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quinta-feira, 2 de julho de 2020

O vírus e a saúde mental

A pandemia fez aumentar muito as ansiedades, as paranóias, os medos, as inseguranças e as incertezas. A cabeça não pára de pensar, os pensamentos intensivos negativos não pararam de chegar. São demasiados meses a sentirmo-nos a jogar um jogo sem fim, uma espécie de roleta russa. A vida não pode ser assim tão aleatória. Para podermos ter estabilidade, a todos os níveis, precisamos de sentir mais controlo sobre o que se passa connosco, o que acontece à nossa volta, o que vai acontecer no futuro. Como fazer planos para depois, se não sabemos, literalmente, o dia de amanhã?
As mudanças de humor são naturais nos tempos que vivemos. O pânico ronda, com pequenas ou grandes crises, mas não tenhamos dúvidas, sempre com impacto nas nossas vidas e naquelas que nos rodeiam.
As relações mais frágeis não aguentaram o stress, a pressão, o confinamento. Até as mais saudáveis se ressentiram. Não tenham dúvidas do enorme impacto que o Bicho teve em todos nós.
E agora vivemos no limbo. Como reagir?
Continua a ser muito importante termos cuidado, termos os cuidados que tivemos e que nos ajudaram a sobreviver.
Os meus conselhos para Julho são: prudência, prudência, prudência.
Apanhem sol, bebam uma mini, estejam com amigos. Com prudência. Comecem a viver, a conviver, como se costuma dizer, com muito cuidadinho. Façam um pouco como a cigarra, aproveitem a vida, celebrem a vida, mas façam também como a formiga, trabalhem para se protegerem do que ainda está para vir.
No fundo a mensagem é esta: não descurem a vossa saúde mental. Trabalhem e reforcem o vosso telhado, ou as vossas estruturas, que podem ter colapsado. Sim, todos os nossos telhados pareceram de vidro ou de palha, nestes últimos meses.Vamos transformar o vidro em telhas, mais fortes e resistentes. Se sozinhos não conseguimos e chamamos o pedreiro, porque não chamamos também o psicólogo para nos ajudar a recuperar?

domingo, 27 de novembro de 2016

A difícil arte de começar de novo – parte III


Na parte I falei sobre o divórcio e sobre a necessidade de deixar o passado bem resolvido para se poder seguir em frente. Na parte II dei algumas dicas de como se deve viver a nova relação. A parte III dedico-a à questão: e quando há filhos?


Obviamente que é muito importante que os filhos aceitem o novo relacionamento da mãe (ou do pai), mas não podem ser eles a ditar as regras ou ter a última palavra sobre esta tão grande decisão.

Se não entramos numa nova relação por causa dos filhos, ou até se terminarmos a relação por causa deles, porque não aceitam, porque não querem, porque boicotam, ou porque temos medo que tudo isto os afecte, vamos mais cedo ou mais tarde responsabilizá-los por essa escolha, geradora de infelicidade.

Portanto, antes de achar que tem de optar pelos filhos em detrimento de um novo amor, porque os filhos estão primeiro do que tudo, porque já sofreram muito e não merecem sofrer mais… pare, respire e pense. Os filhos vão acabar por aceitar. Dê-lhes tempo, siga alguns conselhos que aqui vou deixar e, sobretudo, não desista. E também não sinta culpa. A verdade é que não está a fazer nada de errado.

É natural que os filhos tenham medo. Depois de tudo o que falámos, consegue dizer que também não tem? Tem, claro que tem. E, no entanto, é adulta e racionaliza as coisas de forma diferente de uma criança ou de um jovem. Os mais novos não têm a facilidade de um adulto de verbalizar o que sentem, até porque alguns sentimentos são inconscientes, logo, impossíveis de serem pensados.

Não vamos dourar a pílula. Não é fácil, não é tarefa simples…ou pode não ser. Mas é um processo natural e é compreensível e mesmo imprescindível que haja muito empenho da parte de todos, especialmente dos adultos envolvidos.

Por exemplo, os filhos, principalmente os mais novos, podem sentir medo de serem substituídos no coração da mãe ou do pai. Sentem medo de perder o seu amor. É extremamente importante que os pais expliquem aos filhos que o que sentem por eles não vai mudar, nem vai diminuir ou passar para outra pessoa. O amor divide-se entre todos, ou multiplica-se. É elástico. É como um polvo cheio de tentáculos. Ou uma mãe com muitos braços.

