, a dizer para nos afastarmos de quem faça parecer o amor difícil. Então, tenho que vos dizer que têm de se afastar de mim.

Antes de mais gostaria de dizer que gosto muito de páginas de motivação, autodesenvolvimento e autoajuda. Sou das que acho que toda a ajuda conta e que toda a ajuda é bem vinda. Estas páginas não são terapia, mas se as pudermos usar como ferramentas terapêuticas, ótimo. Questionarmo-nos é fantástico. Embora depois sinta necessidade de pedir que tenham cuidado com o inverso, ou seja, com o overthinking. Depende de como usam esse músculo fantástico, que é o pensamento.

Reparem, tudo pode ser visto de uma determinada maneira ou da maneira contrária. Tem muito a ver com as lentes que colocamos. Tal como a frase que encontrei no Instagram: "Afasta-te de quem faça parecer o amor difícil". Eu entendi a lógica, acreditem. A ideia de que há coisas que não têm de ser, de que há relações que não devem continuar, de que tudo o que é muito forçado é um sinal dos deuses ou do universo a mostrar-nos que estamos a escolher o caminho errado. Claro que faz sentido. Entendo a ideia de que há pessoas tóxicas e relações tóxicas e que temos de, a bem da nossa saúde mental, arranjarmos forma de sairmos delas. Entendo e subscrevo a cem por cento.

Há relações que são um martírio. Há situações em que fazemos esforços e mais esforços para nos encaixamos e não conseguimos. Desejamos imenso crescer com o outro, mas só nos diminuímos. E não pode ser.

Tudo certo. Ou talvez tudo errado. Faz mais sentido ser dito assim.


Mas como dizia o Miguel Esteves Cardoso, o amor é...


E era esta reflexão que no fundo queria deixar. Dei por mim a ler aquela frase e a pensar que não queria que as pessoas pensassem que o amor é fácil. Porque não é. Amar dá mesmo muito trabalho. E não pensem que se dá tanto trabalho é porque não é amor. Bem pelo contrário, senhoras e senhores. Se dá trabalho é porque é amor. Temos de passar a vida a fazer com que uma relação funcione. Temos de nos encolher e de nos pôr em bicos dos pés. Temos de condescender e temos de marcar uma posição. Temos de ser flexíveis como um contorcionista. Temos de nos esforçar. São muitas gotas de suor. Muitos risos, mas também muitas lágrimas. 

Passamos por todo este processo sempre a pensar que deveria ser mais fácil, que deveria mais simples. Ao mesmo tempo sempre a querer que seja mais e melhor. Queremos que seja simples, mas somos nós que complexificamos.

E também é difícil porque nos comparamos imenso e isso não funciona para o amor. Cada relação é única e o que resulta para outros pode não resultar para nós.

Amar é difícil. Lidar com a nossa cabeça já é difícil, imaginem o que é ter de lidar com a cabeça do outro. E até com uma terceira cabeça, que é o que nasce daquelas duas personalidades, o terceiro elemento que é o casal.

Um dia na brincadeira uma aluna minha de mestrado, depois de uma aula sobre conflitos conjugais, disse que visto por aquele prisma, provavelmente não se iria querer casar.

Eu ri-me e respondi. A vida é como o casamento. A vida não é fácil. Se calhar ainda não perceberam isso, pela idade que têm. Com todo o respeito pela vossa juventude e por aquilo em que ainda acreditam. Por favor, não deixem de acreditar. Dizem que a fé move montanhas. Mas a verdade é que a vida é tudo menos fácil, mas não é por isso que vamos desistir de viver. 


Quem sabe se não é isso que a torna assim tão interessante...






sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Munukiá e a descoberta de um mundo encantado

 Quando estava a preparar o casamento (ou a preparar-me para o casamento) achei que havia muito pouco para preparar. Tinha muita vontade de ter uma cerimónia pequenina. O que era enorme era a vontade de dizer sim.

