Dói quando ficas sozinho, quando as coisas acabam, num repente ou gota a gota. Mas mais do que ficar sozinho, a dor maior é saber que estás a pouco e pouco a ser esquecido por alguém que não consegues esquecer. Que não queres esquecer.
A dor poderá mesmo ensinar-nos, levar-nos a aprender? Como diria Aristóteles, só assim é que aprendemos? Então sente, percebe o que está mal e acredita que não tem de ser assim para sempre. Podes mudar até morrer. Por ti e por alguém, se isso te fizer sentido.
Desejas com todas as partes do teu corpo seres a pessoa mais importante da vida de alguém. Mas nem sempre és. E isto pode arruinar-te por dentro ou fazer-te seguir em frente. Tornar-te mais forte .E nem sempre tem de ser para desistir. Quem dera que fosse muitas vezes para lutar. Principalmente por ti....e também por um nós, se ainda houver um nós. Tantas vezes que as pessoas nem imaginam o que se passa dentro de ti e o que esconde um sorriso.
Tão difícil perceberes se é a felicidade e as borboletas que te fazem sentir a coisa certa. Ensinam-nos isso e queremos acreditar nisso. Tanto. Mas não é muitas vezes a dor que mostra o Amor?
A dor abre fendas e buracos e feriadas monstruosas dentro de ti que parecem nunca sarar. Compensa isso com a esperança, com a crença de que por vezes pode parecer que não vai dar certo, até podem parecer incompatíveis….mas sabes que é aquela a única pessoa que queres. Teres a certeza é uma força poderosíssima.
Falo simplesmente da capacidade de perdoar e recomeçar. Não temos assim tantas oportunidades na vida de sermos felizes.
Estou a ensinar a perdoar, estou a ensinar a seguir em frente? Não sei. Estou apenas a a sugerir que abram os vossos corações e que escolham em paz. Mesmo com medo, em paz. Porque não há dois casos iguais. E por vezes, um dia, arrependemo-nos de não termos arriscado mais.
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