Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Tabor Saddles



Quis começar 2019 com um post especial, onde vos falo um pouco sobre o mimo que recebi da Tabor. 

Desde sempre que sou uma apaixonada pelo universe vintage, especialmente pela estética dos anos 40 aos 60. 

Há uns meses consegui finalmente comprar a minha bicicleta antiga, restaurada e pronta para a estrada e agora recebi de presente os acessórios que lhe faltavam para a deixar impecável – o selim, os punhos e uma bolsa, todos em pele e de fabric artesanal. 



Pensar que a Tabor Saddles existe desde 1965 e que os nossos caminhos se cruzaram no final de 2018 e que só agora em 2019 estamos a começar a construir, juntos, a nossa história! 



As peças chegaram – lindas, confortáveis, resistentes, cheias de carisma. Perfeitas, como se quer. Parece que foram feitas apenas e só para a minha bicicleta de menina, de menina mulher. 

O couro é incrível e dá um ar oldschool e ao mesmo tempo moderno e funcional. Eu diria, de elevada qualidade e intemporal. 



A Tabor nasceu em Águeda e foi a casa ninho de 5 empresas de região que operavam em separado e que se uniram quando se aperceberam que juntas eram mais fortes, que juntas tinham futuro. 

Depois de voltas e reviravoltas, a Tabor afirmou-se e sustentabilizou-se num nicho de mercado, pela existência de uma necessidade emergente e de muita vontade – estavam de volta à ribalta as bicicletas urbanas e de cidade. 

Vemos assim a Tabor a marcar pontos, especialmente nos países nórdicos, levando o que é nosso cada vez mais longe. 



Obrigada Tabor. Tão grata por tudo! 





https://taborsaddles.com/pt











I wanted to start the New Year with a special post where I can share the wonderful gift I’ve received from Tabor. 



So you know, I’ve always been a great fan of everything that is vintage, especially with all that relates to aesthetics as from the 1940’s up until the 1960’s. 



A few months ago I finally managed to get myself an antic bicycle and had it restored so that it would be road safe. I’m extremely grateful that Tabor offered me accessories that added extra splendour to my bicycle. They were so kind to send me a saddle, handles as well as a tool bag, of which I have the need to emphasize that all these articles were handmade and in exquisite leather. 



Bearing in mind that the Tabor saddles exist since 1965, it’s a privilege our paths crossed at the end of 2018 and I’m pleased to say that we will begin our journey together in 2019. 



You will be pleased to know that all the articles are beautiful, comfortable, resistant and full of charisma. Perfect as can be. It’s as though they were tailored just for me. 



The leather is amazing with a touch of old-school but at the same time modern and functional. I would say they are of high quality and timeless. 



Tabor was born in Águeda. Being the mother-nest, Tabor fused 5 small independent companies realizing that they’d work better together as one. 



Tabor suffered quite a few obstacles along their journey but managed to overcome them. Their great triumph was and is the fact that the urban and city bicycles are back in fashion. 



With this we can see Tabor keeping score, especially in the Nordic countries and even more valuable, taking what is ours even further into the world. 



Thank you Tabor, so grateful for everything! 











segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Socorro, o meu filho é maior de idade



Hoje é um dia feliz. Não, hoje é um dia super feliz. Hoje talvez seja um dos dias mais felizes de toda a minha vida.


Dizemos sempre algo parecido a cada ano que passa. Em cada ano que se soma, em cada primavera que se acrescenta. O primeiro aniversário é o primeiro. Há poucas palavras para descrever o que se sente, quando, finalmente, passados onze meses, podemos contar 1 – e não interessa nada porque voltamos logo daí a um instante a fazer tudo como dantes e os 12, os 13, os 14 meses é que contam, porque o nosso baby ainda não pode ser um rapaz, isso não!


O terceiro aniversário é tão doce quanto o primeiro e agora sim, tão verdadeiro, estamos prontas para largar assim com um adeus saudosista, os meses dos nossos dedos e da nossa lista e começamos a ver cada vez menos um bebezinho na cara linda do nosso rapaz.


O sexto é assim à séria, tira a barriga da miséria, já não chega para uma mão. É um número redondo, dos joelhos esfolados, dos tombos e de alguns ais. Dos risos desdentados, da ida para a escola e das letras, dos números, das namoradas e dos namorados e um pouquinho do adeus aos pais.


O décimo segundo é a entrada na adolescência e nós sempre a pensar – mas se a adolescência acaba mais tarde, porque é que não é mais tarde que vai começar?? Lá vêm os desafios, as mudanças de voz, o gostar mais dos avós, a falta do beijo ao deitar.


O décimo quinto é a adolescência em pleno. Para alguns é um sossego, para outros é melhor nem sequer falar. É a escolha definitiva da área, num futuro profissional que ainda está tão distante. Porque é que tem de se ser já adulto quando ainda se é tão infante?


E depois o número que intimamente desejamos e tememos, o número da sorte, do crescimento, do desapego, o número que significa o princípio do fim ou o início de um maravilhoso mundo novo.

18 anos, socorro. Aqui para nós, pais, que já o vivemos. Não é nada, mas ao mesmo tempo mete cá um respeito...


Confesso que não escrevi este post hoje. Hoje não seria capaz. Estou demasiado emotiva para o fazer.


