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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

My September - o mês das grandes mudanças

Setembro, sempre foste e continuas a ser um mês muito difícil para mim. Não é o voltar às rotinas que me incomoda. É muitas vezes o ter de passar à força de um estado de alguma paz, calma e serenidade, para momentos, contextos e situações que me criam tensão, medos e dor. Diríamos que re-começar nunca foi muito fácil para mim. Engraçado, eu que gosto da previsibilidade e de ter tudo controlado - não sei muito sobre isso, mas palpita-me que é de ser virginiana - gosto das férias e de alguma perda de controlo. Se bem que mesmo no dolce fare niente nunca soube realmente andar à deriva. Sinto que tenho uma alma perdida que não encontra o seu norte. Felizmente tenho lá em cima no céu, a minha estrelinha da sorte que me vai iluminando e guiando para nunca me sentir só. Não conseguiria isto sem ti. Obrigada, querida avó.
Como devem imaginar este ano é o ano. Só o consigo ver assim. Não quero ser hipócrita e dizer que foi tudo péssimo e desastroso ou que foi apenas mau. Não é verdade, isso seria injusto para todos e sem dúvida que o seria para mim. Este ano foi também um ano de muitas superações e também de muitos reencontros e de muitos recomeços. Com os outros. Comigo própria. Inclusivamente com a minha família, a quem aprendi a beijar mais, a abraçar mais, a estar mais presente, a dizer mais vezes e simplesmente "gosto muito de ti". Sabem que se pode estar mais perto, mesmo que distantes?
Setembro sempre foi para mim "o" mês mais esquizofrenizante, porque tinha de voltar a lugares onde não era feliz. Mas era também o meu mês, o mês em que nasci. Não escolhemos a data, nem onde, nem quando vimos ao mundo. Mas é suposto apoderarmo-nos dela, achá-la “a nossa” e acreditarmos que ela vai com o seu toque de midas transformar tudo em ouro e diamantes. Sempre com a certeza de que "este é que vai ser o tal".
Então por tudo isto, e para que não haja enganos, mais do que janeiro, é setembro o novo ano, a época mais especial, que sempre aproveitei para fazer balanços e apontar, pouco a pouco, tudo o que queria fazer de diferente. Mas este setembro é duro como nenhum outro. Imprevisível. Cheio de porquês e segredos. Setembro é sentido assim por mim e por muita gente. 

Quero ver-te vibrar, setembro! Quero que me faças sorrir. Ajuda-me no que é mais desafiante! Enche-me de resiliência e esperança, mesmo sabendo que nada será como dantes! Dá-me fé e confiança! Não quero viver daquilo que já passou. Não quero viver na saudade. Ajuda-me a saber quem sou!
Ajuda-nos a saber quem somos! 
Dá-nos mais humanidade!


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