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sexta-feira, 30 de março de 2012

Fé rima com fim-de-semana



Manter a Fé é preciso.
Ainda há esperança.
E aqui vos deixo uma das minhas músicas de sempre.
Bom fim-de-semana!

Para desanuviar

de uma semana tão complicada (mais uma. começa a tornar-se hábito) apetece-me comer uma francesinha. Já que não posso ir a voar para perto dos meus rapazes, já que também soube ontem que o marido afinal tinha que estar por cá logo no início da semana, obrigando-nos a ficar retidos mais uns dias (eu não digo que por cá é tudo intenso?), talvez vá até ao Norte, em passeio sem destino (que invariavelmente acaba por terminar sempre na Blanco ou no Ikea!) comer uma bela de uma francesinha. Saudades, saudades.

Alguém me acompanha?

Aqui
The first step to expanding your reality is to discard the tendency to exclude things from possibility.
-Edward E. Cummings

quinta-feira, 29 de março de 2012

E porquê um colégio?

Bem, podia ser apenas porque sim. Era a minha decisão e ponto final. Mas não é apenas porque sim. Podia ser por uma questão religiosa…mas não era de todo quando tomei a decisão. Embora sempre tenhamos precisado de muita fé, mesmo eu que por tudo  o que nos aconteceu me tornei mais descrente.

Talvez esteja na hora de falar nisto embora confesse que já pensei em escrever sobre o assunto muitas e muitas vezes mas vou sempre adiando. É preciso assumir sem vergonhas e culpabilidades mas por vezes a linha é ténue e nunca gostei que desse ou déssemos ares de coitadinhos.


O Afonso, o meu filho mais velho, quando tinha 3 anos (a 1 mês de fazer 4) teve um AVC e uns meses depois um AIT.
Foi durante a noite e ele acordou assim, com dores de cabeça e com dificuldades em abrir os olhos. Logo ao princípio achei que fosse um bocadinho de manha, ronha. Disse ao marido que ele ficava a dormir mais um bocadinho na minha cama e que o levaria mais tarde à escolinha. Ele dormiu (ou desmaiou, fica difícil de saber) e quando acordou ainda estava mais estranho. Levantou-se da cama e caiu para o lado. Eu agarrei nele, agarrei no Manel pequenino com 7 meses (precisamente a idade que a Conchinha tem agora) e fui completamente desvairada para o hospital (fomos que chamei o marido).
Durante horas e horas e horas não se sabia o que se passava com ele. Praticamente não conseguia ter os olhos abertos e perdia os sentidos constantemente. Fizeram muitas e muitas análises. E nada.
Já no quarto, nos cuidados intensivos o marido conseguiu fazê-lo rir, quando finalmente acordou por um bocadinho maior e chamou imediatamente a enfermeira. Ele estava com a boca ao lado. Ela afirmou peremptoriamente que não e que não e que não. Que os pais estavam era muito nervosos e que viam coisas onde não existia nada. Mas não desistimos e pedimos para chamar o médico. O médico veio, olhou muito tempo para ele e examinou-o cuidadosamente. Foi-se embora e voltou e disse que o Afonso tinha tido algo do foro neurológico e que tínhamos de fazer uma Tac mas que o anestesista não estava de serviço e teria de ser chamado. Claro que não se conseguiu sem anestesia que ele esperneava por todo o lado e mais duas horas foi preciso esperar.
Quando finalmente a Tac foi feito e com ele já lá dentro, depois de lhe segurar a mão enquanto pude e não pude, fui para a cabine. E tão claro como a água apareceu uma mancha preta, a zona que tinha morrido –avc esquémico.
Nessa altura conhecemos o neurologista pediatra que ainda hoje o acompanha (é médico dos nossos miúdos todos) que nos disse muito directamente que ele nunca mais iria ficar igual. Que felizmente a zona afectada correspondia à parte física e motora e não à parte cognitiva, mas que o nosso filho nunca mais seria o mesmo e o mais provável era que o braço dele nunca mais funcionasse.
Um miúdo canhoto que aos 3 anos já fazia tudo sozinho, já comia de faca e garfo e já escrevia o nome dele todo, do princípio ao fim. Teria que aprender a fazer tudo do início, com a mão direita.
Aqueles dias, aquelas horas foram de pesadelo. Como o avc foi esquémico e não hemorrágico levou a que ele não tivesse que ficar muito tempo no hospital e pode ir para casa. Mas nesses dias parecia um velhote: a cara estava completamente ao lado e a visão lateral completamente perdida. sempre que o deixávamos andar sozinho lá ia ele bater nas portas e nas paredes. Felizmente recuperou rápido essa parte. Já o braço e a perna nem tanto.
E começou a saga das fisioterapias e terapias ocupacionais.
E passados uns meses teve um AIT, um AVC mais pequenino, que prejudicou as pouca melhorias conseguidas e perturbou-o um pouco a nível comportamental.
Nessa altura os médicos pensaram que tinha uma doença degenerativa muito grave (Moya-moya), onde ia tendo avcs sucessivos até à sua morte. E chegou a ser internado em Santa Maria para pôr by-pass, numa operação arriscadíssima em que só nesse procedimento havia mais de 50% de hipóteses de falecer durante a operação. Tivemos uma semana para decidir se o deixávamos morrer da doença ou da possível cura.
Ao fazerem-se os procedimentos necessários para medir o tamanho da artéria descobriu-se que já estava maior, ou seja, descartou-se esse diagnóstico. Meus Deus, que alívio. Mas agora era começar tudo de novo.
Entretanto foi uma médica de Londres que descobriu o que ninguém estava a conseguir descobrir – o diagnóstico final. O Afonso tinha uma artereopatia intracraniana transitória, ou seja, tinha uma artéria no cérebro mais fininha do que o normal mas que estava a desenvolver-se. O Afonso recuperou tudo menos o movimento do braço e mão esquerda e a forma como anda e coloca o pé esquerdo no chão.
Faz fisioterapia até hoje mas não há melhorias nenhumas.

