Não sei nem me interessa se mostrava ou não ao mundo, se acontecesse comigo. O que me interessa é que é uma estória comovente, de amor, de orgulho, de protecção (queria dizer nurture, a palavra mais certa). De celebração da vida, dos milagres da vida, mesmo que seja uma bênção momentânea (que não é de maneira nenhuma, porque perdurará para sempre).
Ainda hoje falava aos meus alunos da perda, de lidar com a perda, nomeadamente com a perda gestacional. Ainda hoje falava aos meus alunos da importância de criar rituais, que tanta falta nos fazem. Emocionante. Apenas isso. Emocionante.
É sobretudo uma história de amor entre pais e filhos. Um amor que só foi vivido numas escassas oito horas: o tempo que Grayson James Walker viveu. O bebé nasceu com malformações fatais. Os pais sabiam da anencefalia (uma malformação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana) e sabiam que a criança iria viver pouco tempo. Uma razão que não os impediu de tornar as poucas horas de vida nas mais felizes.
Daqui