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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Gente gira como nós - Quadripolaridades





Uma das pessoas mais acutilantes da blogosfera. E gira, muito gira.

 Olá Pólo Norte Ruth. 


1 – Será que me podes responder a umas questões muito, muito simples?

Qual a cor da tua escova de dentes?
 Cor-de-rosa.

De que lado da cama é que dormes?
Não temos lado da cama definido. Agora que penso nisso, é estranho!:)

Vais querer mais filhos?
Gostava muito, mais dois ou três.  

Não achas que o mundo se divide entre as mulheres que dizem que a sua mala parece a do Sport Billy e aquelas que não fazem sequer ideia de quem é que estamos a falar?
É uma teoria muito, muito válida e quadripolar.

Qual é o teu primeiro nome?
Pólo

:)


2 – És uma mãe ursa ou uma mãe galinha?

Mãe humana, como mãe, serei sempre uma mãe humana. 

3 – Tu e o teu marido são os dois psicólogos. Isso será bom ou mau para a criança?

Um horror, claramente! Se "em casa de ferreiro, espeto de mau", em "casa de psicólogos, bebé hipoactivo e subdotado".

4 – Já estiveste mesmo à beira da morte, com direito a ataques cardíacos e tudo?

Já! Todos os meus "eu já" são reais, embora, gostasse que alguns deles tivessem sido ficcionados.  

5 – Diz-me o que é que tens em comum com a Kicas do Have a Fashion Affair.

Somos primas direitas (às vezes também somos tortas), eu sou madrinha dela, ela é uma das madrinhas da Ana, somos comadres, portanto!

6 – Que lugar é que gostavas mesmo muito de quadripolarizar? E quem é que gostavas de quadripolarizar com a doutrina completa?

Gostaria de quadripolarizar o Pólo Norte, the real one. O Jorge Nuno Pinto da Costa é o meu sonho de quadripolarização. 

7 – Escolhe para o dia do nascimento da Ana o título de um filme que já exista.

"A vida é bela!"

8 – O youtube já te serviu para procurar canções infantis? Ou, como diz o senhor teu marido, tu és mais canções inusitadas, trauteadas com uma voz de escrever à máquina?

Eu sou cantigas da cassete pirata, cantigas inventadas, melodias confusas, versos melódicos que não rimam, eu sou música às gargalhadas para a Ana.  

9 – Aquela carta que escreveste à tua filha, lindíssima por sinal, podia muito bem ter sido escrita por uma mãe blogger (sim, uma que escrevesse bem, que também as há). Isso incomoda-te?

Sou blogger, fui mãe, logo existo? Não me incomoda nada, não tenho como escapar ao facto de (também) ser uma mãe blogger. Digo "também" porque como blogger sou mais do que mãe: sou mulher, e sou pessoa. O meu blog também não é, por isso mesmo, um baby blog. 

10- No fim de 2011 morreu a tua avó. Uma das maiores dores de ter perdido a minha há 5 anos é saber que ela não chegou a conhecer os meus dois filhos mais novos. Pensas nisso? Que conselhos é que achas que ela agora te daria?

Penso nisso todos os dias. Todos. E no meu avô também. Ela morreu e eu estava grávida de semanas, ainda sem o saber. Em homenagem a ela dei o seu nome à minha filha. Conselhos? A minha avó não me dava muitos conselhos, deixava-me viver à experiência, achava que a vida me ensinaria as coisas. Deixou-me um bom legado de valores e de princípios, que é a melhor herança que me podia ter deixado para eu transmitir à minha filha.  

11 – Acreditas que, tal como tu, tive um 9 a E. Física no 10º ano e, também como tu, numa pauta cheia de 17s e 18s?
No meu caso por uma tendinite no calcanhar de Aquiles. Sim, eu descobri à bruta qual era o meu. E qual é o teu calcanhar de Aquiles hoje em dia?

A falta de tolerância, a falta de respeito, mentes tacanhas, pessoas que dizem "eu sou assim e não vou mudar", a rigidez do pensamento, fundamentalmente, a rigidez do pensamento.