E não conseguem imaginar o nosso medo. Conseguimos, com muita dificuldade, que o estado pagasse os exames ao Manuel, para nós vermos se havia algum risco de ter o mesmo problema. Mas não é hereditário. E com isso esgotámos as possibilidades de fazer os mesmos exames aos dois manos pequeninos.

E por isso o Afonso está no colégio. Tem um plano individualizado (PEI) a Ed. Musical, A EVT e a E.F. De resto não precisa de mais nada. Quer dizer…precisa, precisa. Precisa que lhe levem o tabuleiro ao almoço, precisou que a sala fosse mudada do 1º andar para o rés-de-chão porque lhe estava a fazer mal à perna tanta subida e descida sem controlo (provocando-lhe mesmo muitas dores). Precisa de estar protegido de muitos olhares maldosos e bocas trocistas. Precisa do carinho daquelas irmãs que o tratam como se fosse neto delas.
Ele lá terá que aprender a voar por si e a enfrentar o mundo mas o que achamos todos é que ainda é cedo para isso. Precisava de mais uns dois ou três anos mais protegidos, com outras crianças reguilas mas que aprendem ali que aqueles colegas são família e que nós temos é que proteger os nossos, acima de tudo.
E eu estou muito, muito feliz com todo o apoio que o Afonso tem tido.

E ele é ainda mais especial porque aos 5 anos foi avaliado por um Psicólogo da Direcção Regional de Educação e acabou por entrar mais cedo um ano para o 1º ciclo.
É um menino muito, muito especial.
Numa escola com um ensino duro, com muitas exigências, ele teve agora 5 cincos, 3 quatros e 1 três. E é considerada uma das 50 melhores escolas do país.

O Afonso provavelmente nunca poderá ir para medicina, tenha ele as notas que tiver, ou mesmo para outras profissões. Não pode jogar ténis, não pode andar de bicicleta sem rodinhas, não poderá andar num carro que não seja extremamente adaptado…60% de incapacidade permanente. Sabemos mas dói. Dói que se farta.
Mas pode continuar neste colégio onde ele se sente em casa, onde ele adora andar, onde ele já me pediu para continuar (quando em casa falamos das nossas dificuldades financeiras).

