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terça-feira, 28 de julho de 2020

15 anos de blog

Incrivelmente faz hoje 15 anos que esta aventura começou. E que aventura!! Tinha o Manel 1 ano! Hoje tem 16! O Afonso tinha 4. E eu só tinha 29. Ia fazer 30 um mês e pouco depois. Que loucura. Tanta vida dentro desta vida. Tantas experiências, tantas emoções, tanta alegria e tanto sofrimento também. Alguns desgostos, vá.
As voltas foram tantas que já me esqueci de metade. Ainda bem. Não podia ser de outra maneira. O nosso sistema de armazenamento de informação, a memória, é como um computador. De vez em quanto temos de fazer delete, para que a máquina continue a funcionar devidamente. Dizem que é libertar espaço.
Lembro-me de quando começou. Lembro-me que mudou de nome 3 vezes durante o percurso. Lembro-me que só parou em 4D quando a Concha, a última dos 4, vinha a caminho.
Começou por ser um anti mommy blog. Tinha 29 anos. O Afonso tinha tido um avc 7 meses antes. 7 meses insanos. E eu queria escrever sobre tudo, menos sobre crianças e famílias. Era um escape. Mal sabia eu, ou talvez lá no fundo sempre soubesse, que eles iam ser o palco desta peça a que chamamos viver, durante muito e muito tempo. Eu, eles, as nossas peripécias, os sítios que visitávamos, as coisas que usávamos...e as pessoas queriam saber. Tiravam dicas, vibravam e usufruíam do que postava. E percebi, não logo logo, mas depois, que era uma influencer, na altura em que esse nome nem existia.
Sim, eu fui do tempo dos blogs serem muito desacreditados. Não eram nada. Não se sabia o que realmente eram. Ainda não tinham um nicho, encontrado o seu espaço. Os que não escreviam achavam que os bloggers tinham a mania que eram escritores. Que tinham a petulância de juntar letras num écran de computador e autodemonimarem-se de escritores. E o que chateava a malta é que estavam acessíveis. À mão de semear. Bom, se não eram escritores eram espertos, Chico espertos. Ai como se achou que Portugal era o reino da chico espertice. Por isto e por tanta coisa mais. Ainda não nos tínhamos apercebido que o nosso país irmão, por exemplo, já andava nisto há algum tempo. Nisto, do mundo dos blogs. E estava a resultar. 
Bom, se olharem para nós como escritores foi difícil, então verem-nos como figuras de destaque, targets com que as marcas deviam trabalhar para promover produtos, foi o fim do mundo. Devíamos fazer esses favores às marcas e pronto. Não devíamos ter a ousadia de querer dinheiro em troca. Quanto muito as marcas ofereciam um miminho. Porque queriam. Não porque era uma prestação ou uma troca de serviços. Não foi fácil. Nada fácil.
E eu? Em que categoria eu estava? Acabou por ser a Família, tendo até recebido o primeiro prémio num concurso Nacional de blogs.
E sim, fazia sentido. E um blog que tinha começado por ser de poesia e de política, passando depois a um blog de mães e filhos. E foi tão bom. Conheci tanta gente, fui a tantos sítios, vivi tanta coisa por causa do blog. Ter trabalhado com a C&A, com a La Redoute, com a Zippy, com a Mattel, com a Milupa, com a Staples, com a Lego, com o Oliveira da Serra, com a Roventa, com a Tefal...foi o ponto alto desta, talvez, carreira. E as feirinhas, os mercadinhos. Juntar 2000 pessoas no mesmo espaço? Sem rede, sem equipa, apenas eu. Que tempos, que tempos!! 
Mas eu não era só isso. Era psicóloga clinica, coach, terapeuta familiar e de casal, terapeuta do divorcio e mediadora de conflitos. Professora universitária. Tanta coisa. Era tanta coisa. Múltiplos eus. Tinha tanta coisa que queria partilhar, dar a conhecer, fazer pensar. E como fazer tudo sem me perder, sem perder sentido? Não sei. Apenas fui indo. Fluindo. Umas vezes melhor outras vezes pior. Umas com mais graça, outras em tom mais sério. Tentando não cair em desgraça. Preferia o esquecimento.
E os blogs, de serem mal afamados passaram para o estrelato. Eram o máximo. De se comer, termo tão utilizado no momento. E depois de serem in, voltaram a estar out. No fundo parece que voltaram ao inicio, a uma espécie de limbo. É o ciclo do eterno retorno, como sempre disse Zaratustra. Ou o Gary Jules na letra do Mad World. Caramba, que geração de ouro nós somos. Passámos por tanto. Era pré e pós internet. O velho e o novo mundo. E nós no meio disto tudo.
Quero muito reactivar o blog. Haja é tempo para isso. E algum feedback da vossa parte. Manter-me ainda aqui, diria que é uma espécie de arte.
E é assim. E é isto. Ia fazer 30 um mês e meio depois. Foi aí que tudo começou. Agora vou a caminho dos 45. Engulo em seco, confesso. E não consigo resistir a dizer...se eu soubesse o que sei hoje!!!
Bom...Beijos e abraços. Obrigada por tudo. Por TUDO. Obrigada pela companhia. Obrigada pelo carinho. OBRIGADA pelo caminho percorrido.
E, no ano mais louco de todos, termino dizendo, como não podia deixar de ser, como o nosso querido Bruno Nogueira, vá vão para dentro.





4 comentários:

ines disse...

e eu tenho vindo aqui de vez em quando
há mais de dez anos, já o li em altos e em baixos, já tive saudades e ganas de não voltar, mas voltei, e a menina também... e ainda bem

(que saudades tenho de ler blogues como antigamente)

P A R A B É N S

Graça disse...

❤️

MJ disse...

Já deixei um comentário do outro lado, mas fica aqui também um beijinho de Parabéns. 15 anos é a plena adolescência! 😉

MJ disse...

Já deixei um comentário do outro lado, mas fica aqui também um beijinho de Parabéns. 15 anos é a plena adolescência! 😉

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