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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Revolução? Que revolução?

A revolução teve que fazer uma pausa, que hoje é mas é dia de estórias de um casamento.

Mas não deixo de adorar as mulheres por isto.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Revolução de 28 de Abril - o que é um mundo justo ou a revolução das mulheres-mães à procura de uma melhor gestão do tempo

Num mundo fatalista, com uma visão do mundo pessimista, de copo-sempre-meio-vazio, se calhar aqui a je tem que finalmente assumir que não está mal (mas queremos sempre melhor, não é?).

Trabalha a tempo inteiro no papel, a tempo mais do que inteiro em alturas específicas, mas a tempo parcial uma boa parte do tempo.
Tenta escolher horários e nem sempre consegue. Sabe que vai trabalhar pelo menos uma noite por semana. Sabe, e detesta, que a vão chamar para reuniões a qualquer hora, marcadas praticamente de um momento para o outro. Mas mesmo assim é livre. E conseguiu por isso ficar com o seu petit garçon durante o primeiro ano de vida em casa. Se tem tudo? Não. Tem que gerir muito bem os seus horários, tem que dizer não a algumas reuniões e alguns trabalhos, ouve muitos suspiros quando alega impossibilidades, tem que dizer não a momentos mais seus. Mas mesmo assim sente-se livre, mais livre do que a maioria. E seria diferente se esse tempo-integral-no-papel passasse a tempo parcial (no papel)? Sim, mudava ainda mais a gestão do tempo mas também mudava a conta bancária.
O ideal? Bom, como costumo dizer aos meus clientes… o ideal não existe, é um valor que está lá, para não ser alcançado, mas para nos impelir a avançar, a batalhar, a lutar. Vamos procurar o Bom. Isto significa desistir? Significa contentarmo-nos com pouco? Não, de todo. Significa conseguirmos mudar a forma de ver as coisas para aceitar o que deve ser aceite e mudar o que deve ser mudado. Significa deixar de ver, sempre, o copo meio vazio e fazer até um esforço para o começar a ver meio cheio.
Trabalho muito em casa, a preparar trabalho para fora de casa. Mas se podia ser pior? Então não podia. Se podia.

Vivo uma vida dupla e começo a aceitar que não é má de todo.

 
 
A revolução maior encontra-se no http://apanhadanacurva.blogspot.com/



Uma revolução começa cá dentro, não é?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

28 de Abril sempre, 28 de Abril SEMPRE!

A Mãe que capotou, eu mesma, a Madame Pirulitos, a Sofia e mais, muitas mais, vamos gerar um movimento a favor da mulher, da mulher-mãe, da mulher-mãe-com-tempo-para-os-filhos, da mulher-mãe-que-quer-ou-precisa-continuar-a-trabalhar-mas-sem-prescindir-da-beleza-de-educar-uma-criança (poética?).

A favor essencialmente dos laços e dos vínculos e dos atilhos que fazem deles as pessoas que são, que fazem de nós pessoas muito, muito melhores.

Tempo parcial? Sim.
28 de Abril? SEMPRE.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

E novos comentários nos blogs aderentes fizeram-me querer escrever isto

Fica bem ser-se moderno e dizer que o marido ajuda. Paradoxalmente fica ainda melhor dizer-se que se fez isto e aquilo e o outro. Das coisas que mais me faz bufar (perdoem-me o que vou dizer e perdoem-me ainda mais a expressão) são aquelas mulheres que dizem que no dia que saíram da maternidade ainda foram fazer o jantar. Mas bolas, bolas, bolas. Não haverá dinheiro para comprar um franguinho da guia? Ou um hamburger no mac? Qualquer coisa, qualquer coisa.
Qual o porquê? Qual o motivo?
Ah, é o do seu home não gostar destas comidas?? Ou que fazem mal ao leite para o bebé? Não entendo.
Vivemos em culturas tão paradoxais que mete medo, muito medo.
Queremos ser as modernas, as independentes, as autónomas, as práfrentex. Mas depois não dispensamos o título de mães-galinhas e de super-mulheres e e e.
Eu cá não sou boa de casa, confesso. E nunca farei um post a dizer que enquanto estive grávida andei a passar 3 toneladas de roupa a ferro e a seguir fui limpar as duas casas de banho com um algodão a ver se a limpeza não engana.
Ahhhh, e muito menos vou cozinhar no dia em que chegar com um filho nos braços.