Nesta fase, os filhos precisam mais ainda de atenção. Por isso, terá de se desdobrar, dedicando-lhes tempo em exclusivo…e o mesmo acontece com a nova relação. É cansativo, é complicado e é difícil…mas tudo se consegue quando se faz com o coração.

Também é importante que a introdução do novo elemento seja feita de forma gradual. No início os filhos não devem ser envolvidos. Deixe passar algum tempo, deixe que haja mais certezas e que tudo se torne mais sólido. Aí será a hora de agir. De forma tranquila e em pequenas doses. 

Os primeiros contactos não devem acontecer em casa, mas sim em espaços neutros. De preferência organizando actividades que sejam divertidas para as crianças. Antes de tornar tudo oficial, procure pensar e organizar programas que sejam estimulantes e cheios de boa disposição. Isso ajudará mais do que pensa, porque as crianças começam a gostar daquela pessoa, a gostar da companhia dela, sem o peso de ser o namorado/a da mãe ou do pai.

Então estará na hora de contar e não se admire se, a princípio, e mesmo com pezinhos de lã, for ainda tudo um pouco confuso na cabeça deles. Vai levar algum tempo para que todos se adaptem à nova situação.

Quando contar aos filhos, ouça-os. Nessa altura e sempre. Ouça-os atentamente, coloque-se no lugar deles, seja compreensiva e respeitosa. Os filhos não vão decidir o futuro dos pais, mas é mesmo muito importante que se sintam escutados. Pedir aprovação ou conselhos poderá ser tentador e, num primeiro impacto, pode até parecer reconfortante para as crianças, mas pense que está a passar para eles uma responsabilidade que não devem ter e para a qual não estão preparados. Portanto, ouça-os, faça-os sentir especiais, por serem escutados, mas as decisões e as escolhas são sempre suas, não deles.

O novo elemento também terá de se empenhar e trabalhar para que os laços se construam, para que a relação com as crianças funcione e também para que a relação entre o casal se torne segura, sabendo que há um terceiro elemento, sempre presente, mesmo quando não está, que são os filhos. É preciso jogar entre proximidades e distâncias, essencialmente usando o bom senso. E a paciência. Esta tem de ser uma das peças chave.

Lembre-se que também para a outra pessoa não será fácil. Também terá medos, também não conseguirá adivinhar como a criança irá reagir, o que irá sentir, se a aceitará.

Queremos que corra bem, mesmo muito bem. E pode, de facto, correr muito bem, melhor ainda do que o esperado. Mas não alimente o desejo de que para o seu filho ou filha, o seu namorado seja um pai daqueles instantâneos, como se saísse na farinha Amparo. Mais ainda se os seus filhos já tiverem um pai. Aqui para nós, também não ia querer que a namorada do seu ex. fosse vista pelos seus filhos como uma mãe, pois não? Mãe há só uma. Mas o novo elemento pode ser uma pessoa importante na vida deles e vai com certeza reconfortá-la saber que ela os trata bem e que gosta deles de verdade. Terá é de saber gerir os ciúmes e aceitar a realidade. Mais uma vez a mesma ideia: ninguém vem substituir ninguém. Vem somar afectos, não diminuir. Se houver amor, carinho, respeito pelos limites, há espaço para todos. Porque relações saudáveis e pessoas que nos querem bem, nunca são demais.

Se o seu namorado também tiver filhos, nunca, mas nunca deve entrar em comparações sobre os rebentos de um e do outro. Nunca deve criticar os filhos dele ou a forma como ele os educa, ou até como a ex. dele, a mãe dos filhos, os educa. É um terreno de areias movediças. Muito cuidado!

E por falar em exs., é bom que todos os exs. (sim, todos) respeitem as novas relações. Quando ainda se gosta sente-se ciúmes. Quando já não se gosta continuam a sentir-se alguns ciúmes. E por vezes por despeito ou só porque sim, dizem-se coisas em frente aos filhos, que nunca se diriam, se a razão não andasse completamente toldada.