Cada um tem a sua estória. A nossa é esta.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Em choque

Não posso deixar de falar nisto.
Ontem os pais de 234 crianças receberam a triste triste notícia que a escola dos seus filhos, o colégio com mais de 90 anos vai fechar no fim deste ano lectivo.
Deste grupo fazem parte, entre outros, o Colégio do Ramalhão e o do Restelo mas só este é que vai fechar.
Alega-se insustentabilidade financeira mas não é isso. Sinto mesmo que não é isso.
Os pais ficaram em choque, os pais pediram uma hipótese de tentar reverter a situação mas houve frieza e uma atitude autistica do outro lado.
Os professores disseram que prescindiriam de uma parte dos seus salários e dos subsídios na totalidade.
Ouviram-se testemunhos comoventes de alunos, antigos e actuais.
Mas nada fez deixar de ouvir, de uma forma inesperada e empedernida, no final: a decisão está tomada.

E como é que eu vou dizer agora aos meus filhos?

Resposta ao pedido

vestido Letras Bordadas
body DOT
casaco Benetton

segunda-feira, 26 de março de 2012

Notícias nossas

Fomos à Patachoka, à Mim, aos Patinhos, aos tecidos Vidal e pouco mais.
Comprei as velas e os calções dele na Mim. Divinais. A camisa dela nos Patinhos (que mesmo assim acho que não é a que vai levar) e mais um vestido em saldos. E na Patachoka? Roupa, claro (que não é propriamente para o baptizado, a menos que os mais velhos possam ir de calções de banho- Pasito a Pasito - e ela de túnica).

A senhora da Mim-Castil ficou deliciada com a baby C e os seus olhinhos-de-cor-estranha.

Ai que eu morava tão bem em Campo de Ourique. E vimos o Paulo Portas e os meus homenzitos adoraram – fosse quem fosse eles adorariam. Quem não se lembra de ser pequeno, ou já não tão pequeno, e delirar por encontrar alguém que aparecia na televisão?

Estivemos com a Sandra. E ela ofereceu-me 4 pulseiras maravilhosas (que eu já mostro, que a bateria da máquina está a custar a carregar – pudera) e mais um fio e uma pulseira para quando a Concha crescer mais um bocadito. A Sandra faz coisas maravilhosas e vende, para quem estiver interessado – só ainda não tem site, por mais que eu já a tenha chateado. E ainda saí de lá com a roupinha herdada da Mimi. Veio logo com um body da Pó de Talco vestido.

E comemos tanto. E estava lá a Carla também (cada uma delas tem 3 filhos. Eu tenho 4. Ora façam lá as contas). Ai Carla, aqueles profiteroles estavam de morrer e ressuscitar outra vez (só para poder comer-se mais um bocadinho).

Dormimos muito bem. Quer dizer, o marido dormiu bem. Eu nem tanto, que o Vicente passou a noite a gritar “A boooolaaaaaa?”

No domingo fomos aos anos do V., sobrinho da Sandra. Em Monsanto, mais propriamente no Parque do Calhau. A-D-O-R-E-I.

Engordei mais 1kg, pelo menos.

Adorei tudo. Adorei os amigos da Sandra e da C. Adorei ver o que os meus filhos se divertiram imenso. Mesmo saindo de lá a cheirar a cão e erva e suor e terra. Nham, nham. Mas também vinham a cheirar a felicidade, essa é que é essa.

E a minha miúda fez ontem 7 meses e está cada vez mais gira e simpática. E não sou só eu que digo, é toda a gente!

E os meus rapazes foram para o Alentejo, que a mana Inês os foi buscar à capital. 5 dias just girls. Ai que a minha cabeça estava mesmo a precisar deste descanso – nunca estive assim. É que me esqueço de tudo, tudo, tudo. Bom, qualquer dia faço como a outra e esqueço-me da rapariga em casa.

E chego cá e hoje tinha uma surpresa da minha amiga R., dona da loja/atelier Ratinho Feliz Botinha Azul. UAU. Depois conto!

Pergunta da semana - semana 10

How you will keep the kids entertained these school holidays?

sexta-feira, 23 de março de 2012

Bom fim-de-semana ♥

Weekend hurry up!

