Tenho tanta coisa para dizer, mas falta-me tempo. Falta-me tempo para compor as palavras, ajeitá-las, dar-lhes corpo, torná-las do mundo. Por vezes penso "queria tanto dizer-lhes isto", sendo que o "lhes" são vocês, os lhes da minha vida, a maior parte não conheço, mas que sem qualquer dúvida já faz parte dos meus dias e estão incluídos nos meus pensamentos. E gosto tanto que assim seja.
E tenho tanto para vos dizer e vontade de o fazer, mas por outro lado estou demasiado ocupada a viver fora da net, a viver com eles, a aproveitar estas semanas que sabem sempre a tão pouco e simultaneamente a tanto.
Há quase duas semanas que parece que ando em festivais, como cheguei a ir a alguns, já lá vão uns aninhos. Parece que numa outra vida. Todos nós somos pó, fruto da terra batida, dos caminhos em mau estado que nos dificultam e nos põem à prova, mas que protegem e escondem verdadeiros tesouros. Este ano não vou para a outra costa. E curiosamente dou por mim a pensar que quando lá estou não sinto falta disto. É tão diferente. Sempre mais cuidados, o passeio à noite, os carros (quase) imaculados. E de facto não sinto falta disto quando lá estou. Gosto dos passeios até Tavira, até à Oura e até Espanha, dos gelados artesanais e da movida dos dias. Mas quando estou aqui não quero outra coisa. Gosto deste espírito aventureiro. Gosto de ver os verdadeiros surfistas a fazerem-se ao mar. Gosto dos solavancos e saltos no carro, à espera da próxima curva para nos surpreender e espantar. Gosto do espírito livre, alma de pássaro, coração cheio. Gosto de não sair à noite. Gosto de não me ter de arranjar para o passeio habitual. E até gosto de não ter um supermercado ao virar de cada esquina e de ter de fazer uma viagem tipo romaria à vila mais próxima, como se aquilo sim, fosse a civilização. E também os levamos ao circo. Só não é ao Cardinali mas sim ao Flic Flac circus, onde o Amílcar, o mágico, nos consegue por de olhos em bico com a sua Josefina, perna grossa, perna fina.
Acho que a moral da estória é que nos adaptamos aos vários contextos e situações e pessoas com que estamos. Os sítios mudam-nos, mas também nós mudamos consoante os sítios onde nos encontramos.
Mas há algumas coisas que não quero deixar passar e por isso de vez em quando volto à vida, a esta vida, que é muitas vezes mais real do que a real vida das férias.
Mas vou dividir este post em dois, porque assim tenho a certeza que ele sai e vai conhecer a luz do dia. Espero que a luz dos vossos dias esteja a ser tão brilhante quanto a minha. Quanto a nossa.
Beijinhos
Praia de Odeceixe Concha tanguinha Little Angels, lenço Bebés à Antiga Vicente calções Sfera, panamá Ideias com Pinta Manel calções Pasito a Pasito na Patachoka |
Praia de Odeceixe pai e filha ou a paixão fulminante de um homem que dizia que só queria ter rapazes |
Aljezur e o trampolim Manel polo Benetton Vicente polo Lacoste Afonso tshirt Metro Kids e calções Dot Concha blusinha Ratinho Feliz, tapa fraldas Mãe Galinha e touca 4D & DOT |
praia da Barriga meninos Dot |
praia da Cordoama |
Praia de Vale dos Homens Concha vestido GAP trazido pelo avô, do States Pá e moinho da Imaginarium. O moinho tem provavelmente 12 anos, já que foi o primeiro brinquedo de praia que comprámos para um filho. E fui desencantá-lo agora na velha arrecadação da casa de praia. Lindo! |
Praia de Vale dos Homens Concha chapéu e tanguinha da Ovo Estrelado Vicente calções da Pó de Talco |
1 comentário:
Férias é isso mesmo! :) adorar e aproveitar cada sítio e momento que passamos! :) são sempre insubstituíveis, os momentos!;)
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