De facto, é uma fase da vida em que esquecemos a sensatez, disparamos para todos os lados, atropelamos os dias e quase parecemos bonecos desarticulados. Mas Roma e Pavia não se fizeram num dia e a adaptação a novas reconfigurações familiares também não. E dão trabalho. Oh se dão! Mas as coisas são mesmo assim, há uma certa fatalidade nisso. No entanto, também acredito, e isso é mesmo bonito, que no fim somos nós que escolhemos, somos nós que decidimos se continuamos ou atiramos a toalha ao chão. Somos nós que decidimos se depois de toda a tormenta e dos invernos da vida, estamos novamente prontas para a bonança e para os dias soalheiros de verão.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A difícil arte de começar de novo – parte II



Depois de uma separação, de um divórcio, ou de uma crise de vida, passamos por momentos tumultuosos e desgastantes, até sentirmos que estamos prontos para começar de novo. Há quem tenha a certeza de que nunca mais vai querer passar pelo mesmo outra vez, começar do zero, ou voltar a amar. Há quem confesse ter medo de ficar sozinho ou que mais ninguém se interesse por si, ou ache que vai ser muito complicado por causa dos filhos, ou tudo junto… – e a verdade é que se não é a vida a boicotar-nos, somos mestres em fazê-lo a nós mesmos. 

É normal haver medos e dúvidas, mas são tantas as questões que surgem, que ficamos exaustos só de pensar no que vem pela frente. “O que é que os outros vão dizer?”, “Será cedo demais?”, “Como é que as crianças vão reagir?”, “Estarei apaixonada ou apenas carente?”, “E se correr mal?”… É normal colocarmos questões, é normal ter dúvidas, é adaptativo o medo do desconhecido, do re-começo. Torna-se desadaptativo se nos congela, bloqueia, paralisa e não nos permite seguir em frente.

Um grupo de especialistas criou uma fórmula que aponta mais ou menos para o tempo certo para re-começar. Dizem eles que é um mês de espera por cada ano da relação que terminou. Ou seja, 5 anos de relação equivalem a pelo menos 5 meses de espera até estar pronto para começar de novo. Esta é, pelos vistos, uma fórmula matemática, mas não será de certeza uma fórmula mágica que resulta para todos. De qualquer modo é interessante pensarmos nisto.

Quando sentimos que podemos re-começar, que a vida nos está a dar - e nós próprios nos estamos a dar - uma oportunidade de voltarmos a ser felizes é quando deixamos de estar demasiado presos a lembranças, dúvidas, ressentimentos…ou devia ser. Por isso, e tal como foi referido na parte I, é preciso dar tempo, para que o passado fique no passado, para que o perdão aconteça, para que nos encontremos e nos sintamos realmente bem connosco próprios, sem precisarmos de mais ninguém. Estamos prontos para ter outra pessoa na nossa vida quando não precisarmos dela. Faz sentido?

O medo do vazio, do silêncio, da solidão, torna-nos frágeis e mais dependentes. Quando nos fortalecemos e nos tornamos mais autónomos e mais seguros, aí sim, estamos prontos. Embora a vida toda tenhamos ouvido que “a dor da perda de um grande amor se cura com outro grande amor”, temos de perceber e aceitar que não é um novo amor que nos vem salvar de nós mesmos, não é um novo amor que nos vem completar. Quando ele chegar já temos de nos ter salvo. Somos nós os nossos próprios bombeiros. Os nossos apaga fogos. Os nossos salva vidas.

E para isso é preciso trabalhar, trabalhar, trabalhar. Trabalhar a tolerância à frustração, a tolerância à mudança, a capacidade de adaptação a novas situações; trabalhar para estabelecer expectativas mais realistas, para mudar comportamentos e atitudes. Em suma, trabalhar o nosso novo Eu.

Saber o que se quer, o que não se quer, o que se idealiza e ter o passado resolvido são passos essenciais para não repetir o mesmo guião no novo relacionamento. De facto, saber o que realmente queremos, o que nos faz felizes; saber também o que precisamos mudar em nós para podermos viver uma nova relação com futuro; sentirmo-nos preparados para aceitar alguém real, diferente das nossas expectativas e idealizações, diferente do que somos e do que o outro era; aceitarmos que quem vem é um ser humano também com alguns defeitos; aceitar que é impossível mudar seja quem for a não ser nós mesmos; não desejarmos substituir ninguém; não entrarmos em comparações e cobranças; não termos medo de mudar, mesmo que seja doloroso,tudo isso são tarefas-chave desta nova fase da vida.