Hoje, dia vinte e um, do um, de 2019, só me consigo reportar ao dia vinte e um, do um de 2001 e às benditas 26 horas de trabalho de parto. Foi nesse dia, às 4.40 da manhã que me estreei nisto que é o “negócio” da maternidade. Já lá vão 18 anos. Mal eu sabia onde me estava a meter. Tinha 25 anos e achava que estava pronta para tudo. Olhando para trás, meio enternecida, só vejo uma miúda, que pouco ou nada sabia da vida.

Não, hoje não. Hoje estava demasiado emocionada para o fazer.

Há meses sem fim que não escrevia no blog. Curiosamente foi o único desejo que pedi para ser concretizado para 2019, voltar a escrever. E sim, Afonso, esperei por ti.


O meu filho é hoje maior de idade e eu nem sei como continuar…


- Mãe, lembras-te quando me dizias que aos 18 podia sair à noite e não ir só a jantares?

(Mas quando disse isso faltava uma eternidade. Como faço agora para me desenvencilhar?)


- Mãe, achas que aos 18 podia experimentar a fumar os vipers, aqueles cigarros que não têm nicotina e são de vários sabores?

(What?? Prometo que escrevo um post sobre isso, imprimo e dou-te para ler, para refletires sozinho e depois temos uma conversa sobre isso, ok? Acho que não fazes ideia dos malefícios. Mas não te vou chatear hoje com isso.)


Sim, fazer 18 é uma coisa em pleno, quase parece que tudo se alinha no mapa astral, não só para os nossos putos que se sentem grandes, uns crescidos, mas também para os pais, sobretudo do ponto de vista emocional. Tudo muda. Ou quase tudo. Até do ponto de vista legal!

As hormonas já dispararam, embora não me possa de todo queixar. Tenho o filho mais amigo, mais companheiro e preocupado que se possa imaginar. Ele não diz que vai fazer isto ou aquilo, ele não informa. Ele pede, como sempre pediu e eu sei que isso não vai mudar. E ele próprio escolhe aquilo que acha que deve pedir e não arrisca quando sabe que vai ouvir um não. Chama-se ter um bom locus de controlo interno. Tenho muita sorte, pois então!

Os amigos são o mais importante do mundo. A parte das redes sociais, das conversas e da vida online. O estudo fica muitas vezes num lugar distante da lista de prioridades e custa quando eu vejo nele tantas capacidades. Mudou de área, voltou atrás. Foi uma decisão ponderada, discutida, reflectida. Foi o melhor que fez. A moratória que tanto Erickson falava tem de ser isto. Os adolescentes escolhem o seu futuro cedo demais. É importante terem mais tempo para reflectir, para decidir, para experimentar, para arriscar, para errar e poderem voltar atrás, a caminho de novos rumos, se assim tiver de ser. Numa sociedade de competição desenfreada, ensinar aos meus filhos que a felicidade está em ter juízo e o juízo está em saber dar tempo ao tempo é algo que eles levam consigo e que espero que ensinem também aos seus filhos um dia mais tarde. Não estou a ensiná-los a ser irresponsáveis, longe disso, mas a dizer-lhes que a responsabilidade leva tempo a ser aprendida e apreendida, substanciada, desenvolvida. É que ser responsável é também perceber que há vários caminhos e que não há só uma linha reta, uma linearidade absoluta que nos conduz do ponto A ao ponto B.

Aparece também nesta fase a lógica adolescente – ficamos com a quase certeza que todos os miúdos entre os 15 e os 18 deviam ir para direito, relações públicas ou relações internacionais. Não há ninguém como eles a defenderem o seu ponto de vista. Eles são os tais! Mesmo que não digam nada de jeito defendem o que acreditam com unhas e dentes e não largam até que os pais desistam, vencidos pelo cansaço. São mestres nisso. E do improviso.

E quando falam por entre dentes e nós não nos contemos e atiramos com um “O que é que disseste?” ou “Repete lá isso outra vez” e eles, muito a custo, lá nos dizem um “Nada”, sabendo nós que foi um nada como que a querer dizer tudo.

Não, eu não odeio teenagers, muito pelo contrário. Tanto em casa como no consultório tenho tido ao longo dos últimos anos experiências maravilhosas. A adolescência tem sido para mim uma feliz descoberta.

Sim, claro que há desafios. Já apontei uns quantos. E quando eles adoram apontar-nos as falhas? Tal como nós lhes apontámos algumas, senão bastantes vezes. Será que andámos por aqui a criarmos uns pequenos grandes e giros monstros?

O meu filho tem crescido a olhos vistos. Não só em altura, mas também em maturidade. Penso que as coisas não vão mudar por cá assim tanto. Eu penso que sempre seguirei a velha máxima, obviamente adaptada à idade – My house, my rules!

Se ele é um adulto? Nem pensar. Espero que se ele ler isto acabe a concordar comigo. É um miúdo. Pelo menos o meu miúdo. Um grande filho. Um grande amigo. Mais crescido do que já foi. Mas sempre o meu miúdo. Mas até eu nem sempre me sinto uma adulta! Vamos lá a ver bem as coisas. Este é ou não é um processo sem fim?

Esperemos para ver o que o futuro lhe/nos reserva. Agora estou cá para ele. E sei que ele está cá para mim.


Feliz 18 anos meu amor maior.

Da tua, sempre tua,


Mãe








Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...