E já disse algumas vezes que não sou mãe-galinha e deixo-os ir de férias para a casa dos avós, feliz da vida (felizes eles ainda mais, acreditem). Talvez uma mãe-leoa, mas isso se tiver mesmo de arranjar um título para o que sou.

Se sou perfeita? Porra, já disse mil vezes que não.
Se sou feliz? Vou sendo. Sou virgem mas não tenho nem a mania da perfeição nem a obsessão da arrumação. Terei outras manias, sem dúvida.
Se gostava de ser diferente? Claro, às vezes. Quem não pensa assim?
Mas não tenho vergonha de dizer que não sou boa dona de casa; não tenho pretensões de afirmar que faço melhor do que ele, nem de dizer que a minha casa anda um brinquinho graças a mim.


Espero ter cabecinha no lugar para educar os meus filhos na base da igualdade. Não quero que a gajinha ande por aí a queimar soutiens e não faça nada enquanto os gajinhos cá de casa fazem tudo. Quero é pôr tudo a trabalhar sentindo-se iguais no que devem sentir-se iguais e diferentes no que é para serem diferentes. E quanto a mim esta não é decididamente uma diferença a manter.

E vamos também abolir a frase do ah e tal, ele até "ajuda". Ajuda? Ajuda? E eu também o ajudo e tal? Ele faz e pronto. Faz. Não ajuda. Please.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pais modernos ou as (a)tira(nices)da vida


Pais modernos ou por trás de um grande homem há uma mulher, tirana? (vá, um bocadinho a atirar para o tirana) ou entre a pré-história e a modernidade (que ser moderno é muiiiito difícil e dá cá uma canseira).

Depois de ler esta notícia fiquei a pensar nisto. Parece que veio a calhar porque é disto que tenho falado nas aulas de intervenção conjugal.
Como faço nas aulas, não me importo de dar como exemplo o meu marido, que deve ficar com as orelhas a arder todas as terças feiras à noite. Faz-me lá alguma impressão que ele não seja perfeito? Pois, já não. Já não porque aprendi a ser esperta.
Ora como eu estava a dizer, o meu marido está ali a meio caminho entre uma coisa e outra.
 No limbo diria mais, no limbo.


Nós vivemos de mitos e vivemos a relação de casal como de um punhado de mitos irrealistas se tratasse.

Se tu me amasses…
Se tu realmente me amasses…
Se ao menos gostasses um bocadinho de mim…
A melhor é a da bola de cristal: se eu fosse o mais importante da tua vida conseguirias imaginar (saberias) o que eu estava a pensar, descobririas-me os pensamentos.
Enfim…

Eu achava, réstias de uma educação maternal do género, que ele teria de fazer por ele, sem eu pedir. E ainda mais fazê-lo por prazer, por imenso prazer, quase aos pulinhos de tão contente que estava de cuidar dos filhos, arrumar a casa, dar banho aos putos, dar-lhes de comer, mudar cocós. Tudo e tudo e tudo. Quanto mais feliz melhor.

Claramente, lidar com a coparentalidade e a divisão do trabalho doméstico e ainda com a gestão das carreiras não é fácil.
E nas mulheres há claramente uma ligação entre o desejo sexual e o preenchimento das necessidades aparentemente mais básicas, como a partilha das tarefas domésticas.
Portanto, os homens ainda não descobriram que a partilha do pesado fardo que são as tarefas domésticas pode ser um excelente afrodisíaco. Que tolos que são.


Resumindo, o meu faz muito, desde que esteja em casa, o que dificulta logo as coisas. E faz praticamente tudo, a maior parte desde que eu o direccione para as tarefas. E não faz como se a felicidade dele dependesse daqueles preciosos momentos ou como se o seu sentido de responsabilidade fosse do mais apuradíssimo que há.
Mas faz.
Se é o ideal? É quase, desde que eu seja pessoa que não me importe de direccionar e que ponha de lado a ideia de que ele deve só fazer porque sim e cheiinho de vontade.

E quem sabe, como diz a Peggy Papp,
It is not inconceivable that in the not-too-distant future someone may develop a kitchen floor sex therapy!

E finalizo dizendo: o meu homem é um português moderno e um homem do mundo semi-moderno.



Neste reflexão participaram:
http://redondaquadrada.blogspot.com/

http://apanhadanacurva.blogspot.com/


http://gralhadixit.blogspot.com/

http://este-e-meu.blogspot.com/

http://www.emestadopuro.blogspot.com/
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