Já disse e repito, aqui em casa não há prendas especiais no dia do pai, nem no dia da mãe e mesmo no dia da criança será sempre só uma lembrança. Nestes dias do pai e da mãe o mais bonito é o que eles trazem da escola, que fizeram ou ajudaram a fazer. De qualquer forma há presentes que valem sempre a pena e os livros são definitivamente esse género de presentes. Livros que façam pensar, que aproximem, que estreitem laços. Livros simples para serem lidos em conjunto, numa postura de grande partilha. Mensagens curtas mas simultaneamente profundas, que ficam a ressoar cá dentro.
O ano passado para comemorar o dia do pai, o pai cá de casa levou os mais velhos a um workhop de pintura e apresentação do livro Pê de Pai. Eles adoraram e acho que é mesmo um livro a aconselhar.
É um livro que fala dos vários tipos de pai. Um que dedica tempo especial aos filhos, dando-lhes carinho e atenção; um que orienta e acompanha; um que os protege de todos os males; um que brinca mas que também conversa; um que entende e que ajuda a superar medos e angústias; um que os desperta todos os dias e que os aconchega ao deitar.
Um pai transforma-se, um pai desdobra-se, um pai supera-se na relação diária com os seus filhos.
A mensagem é que há várias maneiras de ser pai e talvez também a de que um pai é tudo isto e muito mais. Alguns nascem ensinados e outros têm de ir aprendendo, aos poucos, guiados pelos filhos.
É de facto uma homenagem, um hino até à cumplicidade entre progenitor e seu rebento. Uma mensagem linda para ser lida no dia do pai e em todos os outros dias.
Com textos de Isabel Martins e ilustrações de Bernardo Carvalho
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