Vieram-me dizer há umas 4 horas que estavam a falar muito mal de mim num comentário anónimo, num outro blog.
Começo por dizer que me custou, como devem calcular, ler coisas desagradáveis a meu respeito, em espaço alheio. Ainda sou do tempo de ficar incomodada com isso.
Acho terrível, e faço questão de o afirmar publicamente, que um anónimo vá criticar um blog para outro blog. Acho mal que qualquer pessoa o faça. Acho deprimente e fico envergonhada. Ficaria na mesma se não tivesse nada a ver comigo e estivesse apenas a ler sobre outras pessoas.
O comentário vinha no sentido de denegrir a minha imagem, dizendo que eu não era nada solidária e que as marcas presentes do 4D & Friends tiveram todas que dar um presente à minha filha para poderem fazer parte da "lista".
Aproveito para comentar esta e outras questões.
Tenho blog desde 2005, que já passou por várias fases.
Não escrevo sobre o que os outros querem mas sim sobre o que me apetece. Muitas vezes já me disseram que devia escrever mais sobre nós, sobre o dia-a-dia, que isso cativava mais as pessoas e tinha mais adesão ao blog.
Tento por tudo não falar mal de ninguém, nem dos de dentro nem dos de fora. Tento não contar nada que não contasse numa mesa de café, onde todos pudessem ouvir. Aliás, aqui a mesa de café é um pouco maior, não acham?
Sei que uma vez dei a entender que estava a passar uma má fase com a minha sogra e sei que isso deixou os pais do meu marido tristes. Não, naquela altura não conheciam o blog ,mas quando souberam da sua existência foram ler para trás e encontraram um único post, um único parágrafo onde essa questão surgia.
Vou contando coisas da nossa vida, quando acho que têm interesse, quando acho que são engraçadas, que me fazem querem contar ou quando acho que os meus filhos mais tarde vão gostar de ler. E por isso escrevi, por exemplo, sobre as tiradas do meu filho mais velho em relação aos Globos de Ouro.
Faço muitas reflexões, como esta última do que é uma casa (Go Home). Claro que sendo psicóloga desde 1998 acho que faz sentido puxar a brasa à minha sardinha.
E mostro muito roupas. Se é recente?? Hell no. Quem segue o blog sabe que o comecei a fazer quando a Concha nasceu, vai para dois anos.
Há um ano escrevi um post sobre dicas para a praia onde mostrei muito mais do que estou a mostrar agora em termos de marcas e publicidades. E continuarei a mostrar porque gosto imenso deste universo das modas e roupinhas e das dicas e sugestões.
No sábado passado quem me ouviu ficou a saber de tudo isto e muito mais porque fiz questão de esclarecer, de contar, de explicar.
Falo do que me apetece e se estive 10 anos da minha vida a ser mãe de rapazes, sonhando um dia ter uma menina, obviamente que vou mostrar coisas de menina. Mais, acho que não se é vazia nem tonta ou com pouco conteúdo por se gostar e se interessar por roupas. Dá para ver que o meu interesse não é só esse. Quem me segue sabe.
Agora, o comentário do anónimo, indo para outro blog falar mal de mim, é muito triste. A minha intenção não é criticar a blogger mas vou dar um exemplo que mostra a minha posição.Uma vez enviaram-me para o 4D um comentário anónimo a dizer mal de outro blog e eu por respeito não o mostrei. Que venham ao meu dizer mal de mim, ainda vá. Agora vir para o meu blog dizer mal de outro blog, goste eu dele ou não, isso não permito. Sei que a blogger tem por hábito mostrar todos os comentários mas eu teria mais respeito pelos comentários que vão denegrir outros blogs.
Quem entrou no 4D & Friends foram marcas que já conhecia e marcas que eu convidei e marcas que me pediram para entrar. A condição foi esta: fazer uma peça em parceria comigo. Ninguém teve de oferecer peças ou mimos ou presentinhos à minha filha. Mas... e se tivessem? Isso não era problema meu e das marcas? Não era um contrato que teríamos de gerir e perceber se era interessante para ambas as partes?
