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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Porto, que te quero tanto



















Eu sou de um tempo esquisito. Ou então não, éramos só nós que éramos estranhos.

Na minha escola as duas turmas cortaram-se à viagem de finalistas de 12º ano. Qual Lloret de Mar, qual quê? Os pais não deixavam e os filhos obedeciam. E até os filhos não tinham muita vontade de fazer disparates atrás de disparates.

Um grupo de irreverentes, mais precisamente 6, resolveu que não ia saltar este marco tão importante. Nós que não temos quase nenhuns rituais de passagem, este era tão significativo ao ponto de não o podermos perder.

Não fomos para Espanha. 6 gatos pingados... Fomos para o Porto e o meu amor por esta cidade nasceu nessa altura e nunca mais esmoreceu.

Fui lá muitas vezes depois, mas não sei se voltei a admirar a beleza daquela cidade como naqueles dias de finalista - não vou dizer que não bebi, mas havia muito mais a fazer do que isso. A liberdade não era beber até entrar em coma e fazer desacatos nos hotéis. Liberdade era sentirmo-nos livres, especiais, tendo acabado um ciclo e não sabendo muito bem o que o futuro nos reservava. Naquela altura sentíamos que tudo era possível e isso incluía acordar cedo, andar imenso a pé, ver tudo e ainda aproveitar a vida nocturna. Não incluía queimar colchões ou deitar coisas pela janela do quarto ou sermos expulsos. Eu que vestia de preto, cheguei a pensar se teria uma alma betinha ou apenas tinha sido bem educada pelos pais que me tinham calhado na rifa. Acredito que o facto de sermos poucos ajudou a que uns não puxassem os outros para caminhos mais desviantes.




Mas como eu estava a dizer, a paixão pelo Porto ficou. Um lugar que se instalou cá dentro, bem perto do coração e que ficou para sempre. Muitas vezes voltei ao Porto. Para concertos, conferências, workshops, tardes de compras...mas nunca mais foi como daquela primeira vez.




Até agora. Muitos anos se passaram. Novamente houve um mote para a viagem, o concerto dos Motorama no Hard Club, mas prometi a mim mesma que desta vez era diferente. Ia de fim de semana, e ia olhar para tudo com olhos de turista - aqueles olhos que nos fazem admirar seja o que for que encontremos lá fora, mas que não liguemos nenhuma ao que é nosso, tão nosso.




As dicas da Bri e as dicas das minhas seguidoras do 4D foram cruciais. Agradeço-vos imenso por isso.




As dicas eram:




- Visitar a loja Almada 13 e comer uma pavlova na Miss Pavlova. Beber um chá no Majestic

- Andar pela baixa do Porto e pela Zona Ribeirinha

 - Rua das Flores

- Mercado do Bom Sucesso e Hotel da Música

- Casa da Música

- Livraria Lello (pagámos 4 euros de entrada, que pode reverter na compra de um livro)

- Serralves

- Torre dos clérigos

- The Yaeteman

- Arco das Verdades

- Igreja do Carmo

- Sé

- Estação de São Bento








Para comer:




Francesinhas no Santiago

Cachorros do Gazela

Prego no Pão no Venham mais Cinco

Bifanas do Conga

Sandes de pernil da Casa Guedes

Buraquinho




Para adoçar a boca - Leitaria da Quinta do Paço.




Sei que em relação às francesinhas as sugestões foram imensas. Peço-vos que as deixem novamente no post, mas aqui no blog, porque aqui ficam para sempre guardadas e é fácil fácil acedermos novamente a elas. Quem diz em relação a francesinhas diz em relação ao que quiserem.

Quero mais lugares para descobrir, para ter uma boa desculpa para voltar ao Porto. Breve, breve.






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