Durante muito e muito tempo o brincar foi desvalorizado, não era considerado importante.
Mas os tempos mudaram e agora é inegável a importância das brincadeiras para o desenvolvimento de um bebé e de uma criança.
Através do brincar desenvolvem-se capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, o raciocínio lógico...
Com o brincar estimula-se a descoberta, a curiosidade, a auto-confiança, a auto-estima e a autonomia, e proporciona-se o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção.
Ao brincar reiventa-se a realidade, aprende-se a conhecer, a fazer, a conviver e a SER.
Quanto mais brinca, mais a criança se conhece a si própria. A si própria e ao outro.
Através do brincar experimentam-se, exprimem-se, vivem-se sentimentos difícies de verbalizar e de compreender. Através do faz de conta, sem medo das consequências, onde a imaginação não tem limites e onde nada é proibido, a criança pode viver e elaborar os seus conflitos, de um modo muito mais suportável.
E curiosamente é exactamente por isto que as crianças repetem as mesmas brincadeiras, uma e outra vez e outra ainda. É através da repetição que se consegue elaborar melhor os conflitos, até que se esgotem.
Tão fácil de perceber. Se já para o adulto é muito difícil expressar o seu amor a sua dor, o seu ódio, a sua compaixão, a sua revolta, a sua insegurança, a sua inveja, a sua vergonha, o seu desejo... imagine-se o que é para as crianças terem de lidar com conceitos tão abstractos. Simplesmente não conseguem. E é através do brincar que se consegue resolver conflitos, exprimir angústias, lidar com situações difíceis.
Os jogos de desafio, de bons e maus, de cowboys e índios, de ganhar ou perder, estruturam o Eu, resolvem agressividades, fúrias e frustrações.
E qual é o papel dos pais?
O papel dos pais é estimular a brincadeira, estimular o potencial da criança para que desenvolva uma série de capacidades que lhe são inatas.
E ao brincar com os pais, com os avós ou com os educadores, a criança descobre, compreende o papel dos adultos, aprende a comportar-se e a sentir-se como eles.
E devem brincar só porque sim. Porque reforça os laços afectivos, porque é uma demonstração de amor. Significa "estou aqui para ti e és tão importante para mim".
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3 comentários:
Como professora concordo plenamente! Mas o brincar ainda continua desvalorizado, se uma criança chega a casa e diz aos pais que esteve a brincar na escola com um jogo, no dia seguinte sou capaz de ter pais a perguntar porque é que a criança esteve a brincar com um jogo e não a trabalhar que é para isso que vai à escola! Ainda há gente assim, infelizmente.
Eu sei que sim. Mas estamos cá para mudar mentalidades, não é assim? talvez mostrar este post aos pais dos seus alunos fosse uma boa ideia:)
Beijinhos!
Adorei o post. Porque também gosto muito dos brinquedos mais próximos do tradicional. :))
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