12 – Quando falaste na tua leitora que te perguntou, depois de teres sido mãe, quando é que o teu blog voltava ao que era, também eu fiquei a pensar nisso. Nós nunca podemos voltar ao que éramos antes. Nunca. E muito menos depois de termos um filho. Comenta, por favor.

O meu auto-conceito mudou. Tive que encaixar o novo papel: o papel de mãe e, com isso, o papel de mãe da filha do mámen, de mãe da neta da minha mãe e por aí adiante. Um filho muda o nosso ser, muda a importância que damos às coisas menores, faz-nos ser mais tolerantes, menos drama-queens, a relevar mais algumas coisas, a ignorar e desprezar coisas mesquinhas. No fim do dia o que conta são as novas conquistas alcançadas por ela enquanto ser humano e, por mim, enquanto mãe e mulher.

13 – Ruth e Pólo Norte. Qual a diferença e qual a semelhança?

A Pólo Norte é um bocadinho do seu ortónimo. O ortónimo é muito mais que a Pólo Norte. 

14 – Em 2010 escreveste um post em que dizias que não te era indiferente se gostavam do teu blog ou não. A questão da validade externa é importante. Ou pelo menos era. Continua a ser?

Continua noutra perspectiva. Se em 2010 eu me importava se gostavam ou não do meu blog, hoje, em 2012, preocupo-me em quem gosta ou não do meu blog. A questão da validade externa é muito importante mas, quando se chega a um determinado número de pessoas que lêem o blog, sabe-se que não se pode agradar a gregos e troianos. Não escrevo para agradar ninguém, escrevo o que sou. Mas importa-me que as pessoas de quem gosto, simpatizo ou admiro gostem da Pólo Norte, pelo que lêem no blog ou mesmo apesar do que lêem no blog. 

15 – És daquelas mães que concorda sempre com a pediatra da filha, que lhe telefona várias vezes e faz tudo o que ela diz...ou és precisamente o contrário?

Não. Nunca liguei à pediatra da Ana, em quase 3 meses. A minha filha é saudável e eu guardo as dúvidas todas que vou tendo para discutir no espaço da consulta. Não maço a médica por dá cá aquela palha.Com dúvidas menores que tenho dito faço com base no que o meu bom senso me diz e consultando a experiência das mães veteranas que me rodeiam.  

16 – Mesmo sem ser o nome do blog, tens a noção de que o teu man agora é o mámen de toda a gente? Que tal está a ser ter um marido que também tem um blog? Preocupa-te que vos possam comparar com outro casalinho famoso da blogosfera?

É o man do povo blogosférico e eu acho graça. O blog do mámen é discreto e leve, reflecte a personalidade do tipo. Sem calendários, posts agendados ou grande intelectualização, é um blog tão despretensioso que não há como incomodar ninguém. Comparações? Há espaço para mais pessoas e até casais na blogosférica, não vejo porque temer qualquer tipo de comparações. É um homem que tem um blog e que, por acaso, é mámen. Vejo a coisa assim e não numa perspectiva de plural, de casal. 

17 – O que mais te irrita neste mundo virtual?

A maldade gratuita. A mesquinhez. A incoerência de quem lê porque não gosta, à espera de uma palavra boa para criticar, de uma ideia apenas que confirme juízos de valor assentes em generalizações. A falta de amor-próprio de quem perde tempo a tentar chatear bloggers através de diferentes vias. 

18 – Uma coisa que disseste que nunca irias fazer, antes de seres mãe, e agora pimba?
Co-sleeping. Tumbas! Toma que é para aprenderes! Mas com a miúda doente ambas precisámos ali de duas noites pele com pele, respirar com respirar, sonhos sincronizados.

19 – Que pergunta é que te deixaria sem resposta?

