Terra dos Sonhos

Fomos à Terra dos Sonhos, no dia do aniversário do pai cá de casa.

Agasalhei-os como se não houvesse amanhã, ou melhor, como se o mundo fosse acabar por congelamento em Santa Maria da Feira. Afinal tivemos de despir casacos e cachecóis e luvas porque estava um solinho muito convidativo.

Claro que calculámos mal as coisas e fomos cedo porque pensávamos que estava aberto a partir das 11. Afinal não. E depois tínhamos a carrinha tão bem estacionada e tão perto que seria um crime tirá-la de lá. Big huge mistake. Os restaurantes que havia estavam completamente cheios e não estavam preparados para famílias numerosas. Nada feito. Acabámos por ir parar numa pastelaria, sem sopa, nem microondas e nem sequer um fogão para aquecer a sopa que tínhamos levado para ela. Ser mãe de muitos é ser desenrascada, não é assim? Olhem, trocámos o lanche pelo almoço e toca a comer iogurtes e torradinhas e croissants prensados e bolachinhas. O espaço não era muito mas a simpatia da dona era imensa. E as velhotas que lá entravam invariavelmente diziam: são todos seus? Mas todos seus mesmo? E os pequeninos são gémeos? Deus vos guarde, que beleza.

E a Concha experimentou a sua primeira fogacinha e adorou.

E pronto, o resto foi andar e esperar nas filas intermináveis e tirar fotos e esperar e vê-los sorrir e doer as pernas de tanto tempo em pé mas sorrir também simplesmente por vê-los felizes.

E como o almoço do dia dos anos tinha sido meio farrusco, lá demos um pulinho a Gaia, às Francesinhas da Rasa. E ou nosso apetite era muito ou estavam mesmo um arraso.

(adoro este casaco quentinho quentinho da Knot)