Sempre vivi na cidade e os meus filhos sempre viveram na cidade.
A diferença é que na casa dos meus pais há um jardim enorme, quase uma mini-quinta, e a nossa casa é um apartamento que, embora espaçoso, não deixa de ser um apartamento.
Um dia destes a minha mãe estava preocupada, que a Concha não reconhecia a palavra quintal. Pois...
O dia de aniversário do Vicente foi passado assim. Nas sete quintas. Ou na quinta dos avós emprestados.
Sei que lhes faz falta este convívio com os animais e com a natureza. Se não ainda lhes acontece como o outro menino que achava que os porcos eram cor-de-rosa, porque era assim que apareciam nos livros infantis.
E vocês, se pudessem escolher onde gostavam de viver: campo ou cidade?
2 comentários:
Sem dúvida a vida no campo oferece uma qualidade de vida muito superior aquela que temos nas cidades, mas infelizmente, viver no campo não é para todas as bolsas, com a falta de trabalho que há nas zonas rurais, fica muito complicado encontrar um meio de subsistência e não há família que viva de paisagem e ar puro :(
Nós quando podemos, saímos de Lisboa para visitar nossa família em Trás-os-Montes, a ida é uma alegria só, a vinda é uma tristeza, já lá vão vinte anos e não conseguimos ainda maneiras de regressar à nossa terra de vez :(
Definitivamente o campo! Discordo da Patrícia quando diz que não é para todas as bolsas. O que eu acho é que é a cidade que não é para todas as bolsas: habitação caríssima, transportes caríssimos, já para não falar em supermercados e cafés, creches e escolas lotadas, tendo quase sempre que optar por alternativas no privado, também elas caríssimas! Nós vivemos no campo, os nossos ordenados somam 1200 euros, pagamos o empréstimo da casa, as nossas contas, a pré pública dos miudos e ainda sobra. Também temos uns pedaços de terra de onde tiramos grande parte da nossa alimentação. Digam-me lá se isto não é qualidade de vida a um preço baixo? É óbvio que não temos grandes luxos a que se calhar quem vive na cidade está habituado, mas também não lhes sentimos a falta e somos muito felizes com o "pouco" que temos. :)
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