Nós funcionamos inevitavelmente por substituição. É comum que o novo amor seja alguém com características, físicas e/ou comportamentais semelhantes àquele que se foi. Seleccionamos alguém que pareça corresponder às nossas idealizações, sobretudo quando o outro imaginário continua presente. Temos tendência a comparar, cobrar e exigir que quem chega supere e cure todas as feridas e, assim, mais uma vez podemos correr o risco de não estar a ver a pessoa real, mas a que imaginámos, a que só existe na nossa cabeça. E podemos correr o risco de repetir os erros que cometemos no relacionamento anterior. É muito importante confrontarmo-nos com isto para que aceitemos que a pessoa que vem não tem de ser mais ninguém a não ser ela própria. Não há pessoas iguais, somos todos diferentes. E se não há pessoas iguais e esta nova pessoa é única, não a podemos amar da mesma maneira que amámos o nosso antigo amor. Temos de encontrar novas formas de amar, novas formas de nos relacionarmos e procurarmos não trazer demasiada bagagem para o presente. Por mais compreensivo que o outro seja pode sofrer, ressentir-se e até saturar-se. 

Reinventar-se é a solução. Repensar a própria identidade. Criar uma nova pele. Reconstruir-se. Mas não podemos esquecer que existem forças psíquicas que vão procurar fazer com que tudo permaneça na mesma. Porque mudar dói. Queima como ferro em brasa. Mesmo quando mudamos para melhor. 

Seja um amor definitivo ou um amor de transição – sim, aceite também que pode não ser o amor da sua vida e não há mal nenhum nisso – permita-se vivê-lo como uma nova oportunidade e com muita intensidade. Por isso aproveite, aproveite muito. Começar de novo tem coisas tão boas! Ainda se lembra do que é sentir um friozinho na barriga ou borboletas no estômago?



E depois de passarmos as passas do algarve não merecemos alguma paz, com agitação positiva? Agora sabe o que quer, mas também sabe que não vale a pena aborrecer-se por coisas que não merecem, que nem passam muitas vezes de ninharias. Saiba escolher as suas batalhas, aceite que nenhum relacionamento é perfeito e prefira ser feliz a ter sempre razão.



Espero que tenham gostado. Na parte III falaremos da nova relação e no envolvimento dos e com os filhos.





quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Perda gestacional







Um sonho que se desfaz. O que fazer depois disto?

Falar de perda, de qualquer perda, é muito difícil.

Mas ainda há tanto para relectir.

Quando acontece uma perda, qualquer perda, é muito importante haver possibilidade de nos despedirmos, como forma de entender o significado e processarmos e elaborarmos a perda.

Um sonho que se desfaz. O que fazer depois disto?

É importante termos uma atitude transformadora perante a dor - o que muda, o que pode mudar é a forma de lidarmos com a perda. A dor nunca vai passar.

Falar de perda, de qualquer perda, é muito difícil.

Meu Deus, como é importante que todos percebam que perder um filho dói, mesmo que não chegue a ter vivido fora da barriga.



Maravilhoso documentário...não deixem de ver.




sexta-feira, 15 de maio de 2015

2 anos de 4D&Friends no dia 9 de Maio - Um dia perfeito


Não me vou alongar muito, que esta semana é de descanso depois de dias intensíssimos.

Quem esteve no dia 9 de Maio na Quinta de São Pedro da Pousada, a celebrar connosco os 2 anos de 4D&Friends, foi unânime e eu partilho da mesma opinião - um sítio maravilhoso, uma decoração nota 20, incluindo um bolo lindíssimo (Boas Ideias com Alma), marcas fantásticas (a saia da Concha foi escolhida no dia anterior, quando a Tata começou a montar o seu espaço. Fiquei apaixonada!), tudo top, um bar cheio de coisas super saborosas e com pessoal extremamente simpático e profissional (Pastelarias Vasco da Gama). Animação muito cool, para todas as idades, (da responsabilidade da VM Animação, Audiolândia e Phive); pela primeira vez um desfile que foi um sucesso; e uma largada de balões tal e qual eu tinha imaginado, um por cada marca presente. 

E ficou uma sensação de dever cumprido. E algum cansaço, convenhamos. Por isso hoje fugimos para longe com os miúdos para aproveitar um fim-de-semana de sol. Depois conto tudo.