Finalmente é sexta-feita.
TGIF no seu melhor.

E eu vou até à capital, ter com queridas amigas, que começaram por ser amigas virtuais e que já se tornaram há quase 2 anos amigas reais. Preciso tanto de estar com a Sandra. Tanto, tanto. Que saudadinhas.
E vou às compras, se conseguir chegar lá a horas. Tanta coisa, tanta coisa. Agora que decidi de vez baptizar os filhotes pequeninos.

Para quem já me acompanha há séculos, lembram-se deste post?

Os meus pais trouxeram-me da Terra Santa, mais propriamente do rio Jordão, uma garrafinha de água, "apanhada" por eles, para o baptismo do Vicente.

Pai da Duchess: Mas não vais baptizar o Vicente?
Duchess: Ainda não sei pai.
Pai da Duchess: Ohhhhhh bolas. Então se calhar mais vale congelar a água.
Duchess: Sabes que eu só baptizo os meus filhos aos pares. Lá terei de esperar pelo próximo para baptizar o que me falta.


E o próximo chegou. E claro que os vou baptizar juntos, como fiz com os dois mais velhos. E que giros que vão ficar.

E vou ver de roupa e mais roupa e ter ideias. Tanto sítio para visitar, tanto sítio.

Tecidos Vidal
Mim Castilho
Maria Gorda
Maria Malmequer
Spantajaparos
Patachoka
Pé de Roupa
...
Claro que metade vai ficar pelo caminho. A ver vamos.

Vestidos de baptizado tradicionais, até aos pés? Bom, ela irá ter 12 meses na altura. Keep it simple baby. Keep it simple.
Mas mesmo que não encontre o que quero, um vestido fofi, muito fofi e quequezito mas sem ser propriamente vestido de cetim e tules e folhos, vou-me divertir muito a ver as coisas maravilhosas que estas lojas têm.
Mim-Castil


Spantajaparos


Patachoka
Pé de Roupa

quinta-feira, 22 de março de 2012

Temos de seguir em frente que é para lá que se faz o caminho.
Hoje entrevistei a Isabel e gostei muito, muito mesmo.
Mas incomodou-me o facto de tê-la como empregada. Porque empregada não é propriamente amiga. E ela bem que podia ser. Teve uma empresa, ainda tem uma empresa e muitas dívidas porque não lhe pagaram o que deviam. Ela que nunca foi dona de casa, fora de casa, arregaçou as mangas e fez-se à vida. E tem dois filhos que andaram no mesmo colégio em que os meus já andaram. E gostei tanto de falar com ela.
Precisa tanto, tanto, tanto deste emprego. Ou de um outro qualquer que apareça. Uma dona de empresa que já só pede trabalho, nem que seja a lavar escadas. Para poder saldar algumas contas e seguir em frente.
E eu sinto-me estranha de a ir ter como empregada. E ao mesmo tempo sinto-me mal por ter este sentimento. Parece aquelas pessoas que foram a uma entrevista de emprego e lhe disseram "desculpe mas tem qualificações a mais".

Puta da crise.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dia mundial da poesia - 21 de Março

Os nomes das coisas são os nomes das coisas. E ponto.
E são os nomes das coisas que nos impedem de avançar. De ver a árvore. De ver a coisa e não a coisa nomeada. Enfim.

Tantos desencantamentos. Talvez por isto mesmo. Ou talvez não. Será?
Medo do que fica para além do quotidiano. O imensurável.

Posto isto noto-me cada vez mais a não saber conjugar os verbos certos. Ficar ou ir. Viver ou aceitar.

Há riscos que já não sei correr.
Posso.
Quero.
Consigo.
Permito-me.
Aceito.

Dá-me chuva. Assim como assim ela escorre-me por dentro. Cola-se-me aos cabelos e à alma. E não há meio de querer partir.

