Ando a treinar a parentalidade positiva com os meus filhos,
as usual. Agora ao fazer intervenções com pais, esta questão deixou-me
novamente mais alerta. E sim, porque não nasci ensinada e porque é preciso
treinar e ir corrigindo alguns erros, alguns chips que fomos metendo e que são
difíceis de tirar.
Por exemplo, nós até achamos que estamos com os nossos
filhos, que lhe ligamos, que os ouvimos ou brincamos com eles quando chegam da
escola. Mas será que estamos mesmo com eles? Será que quando disparamos tipo
metralhadoras “então e o que é que fizeste? O que é que comeste? O que é que
aprendeste hoje?” estamos mesmo a estreitar laços? Depois respondem como o meu
mais velho me respondia “oh mãe, então, comi…comida!”
Muitas vezes não estamos focados naquilo que os nossos
filhos estão a fazer. Ou porque a nossa cabeça não está ali ou até porque nos
envolvemos de tal maneira na brincadeira que esquecemos quem é que é suposto
ganhar e divertir-se ou porque aproveitamos logo para os ensinar e corrigir e
criticar.
Quando falamos com eles, quando os vamos buscar à escola,
quando brincamos…devemos ir elogiando e, obviamente, explicando porque é que os
estamos a elogiar. Comentar e elogiar. Seguir a pista que eles nos vão dando,
interpretar sinais e elogiar.
O elogio não estraga uma criança. Não há cá isso de elogios
a mais. Como também não há cá isso de mimo a mais ou de colo a mais. Claro que
também é precisão guiar, e para guiar é preciso mostrar as regras e impor limites.
No sítio certo na hora certa e a hora certa pode ser sempre. Quando dizemos “que
bom, estás a partilhar com a mana. Isso mesmo. Os amigos partilham" estamos a
conduzir, a guiá-los, mas sempre com a tónica no positivo, no que eles estão a fazer de bem.
Elogiar uma criança aumenta-lhe a auto-estima e o
auto-conceito. Fá-las crescer mais seguras.
Se formos positivos com as nossas crianças, se formos
positivos com os outros adultos, se formos positivos connosco próprios (eu
tentei, quando perdi os papéis, em vez de dizer “que porra, perdi tudo, é
sempre a mesma coisa, vai ser uma desgraça” pensar e verbalizar alto para eles
irem ouvindo “calma, vamos lá pensar onde é que poderão ter ficado. Se eu
pensar e fizer tudo com calma será mais fácil encontrá-los”... os nossos filhos vão aprender a
ser assim. E depois, aos poucos, passará
a ser tão natural com a sua sede.
Mas por vezes o resultado é de morrer a rir.
Isto aconteceu hoje.
Mãe: Muito bem meu amor. Conseguiste descer as escadas
sozinho. Boa! És já um menino crescido e já podes ajudar a mãe. O Vicente é um
menino grande e já não faz asneiras!
Vicente: maisssómenos.
Estamos a concurso. Para a categoria Pais/Filhos e para blogger do ano.
Para perceberem melhor vão até aqui.
Para votar é aqui:
Obrigada!
3 comentários:
Adorei este post. É tal e qual como dizes :) Continua por aqui conosco, que nós continuamos contigo!
Também adorei este post! E é isso mesmo, muitas vezes também nos esquecemos de ser positivos e se não somos nós a mostrar isso aos nossos filhos eles vão ser tal e qual como nós, carrancudos, mal dispostos, refilões... Por isso toca a rir e a dizer coisas muito muito positivas para dar-mos o bom exemplo para criarmos crianças muito alegres e positivas!
(Off topic: sabe algo da sua homónima do blog "às nove no meu blog"? Tenho estranhado a ausência :s)
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