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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Eu e a polícia




Este post esteve para se chamar: sabes que não cresceste quando choras ao pé da polícia.




Eu e a polícia temos uma relação estranha. Já fui mandada parar três ou quatro vezes e de todas nunca me passaram multas.

Poder-se-ia pensar que é do meu ar "boa comó milho" mas não, de todo, muito longe disso. Eu acho que é do meu ar "pardalito perdido" que os faz empatizar comigo. Nem que quisesse fazer de propósito. Fico mesmo com ar frágil. Sinto-me frágil, já dizia o outro.




O Vicente tinha de estar na escola mas cedo do que o habitual para ir à sua viagem de finalista!!

Lá fui, bibe no ombro, ela ao colo, ele pela mão, a agarrá-lo bem para não fugir. Chego à escolinha e os lugares todos ocupados, só deu mesmo para estacionar em cima do passeio. Lá vou levá-los, ele fica super bem e ela nem por isso, coisa que nem é nada habitual nela. Dou um mimo e mais outro e lá foi ela olhar para a janela, estratégia que costuma resultar e que os distrai, quando não querem ficar.




Entro no carro, a pensar que não gostava nada de a deixar assim, mas que pelo menos ia chegar mais cedo às supervisões de estágio quando, dois segundos depois (eu não os vi mas eles estavam a ver-me), fui mandada parar (logo o "mandada" mexe comigo). E pronto, não vou contar todos os detalhes porque é embaraçoso. Tinha parado em cima do passeio (com essa passei-me, não estava a fazer mal a ninguém e quem não tem de deixar em cima do passeio quando vai levar os filhos à escola e não há lugares vagos?), não tinha o selo no carro - estava na mala que deixei em casa, não tinha documentos, não tinha telemóvel, nem me lembrava do meu número de bi. Lembrei-me do número fiscal mas o sistema dizia que esse número não existia). Para todos os efeitos eu não existia!




Só posso dizer que houve alguém que deitou umas lágrimas e não, não foi o senhor agente da autoridade.

Posso dizer-vos que fui muito bem tratada, muito mesmo.

E agora tenho de me apresentar na esquadra a entregar documentos.




E quando chego a casa e ligo ao marido e conto tudo, o que é que ele responde:

Não te multaram?? Bom, fizeste bem em chorar, resulta sempre!!

(parvo)







Obrigada, muito obrigada senhores polícias por respeitarem uma mãe à beira de um ataque de nervos e não andarem na caça à multa. Batem forte cá dentro.







Ainda estou um bocadinho a tremer, confesso.



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