Sopro-te lugares comuns. Não te sei dizer mais do que isso. Não aqui. Não agora.

terça-feira, 20 de março de 2012

Sempre tive estórias engraçadas com empregadas. Outras também mais dramáticas. Mas sempre tive estórias para contar.
Começando do princípio, sempre tivemos empregada na casa dos meus pais. E depois casei e fiquei sozinha. E veio o primeiro filho e estava sozinha. E veio o mestrado e estava sozinha. E veio o segundo filho e estava sozinha e veio o doutoramento e estava sozinha. Até que percebi que trabalhar muitas horas em casa para o doutoramento não estava a ser nada produtivo, porque havia sempre mil e quinhentas coisas para fazer. E resolvi arranjar alguém.
E as estórias começaram.
A primeira era croata e nova e gira mas gira que se fartava. E passado uma semana de cá estar disse que queria mesmo era ser modelo. Depois a segunda, a R., tinha vindo de Angola havia uma semana. Fazia as camas ao contrário, primeiro os cobertores e por cima deles os lençóis. Disse que não sabia fazer, que dormia no chão. Mas tinha muitas dores de costas e disse que o médico não a deixava trabalhar. Depois veio a C. que teve de sair porque encontrou outra coisa na área mesmo que queria (trabalhar com idosos). Depois a L. que tinha uma relação muito complicada com o marido e que estava constantemente a deprimir. Foi internada algumas vezes e queria ficar em casa para vigiar o marido. Dizia que ele ia ter com outras quando ela saia para trabalhar. Deixou saudades. Depois veio a C. que fazia as coisas bem e que já estava cá há uns meses quando adoeceu de repente. De um dia para o outro descobriu-se que tinha uma coisa má. Mesmo no dia que se sentiu mal não quis deixar de vir, “por causa dos meninos”.
E andei meio perdida, sem saber o que fazer. Até que me falaram na L., que era conhecida, de uma conhecida, de uma conhecida. Meio destrambelhadita mas nada demais. Achava eu. Até ontem.

A minha empregada tinha uma consulta ontem. E eu tinha combinado com ela, atempadamente, que só saía de casa quando eu chegasse. Só que ela esqueceu-se da minha filha e saiu e deixou a bebé sozinha.
Primeiro veio a ideia, quando entrei em casa e chamei por ela e ela não respondeu, que tinha desmaiado. Tola pensei que lhe tinha acontecido alguma coisa e fui à procura dela. Uns segundos depois o meu coração gelou “ai que levou a menina”. Corri que nem louca para o quarto. Lá estava ela a dormir sossegada. Depois veio a incredulidade e depois a raiva.
Telefonei-lhe. Simplesmente tinha-se esquecido dela. Por acaso foi pouco tempo. Por acaso não me aconteceu nada pelo caminho e foi pouco tempo. Mas podia não ser. Por acaso não se mostrou muito afectada. Ainda me disse: “Veja lá que é tão boa ou tão má que eu nem dou por ela” e “Mas vai-me despedir por isto?”

Sempre tive estórias engraçadas com empregadas. Outras mais dramáticas. Mas sempre tive estórias para contar. A de ontem ascende a outro patamar. E eu fiquei sem fala.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Pai de verdade

Um pai de verdade nunca será terceiro. nem é ausente. é precioso nos mais pequenos gestos. é firme e sereno. é sóbrio. é justo e arrojado. terno e bondoso. e nem mesmo quando se afasta fica ausente.

1 - Ao longo da história, as famílias foram sendo machistas e matriarcais. A mãe seria, formalmente, o número dois da hierarquia familiar, embora fosse o elemento preponderante na educação dos filhos. O pai respondia pelos recursos económicos e pela lei da família, embora fosse um número um, realmente ausente nos momentos preponderantes da vida das crianças. Em rigor, as crianças tinham dois pais mas nunca usufruíam de ambos em simultâneo e por inteiro. Apesar disso, o pai sempre se acomodou a essa função de elemento de segunda necessidade para o desenvolvimento das crianças: às vezes, porque era colocado, pela mãe, longe da relação com os filhos; às vezes, porque se excluía dela, tornando-se ausente.

O século XX transformou, profundamente, o lugar do pai. As crianças foram morrendo menos no primeiro ano de vida e, por isso, as gravidezes diminuíram. Os métodos contraceptivos tornaram-se mais eficazes As mães passaram a ter uma vida profissional e muitos pais passaram a reclamar mais vida familiar.