O percurso não foi fácil. Como todos sabemos, uma coisa é querermos estar sozinhos, outra coisa era termos de estar sozinhos. Chegámos a ponderar muito adiar, até que decidimos manter o plano inicial, ou melhor, aceitar que não havia plano, que íamos andar num arame sem rede. E o que tivesse de ser, seria. Celebrar em ano de pandemia era aceitar o imprevisto, mais ainda do que já é habitual.

E assim foi.

Uma semana e meia antes lembrei-me que não tinha bouquet. E poucas eram as coisas que não queria que faltassem: o bolo, a maquilhagem da noiva e o bouquet.

 

Os bouquets tradicionais não me diziam muito e comecei então a pesquisar. Vi bouquets que tinham tudo a ver comigo, mas não encontrei nada em Portugal. Comecei por procurar perto de casa e…nada. Nessa altura já tinha uma visão muito clara do que queria - as pesquisas têm destas coisas. Encontramos coisas lindas e depois não nos contentamos com menos.

 

Resolvi partilhar algumas dessas imagens no 4D e pedir a ajuda do meu público 😊. Confesso que não estava à espera de muitas respostas. Mas as respostas apareceram e não tenho palavras para agradecer. Sem  o saberem deram-me uma sugestão que, a meu ver e naquela altura, mudou a minha vida – sim, as mudanças fazem-se de coisas pequeninas e o que nos faz feliz não tem preço.

É precisamente pela ajuda que tenho de partilhar esta história convosco, já que fizeram parte dela e foi aqui que a história realmente começou. Até aqui foi só o prólogo. A seguir vem uma espécie de conto mágico ou bocadinhos de vidas que se entrelaçam, o que quase parece um poema.

 

De entre as várias sugestões que fui espreitando nesse dia, surgiu uma que me fez dizer logo ali: “ai, acho que é isto!!”.

Nunca tinha ouvido falar. Munukiá. Gostei do nome, mas mais ainda dos arranjos e dos bouquets que fui encontrando numa página linda, suave, cheia de carisma. Era precisamente aquilo. E perdi-me de amores por um arranjo que tinha as cores certas. Que conjugava na perfeição com as cores escolhidas para o “grande” dia.

Pode parecer tolo, mas pedi ao noivo para me oferecer o bouquet. Nunca ouvi essa superstição (se a tiver acabado de inventar, pois que seja), mas achava que não devia ser eu a comprar o meu próprio bouquet. Sei que há quem diga que deviam ser os padrinhos, mas escolhi dois homens e quando se escolhem dois homens para padrinhos, dá nisto – “É melhor deixá-los estar sossegadinhos”.

O meu excelentíssimo futuro marido disse que sim, que tratava de tudo. Vimos juntos o bouquet, ele gostou muito, tentámos perceber se as medidas apresentadas faziam sentido e achámos que tudo encaixava na perfeição.

 

Então, ele fez o pedido. Pagou e estava feito.

No dia a seguir ou dois dias depois lembro-me de lhe ter dito que devíamos dizer que era para um casamento. Ouvi um “Amor, não te preocupes” e achei que ele tinha enviado mail a explicar. Claro!

Entretanto, os correios estavam um caos e na quarta feira o bouquet não tinha chegado, quando o casamento seria no domingo.

Como um arrufo pré-nupcial fica sempre bem na moldura, fiquei um bocadinho zangada quando percebi que ele não tinha chegado a enviar e-mail a mencionar a importância, a necessidade vital, que o dito chegasse a tempo e perfeito.

Pronto, como mulher que sou, acabei a dizer: “deixa estar que a partir daqui tomo eu conta do assunto”.

Não termina quase sempre assim?

Enviei então um mail à Munukiá, apresentando o meu receio de que alguma coisa pudesse correr mal, já que no dia a seguir já era quinta-feira e pelo andar da carruagem a encomenda não ia chegar a tempo. Acho que adorei delegar e depois não me contive e tive medo que alguma coisa fugisse ao meu controlo – sim, sou assim com (quase) tudo. Dizem que é por ser Virgem!