Qualquer pergunta sobre a minha identidade. Sem resposta porque me recuso a responder. Se assino um blog como "Pólo Norte" não vejo qual o interesse em saberem que sou a Maria Joaquina, trabalho no sítio y ou tenho olhos cor de burro quando foge. Se assino enquanto personagem blogosférica é porque acredito realmente que o que interessa são as ideias que transpareço para os posts, as palavras, o sentir. A minha cor de cabelo ou roupas que visto são irrelevantes nesta história. Interessa-me que as pessoas se identifiquem com a minha forma de pensar, contraponham outras perspectivas, interajam com a ursa, sintam que façam parte de um conjunto de pessoas com algo em comum: uma dose de loucura, de quadripolaridade. 

20 – De início estava com medo de te entrevistar, sabias? Duas psicólogas…. Ou corre muito bem ou faz faísca.
Achas que correu bem?

Diz-me tu!


(a mania que os psicólogos têm de reenviar sempre as questões para o outro lado, chiça!)



Eu? Eu acho que sim. Queres ver?






Qaudripolaridades, aqui.

E nós estamos no facebook, aqui.


17 comentários:

bebexik disse...

ah!ah!ah! a 4D <3 Polo Norte e eu ( euzinha ) ADORO as duas !!!! e ADOREI esta entrevista mesmo mesmo MUITO BOA !!!!

PARABENS as duas !!!!!

mae.feliz disse...

De todas as vezes que acabo de ler uma entrevista sua penso "esta foi a melhor"!!! ADOREI!!!!

Alexa ML disse...

Afinal não estava enganada! =P Quando na semana passada disse que a próxima entrevista seria com a Pólo foi com base num comentário dela do género "Estou a ser entrevistada para dois blogs diferentes(...)". Depois saiu a entrevista com a Mum's the boss, se a segunda não era daqui eu tinha um desgosto! :):)

Estou como a mae.feliz, de todas as vezes penso que esta é a melhor! E a Pólo é a Pólo. E Mámen é quase meu conterrâneo, e partilhamos a paixão por Kima, e, e.. Gostei mesmo muito! (:

Palmier Encoberto disse...

Parabéns... às duas... :)

Sexinho disse...

Muito bom!
Muitos parabéns...às duas!

Maria João disse...

Sem dúvida a minha entrevista favorita até ao momento, está ó(p)tima :) Não sei se posso/deva mas já que estou cada vez mais habitué deste espaço a 4D e, embora não tenha por hábito comentar, deixo uma sugestão de entrevista à autora do blogue "Pedagogia do Terror". Não é um blogue conhecido da praça mas a franqueza e lata com que uma mãe que se auto-define "não fofinha" tem perante a sociedade e os próprios filhos é qualquer coisa de ser digna de registo. Fica a sugestão.

4D disse...

João, não costumo dizer a quem vou fazer mas confesso que já tinha essa ideia:):)

Beijinhos e obrigada.

Miriam disse...

Parabéns às duas! Muito bom.

Pólo Norte disse...

;)

macaca grava-por-cima disse...

a melhor de sempre! Tu és uma entrevistadora nata, 4D, com uma abordagem super original, cativanete da primeira à última palavra... ADOREI! E a Pólo Norte...bem... é a Pólo Norte :-) que delícia mesmo

Carla Brito disse...

Também leio esse blog!
Gostei da entrevista! :)
Mais 2 ou 3 é coragem! ;)

Mini Melga disse...

Gostei! Muito bom... Parabéns! :)

Nônô disse...

Fabuloso!! Adorei!

Margarida disse...

Muito, muito gira, de parte a parte.

Prazer em conhecer a Ursa que, apesar da fama tipo Constantino (para os leitores mais novos: o d´"a fama que vem de longe" - spot publicitário dos anos ´70), nunca me dediquei a seguir de perto e com atenção. Falha minha, está bem de ver. A corrigir em breve, tenho cá para mim.

Parabéns por mais esta 4D =)

disse...

Adorei a entrevista :)

Crenteoptimista disse...

Tens futuro como jornalista, está visto :)

4D disse...

Muito obrigada a todas:)

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