Tenho imensas fotos e só queria mostrá-las todas aqui. True Colors Fotografia, obrigada!
Prometo criar álbum no 4D, no facebook. A partir de segunda.

Agora aqui ficam algumas fotos que falam por si. Que difícil foi escolhê-las!

Para saber mais peço-vos que leiam o post (aqui) onde explico tudo sobre a 8ª edição da feirinha que é uma festa. A Festa da Família!


Agora...bom fim de semana!















































quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Boa noite. Vamos falar de sexo?



Não, não vamos falar de sexo. Não de sexo no sentido em que nos vem logo à cabeça, apenas e só ligado à genitalidade e ao acto sexual.

Mas podemos falar de sexualidade, de intimidade numa relação a dois, de sexualidade enquanto expressão do amor.

Porque é que no nosso imaginário a sexualidade está tão associada aos órgãos genitais e tão menos à vivência saudável de uma relação?

Porque é que se insiste tanto numa educação para a sexualidade e não de uma educação para as relações?

Vivemos a sexualidade com um pé no paraíso e outro no inferno. Vivemos a sexualidade cheios de ambiguidades - é tão bom, mas é pecado; deseja-se, mas deve reprimir-se; é bom, mas pode ter consequências negativas...
Porque é que a educação sexual nas escolas praticamente começa com um "Têm de ter cuidado" e passa-se imediatamente para as doenças sexualmente transmissíveis, para os perigos de uma gravidez na adolescência, e por aí fora? Prevenir não pode ser meter medo, tornar este assunto num bicho papão, sobre o qual temos de ter pezinhos de lã e mil cuidados.

Vivemos as nossas vidas baseando-nos em mitos. Também no campo da sexualidade construímos a nossa realidade baseada em mitos e preconceitos e crenças enraizadas e muito valorizadas.

“Quando há amor a sexualidade surge de uma forma espontânea e o prazer é a consequência imediata”

“Um casal que se ama tem uma vida sexual intensa”.

“Uma relação saudável é aquela em que não há conflitos”

“Numa relação sexual o orgasmo deve ser simultâneo”.

"Se há amor há desejo"




Se há amor há desejo? Forçosamente?

Há uma crença partilhada de que o desejo é automático em pessoas que se amam. Então se não há desejo isso significa que não há amor? 
Obviamente que isto leva a um enorme stress, no casal.
O que tem menos desejo, sente-se pressionado, sente que tem problemas. O outro sente-se rejeitado, não desejado, o que reforça o mal-estar do outro.
Esta pressão leva a que o que tem menor desejo, tenha relações sexuais só para agradar. Ou acredita que se tiver relações, o desejo vai reaparecer.


Temos, enquanto adultos, de perceber o que é que a sexualidade representa nas nossas vidas, porque são as nossas teorias, as nossas crenças que influenciam o nosso comportamento.

Sabem uma coisa? A forma como nos vemos, como achamos que o nosso parceiro cuida de nós e como ele nos vê, regula o nosso desejo sexual.

A forma como eu me vejo, a forma como eu vejo o outro, como eu penso que o outro me vê, a minha história de vida, os meus modelos internalizados, a forma como eu construí na minha cabeça a ideia do que é um casal, a forma como eu vi os afectos serem geridos na relação entre os meus pais, os meus medos, a minha confiança, a minha autonomia em relação ao outro, a minha capacidade de me entregar e até a capacidade de estar só, vão interferir no desejo. E esta é só uma parte da equação, porque existe o outro e ainda existe um terceiro elemento, que é a própria relação, que vai co-evoluindo, com respeito e compreensão, facilitados pela comunicação.


Amar o outro é não precisar dele. Algo está mal no reino da Dinamarca quando precisamos do outro para gostarmos de nós próprios, para nos validarmos, para nos sentirmos fortes e seguros.












Poderá também ler:

Boa tarde. Vamos falar de sexo?