Estava então em pânico, prevendo que o bouquet não chegasse, porque os correios e as transportadoras andavam a mil. Mas afinal chegou. Chegou com um dia de atraso, apenas isso.

Mas a parte mais bonita da história começa agora.

A Matilde, a mentora e executora da marca, foi um tesouro que eu descobri. A vida é mesmo engraçada e por vezes está do nosso lado. Nem sempre é madrasta, como nós estamos sempre a pensar. A Matilde reconheceu o meu nome no e-mail e disse que só naquele momento é que estava a dar-se conta de que aquele bouquet era para mim e para o meu casamento - lembrem-se que quem fez os contactos e o pagamento foi o Carlos.

A Matilde afinal seguia o 4D há já muito tempo. Que maravilha!

Segundo ela, devíamos ter-lhe dito que era para um casamento, porque há flores muito frágeis e que não aguentam um dia todo de um lado para o outro e que ela teria todo o gosto e disponibilidade para aconselhar. Mas acreditem, não foi preciso! O meu lindo bouquet resistiu a muito e agora está no nosso quarto, a enfeitar - um bouquet de flores secas é uma ideia top!

 

Mas a nossa narrativa ainda não termina aqui…

A Matilde, arquiteta de profissão e flower designer (a Munukiá é um projeto handmade, criado em abril de 2020, em plena pandemia) disse que se o bouquet não chegasse a tempo, metia-se no carro, fazia mais de uma centena de Km e vinha entregá-lo pessoalmente.

No dia a seguir o bouquet chegou e a Matilde foi a primeira a saber. Nessa altura perguntou-me se depois de todas as nossas conversas - foram cerca de 24h de conversa -  poderia estar presente no casamento de outra maneira, se poderia sugerir os minibouquets ou miniarranjos (penso que o nome certo, segundo aprendi com a Matilde é mesakiá), iguais ao bouquet da noiva. Serviriam para marcar os lugares na mesa e para oferecer aos convidados.

Eu achei a ideia maravilhosa. E não sei como é que a Matilde conseguiu… mas conseguiu!

 Sei que trabalha quase a tempo inteiro na sua marca e ainda tem de roubar muitas horas ao dia para continuar a trabalhar nos projetos de arquitetura. Bravo!

Na quinta feira à noite a Matilde fez os 15 bouquets. Na sexta levou-os à Rede Expresso e nessa mesma tarde estavam na Figueira da Foz. No sábado escrevemos a data e o nome de cada uma das nossas pessoas (as que podiam estar presentes, que eram muito poucas e as que não poderiam estar, mas que iriam receber depois) numa etiqueta de sementes de flores. No sábado à noite estavam a ser entregues no espaço onde celebrámos o casamento e no domingo estávamos a celebrar. Parece simples dito assim, não parece? 😊

 

E sim, no meio do caos nascem flores.

Esta é uma das histórias mais bonitas que tenho para contar sobre estes dias.

São momentos como estes que fazem parecer que dentro de qualquer vida comum há sempre um pouco de magia.

Obrigada Matilde – Munukiá

 

Tenho de elogiar a sua capacidade de trabalho, a sua criatividade, a sua simpatia, a sua disponibilidade.

 

Recomendo vivamente.

https://www.facebook.com/munukia

https://www.munukia.com/

https://www.instagram.com/munukia.design/
















domingo, 17 de janeiro de 2021

A Joana e eu

 

Daqui a 3 dias faço um mês que casei.

Queria contar tanta coisa, mas tem sido difícil ter tempo para tudo.

Gostava de deixar umas palavras a agradecer à Joana, a menina-que-fez-maravilhas-comigo.

 

Como costuma dizer: não é sorte, é trabalho.