2 - O pai é importante para o crescimento das crianças? É. E se muitas mulheres incentivam a «maternalização» do pai (repartindo com ele a educação dos filhos), outras continuam a exigir para si um protagonismo exclusivo que o coloca, invariavelmente, como terceiro na relação mãe/filho.

Ora, o pai – um pai de verdade – nunca será terceiro. Nem é ausente. É precioso nos mais pequenos gestos. É firme e sereno. É sóbrio. É justo e arrojado. Terno, empreendedor e bondoso. E nem mesmo quando se afasta fica ausente. É pai. Para sempre.

3 - Mas há pais que se ausentam e, com isso, magoam um filho. Haverá – de forma simplista – três formas de um pai se tornar ausente para os seus filhos: quando morre, logo que se demite e sempre que se afasta.

Há pais que morrem em vida, devagarinho. Serão, entre todos, os mais dolorosamente ausentes. Acompanham a vida dos filhos, desde sempre. Mas desconhecem-nos. Demitem-se de lhes ler o coração ou de se colocar, por instantes que seja, no lugar deles. Imaginam valer pelos bens que transmitem e nunca pelos sonhos que conquistam (esquecendo que os pais mostram um caminho sempre que o percorrem, nunca se o indicam). Mas morrem um bocadinho se não abraçam. Morrem quando não brincam. Morrem sempre que decepcionam. E são tantas as decepções que os seus gestos acumulam que, quando morrem de facto, os filhos atestam um óbito (mais que desmoronam num choque). E, ao morrerem, deixam a pior de todas as saudades: a saudade pelo que não se viveu. Não são pais pelos gestos que dão mas por tudo o que os filhos desejavam que dessem.

4 - Outros pais tornam-se ausentes quando se separam. Ao contrário do que se diz, não são, por isso, piores pais (embora alguns destes só despertem para os seus deveres de pais com o divórcio). E, se bem que muitos sejam, escandalosamente, descriminados pelo género sexual, quando se trata da atribuição do poder paternal dos seus filhos, muitos divórcios são amigos doutros pais: atribuem-lhe os filhos pelo tempo que, de modo próprio, nunca reivindicariam (tornando-os mais presentes, por dentro, depois de se tornarem, realmente, ausentes, por fora).

O grande problema dos pais de fim-de-semana é que se sentem tão pouco pais que imaginam valer mais pela benevolência de Pai Natal do que por eles próprios. Daí que desde o circuito das pizzarias, nos centros comerciais, até à forma como competem pelo amor dos filhos, em troca de uma t-shrt ou de outros ténis, tudo vale. E, pior, sempre que não são telepais, o exíguo espaço de tempo que compartilham com os filhos, empurra-os para a função de amigos mais velhos, mais ou menos demissionários (quando se trata de definir regras ou limites) que é tudo o que um pai não deve ser.

Alguns destes pais tornam-se ausentes por fora e por dentro. A sua ausência parece legitimá-los nas omissões em relação a momentos fundamentais da vida dos filhos. Falham nas alturas em que a sua presença seria imprescindível. Exigem e intimidam, como se todos os direitos que reclamam não se devessem iniciar em idênticos deveres. Na verdade, não são pais. São, simplesmente, progenitores.

5 - Ora, o pai – um pai de verdade – nunca será terceiro. Não é ausente. Nem amigo ou progenitor. É precioso nos mais pequenos gestos. É firme e sereno. É sóbrio. É justo e arrojado. Terno, empreendedor e bondoso. E nem mesmo quando se afasta fica ausente. É pai. Para sempre.

Eduardo Sá

O pai deles



Pergunta da semana - semana 9

What's your fondest memory of your dad?

domingo, 18 de março de 2012

I find I am constantly being encouraged to pluck out some one aspect of myself and present this as the meaningful whole, eclipsing or denying the other parts of self.” 
-Audre Lorde






Sou muitas. Muitas, muitas, muitas.

sábado, 17 de março de 2012

Fui à H&M
Trouxe de lá isto. Mas não é para mim.