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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Resoluções de ano novo

Faltam 8 meses para a entrada nos entas. Quem mais é que é da excelente colheita de 75? :)

Pois é, entrámos em 2015, o ano em que faço 40 anos, e espero continuar a cumprir as promessas que fiz a mim própria, de receber esta nova fase da melhor maneira possível.
Em 2014, já no modo ready for forties, tive algumas novas experiências, que me fizeram muito bem, ao corpo e à alma.
Comecei a trabalhar no meu closet e consegui ter uma atitude mais prática e despojada. Finalmente consegui separar-me de peças que estavam só à espera que eu tomasse essa decisão. Parece incrível, mas acumulamos e trazemos connosco demasiadas coisas do passado. Tralha e mais tralha. No fundo isto serve para muita coisa, não é verdade?
Comecei o meu processo de depilação a laser, com o há muito esperado laser Alexandrite (aqui) e estou a adorar os resultados. So far, sooo very good.
A minha última experiência ou última novidade - sim, parece mesmo tolice, mas nunca tinha experimentado - foi o verniz de gel. Nunca percebi muito bem o frissom e burburinho à volta deste assunto e agora que experimentei fiquei rendida. Unhas mais brilhantes, mais fortes e com aspecto cuidado durante muito mais tempo. Obrigadíssima Alda por ter insistido para eu experimentar. Assim já posso colocar mais este item na minha bucket list, não das coisas que quero ainda fazer, mas dos itens que foram verdadeiras novidades para mim ao longo destes últimos 4 meses.

Este também foi o ano em que voltei a passar o reveillon com amigos e foi o máximo. Há já meia dúzia de anos que passava com os filhos, em família e obviamente que foi sempre bom passar com eles. Mas desta vez, depois de um convite irrecusável, resolvi dividir o mal pelas aldeias e passei a festa da família, em família e brindei com champagne e comi as 12 passas com amigos e o marido. Que bem que nos soube. Também entra na tal lista, o propósito de cuidar e alimentar mais um pouco as minhas/nossas relações sociais. Muitas vezes numa vida agitada como a que levamos, fica pouco espaço e tempo para cuidar da teia dos afectos, que não se devem circunscrever à família.

E agora? O que é que este novo ano me vai trazer? A verdade é que tenho imensos objectivos para cumprir, para riscar, para viver. Espero continuar a ter novas experiências, que me vão ajudar com toda a certeza a receber muito bem o dia 5 de Setembro.
Sobretudo quero trabalhar para que passe estes 8 meses com um sorriso no rosto e um brilhozinho no olhar. De quem ainda acredita, de quem não quer deixar de acreditar, que a vida é para ser vivida sem mágoas nem rancores. E se possível a acreditar que sou feliz, junto dos meus mais que tudo e de quem me faz tão bem.

E para os meus 4D? Muito amor, porque o amor vence tudo, o amor tudo supera. Muito, muito amor.


Um beijo para todos, um abraço apertado e um excelente ano. 2015 promete!




ps: este post é muito especial. É o primeiro do ano...do ano em que faço 10 anos de blogosfera.
 UAU!





quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Eu cá gosto do Natal


Não vou dizer que não gosto do Natal, porque gosto. Não gosto é de algumas coisas do Natal. Também gosto de sair do dentista com os dentes branquinhos, depois de uma limpeza à séria, mas tremo só de pensar em deitar-me naquela maldita cadeira. É mais ou menos a mesma coisa (nesta altura estão vocês a tentar perceber a minha lógica).
Gosto muito do Natal porque os miúdos vão para a casa dos avós logo que começam as férias e eu fico com algum tempo para namorar. E o que eles gostam da casa dos avós e o que nós precisamos de namorar. E depois vem a altura em que nós vamos ter com eles e passamos uma semana em família, longe do bulício dos dias. E que bom que é.
Gosto de imaginar a cara deles, felizes com os presentes - mas stresso um pouco a pensar se os mais pequenos, que querem TUDO, na altura vão adorar a infinésima parte do TUDO, ou se se vão lembrar é dos 9999 brinquedos que não receberam. O marido diz que sou tola, que claro que eles vão gostar é daqueles. Eu ainda não estou completamente convencida...o que é que querem, sou mãe!
Gosto de receber postais, e-mails, sms e até aviões com mensagens de apoio, perdão, de boas festas. Mas só dez ao todo, pode ser? Pronto, 20. Mais do que isso já não leio, confesso. Apago tudinho. Queira Deus que em nenhum desses e-mails venha escrito que também ganhei a lotaria de Natal.
Gosto de ver as pessoas bem dispostas, porque as há, elas andam aí. Não estão todas mal dispostas, a empurrar carrinhos de compras, maridos e filhos, com caras furiosas e sedentas de sangue. Tenho recebido mais sorrisos, mais palavras simpáticas, mais piadas com graça...e tenho retribuído! Sim, o Natal tem esse efeito em mim, vejam lá.
O Natal foi o mote para organizar um jantar há muito esperado. Ah e tal, podemos celebrar e estar com os amigos sempre que se quiser...mas a verdade, dura e crua, my friends, é que o Natal não pode mesmo ser quando um Homem quiser.
No Natal não gosto, por exemplo, do anúncio da Meo, nem um bocadinho. Por outro lado adoro o da Nós. Só por isso acho que devíamos aderir todos os Dont't stop me now - o Camané com ar castiço fica mesmo no ouvido.
Gosto de comprar presentes sim. Adoro. Nunca conseguiria dizer que este ano não comprei nem um presente de Natal. Mas nunca compro só porque tem de ser, mas porque quero. Não gosto se do outro lado esperarem por coisas caras, porque não as vão receber. Eu gosto mesmo é de lembranças originais, pensadas realmente para "aquela pessoa". E muitas vezes as ideias tcharan surgem-me em cima da hora. Por isso tenho presentes comprados há uns meses e outros comprados há bocadinho...e não stresso nem um pouco com isso.
Não gosto de ter de enfeitar a casa só porque sim, se a vontade não chegou. Então este ano tive uma ideia genial. Essa tarefa ficou completamente a cargo dos meus filhos, que deliraram com a possibilidade e ainda acharam que eu era a mãe mais super cool do planeta por ter-lhes confiado essa tarefa fantástica. Há que saber viver, my friends. Se está bom para aparecer nas revistas? No way Jose, mas não faz mal. Então este ano não faz mesmo nada mal. Logo se vê se para o ano fico com mais vontade.
Não gosto de ter de fazer embrulhos. Mas descobri que há lojas que embrulham, sabiam? E outras que vendem sacos e envelopes giríssimos, que é só pôr lá dentro e pronto. E mais importante do que tudo, descobri que o marido é um Ás nisso, um verdadeiro pro. E se antigamente - sim, que ainda sou do tempo de guardar lacinhos - o papel tinha de ser rasgado com muito cuidado, para ver se ainda podia servir para o ano seguinte (bom, a ideia de reciclar é importante, muito importante, mas não vamos agora por aí), agora é vê-los a delirar com o embrulho (acho mesmo que isso é o que mais os atrai) e eu a permitir que rasguem o papel sem qualquer compostura ou classe. O que a maternidade nos faz, valha-me Deus!
Gosto que haja datas para celebrar e rituais e natais que tornem estes dias mais especiais. Já imaginaram como seria passar um ano e outro e mais outro e não haver nada a marcar, a nos dar alento para continuar? Estas pequenas coisas é que nos dão força para seguir em frente. Estas migalhinhas são o ópio do povo, my friends. Fazem-nos falta. Fazem-me falta.
Por isso não me vão encontrar aos pulinhos de contentamento e a cantar Christmas carrols na rua, que sou do tipo mais contido, mas não me vão encontrar também com cara de poucos amigos, de certezinha absoluta.

Então entre uma coisa e outra, aqui ficam os votos sinceros (mas mesmo, mesmo, mesmo sinceros) de dias muito felizes. Bom Natal.











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domingo, 16 de novembro de 2014

Sobre a última semana e tanta coisa para contar.



Tem sido difícil arranjar tempo para descansar. E esta semana foi daquelas bem preenchidas.

Fiz um balanço da 5ª edição do 4D&Friends - e curiosamente os posts queridos continuam a aparecer. leiam esteeste. Mais uma vez feedbacks que me deixaram cheia de orgulho. E ler novamente que os meus filhos se comportam muito bem e que o mais velho é super preocupado e sociável enche-me o coração de alegria e faz-me perceber que mesmo com tanto trabalho continuo a avançar no caminho certo.

Apresentei também a Edição de Natal, muito Especial, a 6ª edição.

Para quem ainda não viu, vai ser no Palácio dos Duques de Cadaval, coladinho ao Templo de Diana. 
Não podia haver sítio mais bonito!

