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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Papoilas e malmequeres



Quando me lembro da minha infância, numa ânsia de retorno, penso em papoilas, do vermelho sangue misturado com o castanho terra e o verde seco, húmido, do orvalho nas folhas, nas ervas, no horizonte. Lembro-me de mim a pedalar freneticamente uma bicicleta, a aventura, a liberdade, a felicidade.

Penso que a flor da infância bem poderia ser a papoila vermelha do campo.

E depois crescemos e tudo muda. Pouco, muito ou nada?



Porque sempre houve e haverá alguém que vai desfolhar um malmequer, numa determinada altura da sua vida, para perceber se o outro lhe quer bem ou mal; porque haverá sempre desconfiança, porque sempre haverá quem não perceba que amar também é duvidar...

Porque sempre vai haver alguém que desfolhe um malmequer, com ânsia de descobrir que não sabe o que vai encontrar, com medo do que vai encontrar, por falta de relações consistentes que são aquelas que nos fazem pensar e conhecer.

Vivemos com falta de tempo para resolvermos as coisas, sem percebermos que cada pessoa tem o seu tempo e a sua dança é única. Por falta de tempo de nos olharmos olhos nos olhos sem percebermos que isso, de alguma forma, aproxima duas pessoas, nos une a ela, nos vincula e cria uma relação.

Porque é necessário dizer: “agarra-me de mansinho e leva-me pela mão uma só vez que seja e ensina-me o amor dos mortais”...

2 comentários:

disse...

Adoro Papoilas!
Lembram-me a minha avó materna!
Apanhávamos esta flor a caminho da escola!
Um tipo diferente de Amor!
Beijinhos!

Nota: Sim o outlet é na Senhora da Luz. Nunca mais chega tempo quente para ter desculpa para ir lá comprar uns vestidos lindos para a princesa!

4D disse...

Acreditas que a mim também?
Ainda nestas férias de natal o meu avô materno falou da loucura que eu e a mana mais velha tínhamos de correr pelos campos cheios de papoilas.

:)

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