A Piolho Eléctrico é a Maria, a garra, a sinceridade, o carácter, a força desta mulher.
A Maria é uma designer gráfica, de 39 anos, mãe de 5 filhos, 3 raparigas e 2 rapazes.
Antes de fazer design, frequentou o curso de Gestão, mas não se conseguia imaginar, por mais que tentasse, num emprego cinzento e enfadonho. Queria criar, deixar a imaginação à solta, livre e feliz.
Mudou para design, casou e teve a 1ª filha antes de se licenciar.
Por ter uma mãe e uma avó que sempre souberam bordar, costurar e tricotar, e por haver, na altura, muito pouca oferta que lhes agradasse, juntas fizeram o enxoval da menina. E foi um sucesso.
Foi então que começaram a surgir em catadupa os pedidos para que fizesse o enxoval dos filhos dos amigos. E assim foi!
E em 2001, grávida da 2ª filha, nasceu a marca Vaca Cócóró, porque as crianças são alegria, cor, energia, vida e gargalhadas cristalinas. Tão vibrantes que mereciam um nome para a marca de roupa que não fosse em tons pastel.
Mais tarde, a marca Vaca Cócóró passou a ser vendida na loja acabadinha de estrear, a Piolho Eléctrico, o nome mais vibrante que a Maria conseguiu encontrar.
Identifico-me com a Maria quando ela me conta que só fazia aquilo que era capaz de vestir aos filhos. E se assim foi, assim será sempre. Se houver uma cor tendência, um corte ou padrão que não aprecie, isso nunca irá entrar na sua loja.
Também é um lema seu que quando cria uma peça tem de a testar, experimentar em algumas crianças, porque os corpos são todos diferentes... não há crianças iguais.
Considero que a sua imagem de marca são os calções fantásticos para menina. Para a Maria, são os fatos de banho: para menino, para menina, para grávida, para a mãe e para o pai.
Esta mulher de fibra, com a sua frontalidade habitual, que eu admiro e prezo, lá vai dizendo que o futuro não está feito para o mercado tradicional, para as lojinhas de rua como a dela, que pagam impostos, rendas, salários… e que é muito difícil conseguir competir com quem não tem esses gastos.
Mas ela também sabe que a vida não se faz com caras feias e atitudes negativas. No fundo, o que quer mesmo é ser feliz, ela e os seus, principalmente os seus piolhos eléctricos.
O que a Maria diz:
Esta parceria nasceu de uma amizade virtual, amizade esta que assenta em pontos comuns nas nossas vidas, minha e da Sofia, e que tem como base a sinceridade. Aceitei o convite depois de muito “falar” com a Sofia e de concordarmos que a peça em questão teria que agradar às 2 sem nunca esquecer que nem sempre o que é giro ou amoroso é funcional ou executável. Este desafio tem sido enorme, porque temos ideias diferentes e tem sido uma ginástica extraordinária conciliarmos os gostos de ambas numa só peça. Se acho que este evento tem pernas para andar? Sem dúvida e acredito que vai ser um sucesso. Se não me identificasse com a estória da Sofia não teria aceite o convite, se não acreditasse que esta é uma ideia diferente e que pode trazer algo de novo a este mundo da roupa e acessórios de criança também não o teria aceite.
Quanto à nossa peça... tem “cara” de bombom.
Ah e claro, confesso que estou desejosa de conhecer a Sofia pessoalmente!
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