Mas para mim foi uma sorte o destino tê-la colocado no meu caminho.

 

É mega talentosa, mega empenhada, mega simpática.

E fez 1 hora de viagem para me vir maquilhar no dia do meu casamento.

 

O marido disse: tens de andar mais vezes assim!

Os meus filhos, especialmente o Vicente, volta e meia diziam: a mãe está linda!

 E estava. Ou pelo menos sentia-me.

 

Sempre disse que se me casasse segunda vez ia ser muito diferente. E foi.

 

Regra número um:

Comprar tudo novo, mas comprar tudo o que pudesse ser usado muitas vezes. Não é como o meu primeiro vestido de noiva, que está num sótão e que não o vejo desde o dia que casei, fez em 2020 20 anos.

Desta vez…

Um vestido Molly Bracken. Umas botas da Mango. Uma bandolete da Parfois. Um casaco de pelo da Springfield. E roupa interior Intimissimi.

 

O que não podia faltar: o bouquet e a maquilhagem.

Do bouquet falo noutro post, que a Matilde merece.

 

A maquilhagem tinha de ser especial.

Confesso que há 20 anos não me preocupei muito com isso. Era uma miúda, qualquer coisa ficava bem e não se falava em maquilhadoras profissionais. Foi a minha cabeleireira que me maquilhou.

Tanto que evoluímos desde então.

Nos últimos anos, por causa do blog, tenho trabalhado com verdadeiras pros da maquilhagem. E é outro nível.

 

Estava com receio, confesso. A minha pele não é propriamente a pele de uma menina de vinte e poucos anos. É uma pele madura. E eu lembro-me de dizer à Joana que não queria parecer a mãe da noiva e de ela rir. Rimos muito durante todo este processo. Só por isso já me conquistou.

 

Adorei o resultado.

Adoro a Joana.

Deixo-vos aqui uma mini mini entrevista - há tanto tempo que não faço entrevistas que já nem sei como se faz! - para que a possam conhecer melhor.

 

Joana Fernandes: “Tirei a formação em 2017, mas já só comecei a trabalhar oficialmente como maquilhadora profissional em 2018, nesse ano já tive 3 noivas, e foi aí que me apaixonei por este mundo. Em 2019 tripliquei o número de noivas (acho q até mais) e em 2020 fui reconhecida como uma das melhores profissionais de referência na área da beleza em casamentos, pelo casamentos.pt.

2020: deu para abrandar o ritmo, parar para pensar, no que quero, no que realmente me apaixona, fiz muitas formações e planeei muitos projetos q vão sair em 2021. Maquilhei-te, que foi um momento muito feliz!

2021: continuo a sentir, apesar do que estamos ainda a viver, que é um recomeço, que vai ser um ano de muitas oportunidades, embora tenhamos de esperar mais um pouco para elas chegarem. Mas eu confio!”

 

A Joana já era para mim especial. Era a menina com a boca em forma de coração. Era a maquilhadora que eu gostava de ter no meu casamento. Agora é a minha amiga Joana, a maquilhadora que esteve comigo no meu casamento. Que fez uns bons klm para me maquilhar, que estava à minha espera quando saí do cabeleireiro, que falou comigo e rio comigo, ajudando a passar o nervoso miudinho. A amiga que me ajudou a correr o fecho do vestido e a primeira a ver-me pronta para o grande dia.

Uma pequena cerimónia, mas um grande dia.

O dia em que resolvemos fintar o sofrimento e toda a angústia de 2020 e dizer: podemos celebrar e agradecer mesmo nos dias complicados. Queremos sair deste ano de loucos...casados.

 

A Joana ainda nesse dia postou uma foto dela junto ao mar. Acho que isso quis dizer paz e objetivos cumpridos.


https://www.facebook.com/joanafernandesmakeup

Joana Fernandes - makeup artist

Joana Fernandes Makeup Artist





Me, by Joana

Me, by Joana



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