Vamos ter marcas de sonho. Quais?
Para já posso ir adiantando que a equipa de styling é a mesma do evento de Abril, a Design Events. Uma equipa fantástica que vai tornar esta feirinha ainda mais especial. E já sabem que a Maria João, a par com a Susana, do Simplesmente Branco, escreveram um guia fantástico para o dia do casamento? Não percam!

E vou ter a minha amiga Rita a fotografar. Já conhecem a página Add&Glance photography? Toca a ir espreitar. E porque os momentos irrepetíveis devem ser eternizados, a Rita vai estar comigo nesta edição, muito, muito especial.


E as marcas?

Para já fiquem com um cheirinho das que já foram apresentadas. para eles, para nós, para a casa. Cada vez gosto mais desta heterogeneidade que tem marcado e tornado consistente o 4D&Friends.




Meia dúzia é uma marca portuguesa de roupa e acessórios de bebé e criança dos 0 aos 6 anos criada em Setembro de 2014. Tem um estilo próprio que tenta conjugar o tradicional e o moderno, prometendo ser uma aliada dos pais na hora de encontrar soluções giras, práticas e diferentes para o guarda- roupa dos seus filhos.



Dália Vaz é mãe a tempo inteiro de 2 e trabalha em casa. A Marca surgiu em 2001 com acessórios de moda e desde então tem vindo a crescer, juntando há 2 anos acessórios de decoração. Dália faz peças únicas e exclusivas sempre a pensar em mulheres com muito estilo e arrojadas.



Já todos me ouviram falar vez após vez da Galinha Doida. Afinal é a marca que esteve em mais edições do 4D&Friends.
Com marca própria e com outras marcas, entre as quais a Little Vintage Bazaar, fez sucesso em Coimbra, no dia 2 de Novembro. Desejo-lhe o mesmo sucesso em Évora, na edição Especial Natal



Esta loja é de sonho.
Egg : Têxteis feitos à mão, mobiliário e acessórios de criança, loiça, artigos de decoração...
Peças intemporais, para crianças e adultos.




No 4D&Friends Especial Natal. Não se esqueçam: os melhores presentes vão poder comprá-los aqui 






Esta semana estive na Clínica D'epilação Laser e escrevi este post aqui.

E por falar em aniversários, a minha cabeleireira preferida (Marisa Imagem) está também de parabéns! E como é mês de aniversário as promoções são excelentes. Vejam este post e aproveitem.


E desde Setembro que tenho andado sem tempo para cumprir a promessa de aproveitar este último ano dos 30s. E se faço alguma coisa acabo por não ter tempo de falar disso e partilhar convosco as coisas engraçadas que vou fazendo. Mas quero muito voltar a escrever aqui mais amiúde, até porque tenho passatempos à minha espera...e à vossa espera também! Será que vou conseguir?


E a Conchinha andou meio adoentada durante a semana. Hoje quando percebeu que finalmente era dia de ver os avós que adora, toda ela espevitou! Vejam lá se não tenho razão.

Adoro a túnica Rosa e Azul. É tão fofa!!












Que tenham uma semana excelente.

Um abraço.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A caminho dos 40




Ready for forties

A preparar-me para uma nova etapa.
Tinha dito que este ano ia ser de descoberta, de aprendizagem, de crescimento.
Infelizmente continuo a perceber que há pessoas muito más neste mundo. Felizmente continuo a surpreender-me com a alegria, a humildade, a simpatia de outras. E seja bem vindo quem vier por bem.

Tem sido uma caminhada, um percurso, uma aventura. Uma jornada sem igual.

O blog tem-me possibilitado outras vivências. Melhores ou piores do que as que tinha tido até aqui? Difícil responder. Simplesmente diferentes. Muito diferentes.

Quem me conhece bem, mesmo bem, sabe que sempre adorei fazer coisas, várias coisas, experimentar novos projectos, abraçar novos ideais. E nunca fui de ficar sem resposta às pedras do caminho. 

Já faz 20 anos que fiz a minha primeira sessão fotográfica com um fotógrafo top. 20 anos. O tempo não pára.

Um dia destes começo a mostrar o que tenho feito para me preparar para os 40. 
Faltam 321 dias.

















Street style

túnica Vintage Bazaar na Favo de Mel
calções Bershka
botas To Get Her
óculos Ray-Ban
fio As Peças da Maria
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