Também, tal como disse no sábado a quem me foi ouvir, nunca recebi nada por fazer posts de dicas minhas e já fiz bastantes: sobre as férias, sobre o dia da mãe, sobre presentes de natal low-cost, sobre presentes para homens... eu sei lá.
Já tive patrocínio no blog, como várias bloggers tiveram, a convite da Zippy. Pediram-me especificamente que fizesse um texto, com os meus conhecimentos, o meu know-how da psicologia e do coaching, sobre o regresso às aulas e que dinamizasse um passatempo. E eu gostei. Gostei de sentir que podia ser uma actividade remunerada, gostei de escrever sobre uma marca que não há ninguém que não tenha já comprado qualquer coisa, nem que seja umas meias ou umas cuecas. Gostei e achei que era uma forma de reconhecimento.
E em quase todos os passatempos que promovo recebo uma peça igual à vencedora (não neste de 1 ano de 4D no FB que, pelo contrário, fui eu quem comprou as peças à banca solidária e não noutros como o da Barrigas & Companhia, só para nomear os mais recentes).
Sempre mostrei as coisas que gosto e vou continuar a mostrar. Surgem-me algumas propostas como surgem a centenas de blogs para falar disto ou daquilo e surgem-me convites para parcerias e sponsors. Eu estudo as propostas e depois decido.
Quando achar que o devo fazer de graça vou fazê-lo. Quando achar que devo pôr condições vou fazê-lo. Quando acho que promover um passatempo, fazer um flyer em conjunto com um designer gráfico, escrever posts em que tenho de testar produtos para dar o feedback, em que faço pesquisas que me saem do pêlo, deve ter custos, sejam eles quais forem, vou falar sobre isso. Não aqui mas com as marcas.
Não sei porque é que isto levanta tanta polémica. Todos sabem que os blogs são um excelente meio de passar informação, portanto, um excelente meio para fazer publicidade. E porque é que a certas marcas aceita-se que o façam, como o do aspirador a ou b ou do aparelho para correr a ou b ou da marcas de óculos a ou b mas a outras marcas não? E, já agora, se recebemos propostas, aceita-se que as estudemos, que as ignoremos, que façamos contra-propostas, que aceitemos pedidos? Decidam.
Não faz sentido que se fale tanto nisto. Eu também não vou para a escola dos meus filhos, para o supermercado ou para o cabeleireiro falar das propostas de emprego que me fizeram, de quanto ganho ou vou passar a ganhar, de quanto recebo por consultas, por supervisões ou por formações.
Eu sempre me senti à vontade para falar nestas coisas, mas atenção, à vontade não é à vontadinha. É preciso respeitar o espaço e o modus operandi de cada um. Não ando a falar nisto e não me interessa o que as outras bloggers fazem ou deixam de fazer, o que recebem ou deixem de receber. E se são as marcas que andam a alimentar esta polémica fico muito triste, muito mesmo.
Se acho piada estarem a surgir blogs que só se direccionam para passatempos? Acho Se acho que têm neste momento o caminho hiper facilitado porque foi já desbravado por outros (incluo-me aqui)? Acho. Ao mesmo tempo se o blog é um negócio para alguns, acho que pode ser para quem conseguir fazer dele um negócio. Ponto final. Desde que não ganhem força através da cópia de outros blogs, acho que têm todo o direito de batalhar pelo seu espaço.
Agora lambe-botas e outras expressões que tais? Não. Fica mal, não faz sentido, desvirtua tanto o que se faz, tanto aqui como lá fora no estrangeiro.
Tenho recebido alguns convites para estar, para falar sobre nós, para mostrar a importância do blog e projectos para o futuro. E enquanto tiver disponibilidade para isso vou fazê-lo, vou aceitar os convites, vou participar. Vou estar, vou conviver, vou-me divertir. Vou levar os meus filhos comigo, vou-lhe dar a possibilidade de terem novas experiências. Vou ganhar mundo.
Mas descansem. O dinheiro que gasto nas viagens e nas portagens e na alimentação, que é muito, sai todo do meu bolso.
Fazer tudo às claras e abrir o jogo é o meu lema. Mas cuidado. Acho essencialmente que anda meio mundo a passar-se. Não é uma forma muito poética e lírica de terminar esta mensagem mas é uma conclusão muito real e válida. Mais real e válida é impossível.