Será que estamos a fazer a coisa certa quando passamos a vida a dizer às nossas crianças que não podem fazer isto ou aquilo? O que é que devem ou não devem fazer?
Não damos, a maior parte das vezes, a oportunidade aos nossos filhos de treinarem esta competência tão necessária, de aprender a julgar, de tomar decisões por si próprios.
Estaremos mais preocupados com os perigos do que aquilo que deveríamos?
Claro que a nossa função é assegurar-lhes a segurança, passo o pleonasmo. Mas será que essa preocupação desmedida não será mais do que tudo uma boa desculpa que arranjamos para justificar e camuflar os nossos próprios medos e inseguranças?
5 comentários:
É algo em que também tenho pensado. Principalmente porque agora a educadora do meu filho se lembrou que aprender a pregar pregos é uma actividade que desenvolve a motricidade fina. Eu tenho muitas reticências, pois pregos e martelos a sério não são de todo materiais didáticos e podem causar acidentes graves.
Mas sim, acho muito normal querermos assegurar a sua segurança e livrá-los de acidentes. Se os protejo demais? Talvez. Mas creio que é uma das minhas funções! Beijinho
Às vezes também é falta de tempo! Se tivéssemos mais tempo e deixássemos os nossos filhos fazerem mais coisas connosco do lado para vermos quais as limitações deles, do que são capazes e deitar uma mãe se for necessário, perceberíamos que eles são muito mais capazes do que achamos e seriam muito mais desenrascados no futuro. Claro que depende do que for. Mas há coisas tão simples que não os deixamos fazer porque achamos perigoso ou pouco próprio, que dava para eles fazerem desde que estejamos do seu lado! Temos o dever de os proteger, mas também temos de saber dar-lhes asas! :)
Os medos são próprios da condição humana e a proteção aos mais desprotegidos também.
É tudo mesmo uma questão de bom senso. Não podemos querer evitar e proteger os nossos filhos de todos os males deste mundo, mas também não devemos ser irresponsáveis ao ponto de saber que algo grave pode acontecer, mas que dessa forma eles aprendem!
Consoante as suas idades, a sua compreensão do mundo que os rodeia, das consequências dos seus atos, é que devemos ter o bom senso de saber até onde os podemos deixar ir.
Mas sou apologista de que as crianças devem aprender com os seus próprios erros e que lhes devemos dar a possibilidade de explorarem o seu próprio mundo.
Para mim o mais importante do que se saber se se está certa ou errada, até porque isso é tão relativo muitas vezes, é ter a capacidade e a vontade de reflectir sobre estas coisas.
Ás vezes acho que sou muito liberal, pois normalmente não tomo decisões para eles sem os questionar, sem saber o que pretendem, neste momento já o faço com o Gabriel há uns 2 anos, quero muito que eles sejam autonomos e livres, que saibam que podem escolher, que podem decidir, que experimentem várias coisas. Se calhar sou doida.
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