Esta entrevista é muito especial. Eu cá acho e palpita-me que vocês também vão achar.
É um presente meu para todos os que me/nos acompanham.
Que eu iria ser a sexta entrevistada já sabiam. Que as perguntas iam ser feitas por vocês, também. Mas porque quis surpreender, em vez de cinco escolhi seis perguntas (peço desculpa a quem desta vez ficou de fora) e pedi às duas pessoas que me conhecem melhor para responderem também. Para além disso pedi às entrevistadoras que se identificassem, porque também elas são peças-chave desta engranagem.
Desejo tudo mas tudo de bom a quem gosta de nós. A quem não gosta, desejo tudo o que me desejarem, mas em dobro. Sim, eu sei, sou umas mãos largas:)
1- Raquel
d'Orey, 42 anos , 2 filhos. Costureira/Mãe . Segue o 4D desde sempre. Palavra
para definir o 4D: consistente
Acha que não viver em
Lisboa a deixa um pouco à margem de tudo o que vai acontecendo por cá?
Sofia: Evidentemente. Já recebi alguns convites que infelizmente
tive de declinar, assim como já soube de algumas situações em que nem sequer
recebi convite exactamente por isto mesmo. Mesmo assim gosto de mostrar que
este mundo digital prima precisamente pela capacidade de estar perto, mesmo
estado longe. E que um convite feito atempadamente, para poder gerir a minha
agenda, será sem dúvida muito bem acolhido. Acho que essa foi uma das principais
razões porque aceitei o convite da Pais e Filhos e mais tarde da Maria do Laço
para fazer o Christmas photo shooting com a minha filha Concha.
Marido: Obviamente que deixa à margem.
Mãe: Um pouco, claro. Em Lisboa passa-se tudo e a distância, quer
se queira quer não, é um handicap. Impede muita coisa.
2- Sara,
37 anos, 2 filhos. Psicóloga Clínica. Segue
o 4D mais ou menos há 6 meses. Uma palavra para o definir: inquietante
Defina cada um dos membros
da sua família nuclear com uma palavra.
Sofia:
Eu: Exigente
Marido: Enigmático
Afonso: Especial
Manuel: Amuadiço
Vicente: Furacão
Concha: Delicada
Marido:
Sofia: Preocupada
Eu: Calmo
Afonso: Cabeça na
lua
Manuel: Rebelde
Vicente: Traquinas
Concha: Linda
Mãe:
Sofia: Temperamental
Alexandre: Boa onda
Afonso: Deixa andar
Manuel: Artista
Vicente: Força da
natureza
Concha: Princesa
3 - Cláudia
Ribeiro Correia, 3 filhos. Completamente mãe. Segue o 4D há cerca de 2 meses.
Palavra para o definir: fantástico
O que é que se imagina a
fazer daqui a dez anos?
Sofia: Não sei. É
que não sei mesmo. Gostava de estar a morar noutra cidade, gostava de estar a
fazer outras coisas. Quando faço o mesmo de sempre, durante muito tempo,
sinto-me a estagnar e a ficar muito pouco motivada e isso não pode ser. Claro que dez anos é mesmo muito tempo. Nem faço
ideia se ainda vão existir blogs. Acham que sim? E custa-me a imaginar a C., por
exemplo, com 11 anos ou o A. com quase 22. E pensar nisto faz-me ficar mesmo
muito emocionada, confesso.
Marido: A Sofia
daqui a dez anos vai ter uma loja de roupas para bebés ou então vai ser escritora,
já consagrada, ou então qualquer coisa relacionada com publicidade e
psicologia, sempre na área das crianças e dos bebés. Ou então vai fazer isto
tudo e muito mais. Mulher para isso é elaJ
Mãe:
Profissionalmente o mesmo. Sem blog. E como mãe as eternas preocupações com os
filhos.
4- Susana
Alves, 35 anos, 2 filhos. Educadora social. Desde o inicio do ano, no blogue e
desde junho, no facebook. Palavra para definir o 4D: real.
O que acha do seu
blog? Como é que acha que ele se destaca?
Sofia: Eu gosto muito do meu blog. É meu e isso basta para o
acarinhar muito e sentir-me orgulhosa dele. Basicamente é como com os filhos. Mas
também sei que tenho de praticar a parentalidade positiva com ele. Há dias que
estou com pouco tempo ou mais com a neura e não lhe ligo muito. E como acontece
com as crianças, muitas vezes perco a paciência para a picardia entre ele e a
mana 4D, a página do facebook.
Acho que a característica mais forte é ele servir como facilitador
terapêutico/coaching para muitas pessoas. A partir dele, e principalmente a
partir dos posts mais reflexivos, muitas pessoas me procuram para pedir alguns
conselhos, dicas ou simplesmente para desabafar. E isso é bom. De resto sou
uma leiga que acha piada a certos temas como a moda infantil e a decoração de
interiores, por exemplo. E tenho-me vindo a perceber que muita gente gosta e
confia no meu gosto, o que é óptimo. E depois o facto de sermos família
numerosa também sei que torna tudo mais atractivo. Só por isto vale a pena ter
mais um (I’m joking!).
Marido: Em primeiro lugar não sigo blogs e não sigo o da Sofia mas
sei que é uma espécie de diário. Não é?
Pontos fortes dela: tem muita criatividade e uma capacidade de
escrita incrível.
Mãe: Gosto muito do blog. Acho que o que a destaca mais são os
posts que nos obrigam a todos a reflectir mais sobre uma série de coisas. Para
além disso as peripécias deles, é claro. Por ser uma família com 4 crianças
ainda tem mais piada.
5- Cíntia Trincão, 29 anos,
1 filha.Delegada Comercial. Segue o 4D há cerca de 1 ano.
4D numa palavra: Companhia
Como é que é um dia
seu?
Sofia: Qual deles? O início da manhã e o meio/fim da tarde são
sempre iguais. De resto é tudo diferente de dia para dia. Uns dias estou a
trabalhar em casa e noutros fora. Uns com mais tempo e calma e outros muito
mais agitados. Quando estou sozinha gosto muito de aproveitar o silêncio. Estou
numa fase em que é raro colocar música quando estou a fazer as minhas coisas. Quero usufruir do
silêncio e acaba por ser uma forma de recarregar baterias para quando eles chegam a casa.
Marido: Imagino que sejam dias muito interessantes. A Sofia vive
intensamente tudo e por isso são dias stressantes, intensos e preenchidos mas
também muito engraçados. É sem dúvida uma grande correria.
Mãe: Filhos, aulas, blog, aulas, consultas, blog, filhos, filhos,
filhos, aulas e blog.
6 - Sofia Serrano, 32 anos, 2 filhos. Médica e blogger (cafecanelachocolate.blogspot.pt).
Segue o 4D há cerca de 1 ano. Palavra para o definir: tesouro.
Diga-me três coisas
que levava para uma ilha deserta?
Sofia: Coisas ou pessoas? Prefiro coisas porque decidir-me por três
pessoas ir ser uma carga de trabalhos.
Computador, partindo da ideia de que apanhava net numa ilha deserta
e que a bateria do mac era ilimitada. Bom, se no Lost tudo pode acontecer,
porque é que comigo não pode também?
Marido: Computador não levava que não havia rede nem internet. Mas
era para lá estar quanto tempo? É que isso era importante saber.
Um livro, pinça para as sobrancelhas e um espelho.
Acho que ela não durava lá muito tempo.
Mãe: Como não tinha internet nem os filhos acho que a Sofia estaria mal.
Uma máquina fotográfica, alguma coisa para comer, de preferência
alguns docinhos, e um livro.
Beijo e um excelente 2013!