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quinta-feira, 14 de abril de 2011

E novos comentários nos blogs aderentes fizeram-me querer escrever isto

Fica bem ser-se moderno e dizer que o marido ajuda. Paradoxalmente fica ainda melhor dizer-se que se fez isto e aquilo e o outro. Das coisas que mais me faz bufar (perdoem-me o que vou dizer e perdoem-me ainda mais a expressão) são aquelas mulheres que dizem que no dia que saíram da maternidade ainda foram fazer o jantar. Mas bolas, bolas, bolas. Não haverá dinheiro para comprar um franguinho da guia? Ou um hamburger no mac? Qualquer coisa, qualquer coisa.
Qual o porquê? Qual o motivo?
Ah, é o do seu home não gostar destas comidas?? Ou que fazem mal ao leite para o bebé? Não entendo.
Vivemos em culturas tão paradoxais que mete medo, muito medo.
Queremos ser as modernas, as independentes, as autónomas, as práfrentex. Mas depois não dispensamos o título de mães-galinhas e de super-mulheres e e e.
Eu cá não sou boa de casa, confesso. E nunca farei um post a dizer que enquanto estive grávida andei a passar 3 toneladas de roupa a ferro e a seguir fui limpar as duas casas de banho com um algodão a ver se a limpeza não engana.
Ahhhh, e muito menos vou cozinhar no dia em que chegar com um filho nos braços.

E já disse algumas vezes que não sou mãe-galinha e deixo-os ir de férias para a casa dos avós, feliz da vida (felizes eles ainda mais, acreditem). Talvez uma mãe-leoa, mas isso se tiver mesmo de arranjar um título para o que sou.

Se sou perfeita? Porra, já disse mil vezes que não.
Se sou feliz? Vou sendo. Sou virgem mas não tenho nem a mania da perfeição nem a obsessão da arrumação. Terei outras manias, sem dúvida.
Se gostava de ser diferente? Claro, às vezes. Quem não pensa assim?
Mas não tenho vergonha de dizer que não sou boa dona de casa; não tenho pretensões de afirmar que faço melhor do que ele, nem de dizer que a minha casa anda um brinquinho graças a mim.


Espero ter cabecinha no lugar para educar os meus filhos na base da igualdade. Não quero que a gajinha ande por aí a queimar soutiens e não faça nada enquanto os gajinhos cá de casa fazem tudo. Quero é pôr tudo a trabalhar sentindo-se iguais no que devem sentir-se iguais e diferentes no que é para serem diferentes. E quanto a mim esta não é decididamente uma diferença a manter.

E vamos também abolir a frase do ah e tal, ele até "ajuda". Ajuda? Ajuda? E eu também o ajudo e tal? Ele faz e pronto. Faz. Não ajuda. Please.

11 comentários:

Marta disse...

Quem me dera a mim gostar destas coisas. Faço-as por obrigação e porque tem mesmo que ser. A única coisa que gosto é de cozinhar mas ainda assim cansa muito cozinhar todos os dias, todas as refeições.
Realmente cá em casa eu tenho que dizer que ele, quando faz alguma coisa, ajuda. Também não gosto do termo mas hoje em dia sinto que algumas tarefas são mais minha obrigação do que dele. Não sei se me entendes.

Marta disse...

Ah, e a minha casa não anda um brinquinho, quem me dera! E o marido muitas vezes chega e vai buscar o jantar ao take away porque eu estou com a neura e com duas pestes a dar-me cabo do juízo...

sof* disse...

ah pois é, eu cá tenho dias em que visto o papel de furacão e vai tudo a minha frente, mas a maior parte das vezes a coisa descamba a sério...
o que eu costumo dizer é: "nós somos uma equipa"

e o papel da equipa é revesar-se, perceber quando a coisa já ta a ir para outro nível.

e sim, não há nada como um bom pito!

Eduarda disse...

Eu que há 4 anos só faço trabalho não pago, ainda não fiquei formatada -nem nunca- para ir nas tretas do "ele ajuda", "ele não ajuda". Pois, quem ajuda quem? Fico danada quando ele me pergunta : queres ajuda? Não perde pela resposta: Ajuda porque? A obrigaçao é minha e tu porque és um tipo porreiro vens dar uma ajuda, é?
Sim, sou mãe a tempo inteiro. Sim deixei de exercer a minha actividade profissional que me dava muito gozo. Sim, deixei de ter auxilio de uma terceira pessoa para as tarefas domesticas. Sim a vida mudou, mas foi porque optei ficar em casa e ter total disponibilidade para o meu filho, não para me tornar numa dona de casa perfeita. É QUE NEM PENSAR! A minha vida mudou para melhor, mas esta experiencia prova que não são só os homens que não estão preparados para este "REGRESSO" A CASA POR OPÇAO. São muitas as mulheres que digerem mal este tipo de atitudes.
Obrigada Duchess o teu post impulsionou-me a escrever um post no meu blog, hoje voltarei ao assunto no meu blog, se te apetecer passa lá:
http://dadinhahistorias.blogspot.com/

Marta disse...

Desculpa mas eu não concordo totalmente. Eu quando chegava a casa às 21h achava normal e bem ter o jantar pronto e depois ir adormecer a miúda e ele ficar a arrumar a cozinha. Agora é ele que chega a essa hora e eu, por ser mulher, vou mandá-lo para o fogão e pô-lo a arrumar para provar alguma coisa? Não me parece. Deve haver entreajuda. Acho que tem mais disponibilidade tem mais obrigação, sim. Independentemente do sexo.

Carla R. disse...

Independentemente do sexo ! :)

(Acho que no fundo estamos todas a dizer, mais ou menos, a mesma coisa, apenas de formas diferentes, não ?)

Nônô disse...

Bem "dito" Sofs ;) [eu sou uma nódoa como dona de casa :P]

Raquel disse...

pois que percebo (e ate partilho) que nao gostes (nao queiras) chamar-lhe "ajuda". mas tenho para mim que se ha um que "direcciona", o outro ajuda mais do que partilha... :)
um bj
raquel

Raquel disse...

Eu não tenho pejo nenhum em dizer que é ele que mais faz no que diz respeito à arrumação e limpeza da casa. Porque é a mais pura das verdades. Eu gosto de cozinhar, de tratar da roupa e de me ocupar dos miúdos. E isto é trabalho de equipa. Não sou menos mulher por ser mais desarrumada que ele, nem ele menos homem por arrumar e limpar. O ideal de um casamento é complementarmo-nos, certo?

Crenteoptimista disse...

Bem... vou só dizer que concordo e pronto. Porque lá em casa tem dias...

4D disse...

Certíssimo!

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