Será que quase 7 meses já é idade mais do que suficiente para começar a pintar as unhas?
Eu sempre fui sóbria com os meus rapazes. Juro. Mas com esta miúda descobri toda uma nova faceta minha. Mais histriónica. O que é que se há-de fazer?

sexta-feira, 16 de março de 2012

Dia da Princesa II

A Princesa perguntou-me o que era Arte.
Posso dizer-vos que faz parte de mim. É tanto, tanto. Sou professora e dinamizadora de Psicologia da Arte e da Performance. Portanto, faz parte de quem sou, da minha identidade.



Alguns sentimentos são tão encobertos por defesas e racionalizações, que não podem ser expressos claramente através de meras palavras. Faz-se então um compromisso simbólico: o inconsciente irá expressar-se e permitir-se ser percebido pelo consciente, se não tiver de tornar explícito as ideias embaraçosas ou desconfortáveis, mas antes, se puder expressá-las de uma forma metafórica. Através da arte, portanto.



E deixo-vos esta música que diz tudo. Tudo.





Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém 
Fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão 
Uma parte de mim, pesa
Pondera
Outra parte, delira
Uma parte de mim almoça e janta
Outra parte se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte, linguagem
Traduzir uma parte noutra parte
Que é uma questão de vida ou morte
Será arte?
Será arte?





E assim me despeço. Tenham um excelente fim-de-semana.

Dia da Princesa I

Fui desafiada pela Princesa a dizer 10 coisas que marcaram o meu 2011.
Então cá vai:


Descobri que estava grávida. Não saltei de felicidade. Não dei pulinhos e gritinhos e vivas vivas. Tive medo, muito medo. Com o coração apertado mas simultaneamente cada vez mais cheio.

O meu Afonso fez 10 anos. Fiz 10 anos de mãe. UAU. E de prenda demos-lhe uma viagem de mega auto-caravana. 4 dias e nós os 6. Mini feijãozinho na barriga e só eu e o pai sabíamos.

O meu pequenino Vicente fez 1 ano e estava cada vez mais querido e os nós que nos atavam cada vez mais apertados.

Entrei pela primeira vez num fórum e fiz amigas para a vida.

Descobri que ia ser mãe de uma menina. Depois de 3 rapazes. E eu que não sou lá muito católica achei que Deus realmente escreve certo por linhas tortas.

O meu Manel fez 7 anos e oferecemos-lhe uma viagem mágica à Eurodisney.

Pela primeira vez tive barriga grande no Verão. E gostei tanto. E dizem que as meninas roubam a beleza às mães. Mas que mentira. A minha filha emprestou-me foi um bocadinho dessa beleza. 

Estava a ver o True Blood quando me rebentaram as águas. Só dois dias depois é que cá teria a minha mãe e chorei e afligi-me porque ia deixar o meu pequenino pela primeira vez com os avós paternos. Mas ele lá foi. E eu finalmente, depois de 3 partos muitos difíceis, tive um lindo, quase sem dor. E chorei de felicidade quando vi aquela bebé perfeita…e era minha.

Fiquei muito amiga de uma pessoa que afinal não existia. Sofri por uma realidade inventada. E descobri quem eram de facto as pessoas que me rodeavam.

Fechei o blog privado e abri-me para o Mundo.



Passo à

Terra de Cores. A ver se ela quer escrever mais sobre ela e o que lhe vai acontecendo e sobre o filho lindo que tem. Embora ame de paixão as coisas maravilhosas que faz, espero que ela escreva mais sobre ela mesma, ali ou num outro espaço que lhe apeteça criar.

Patrícia Teodoro: porque escreveu que eu era o seu 3º blog preferido (e nem quero saber que o primeiro seja o teu Kiki Maria!). E assim redimo-me por não responder a todas e tantas e tantas questões que me coloca num desafio. Mas um dia faço um post em que vocês me podem perguntar directamente o que quiserem. Pode ser?

À Mãeee que tem estado doentinha e que precisa animar. E ao nosso reencontro.

Mamã Nocas por ser uma amiga muito presente.

Maria, mais não seja porque tem uma Pureza na vida dela. Porque é doce e terna e meiga e especial.

Full-time Mom porque me faz rir e porque me faz acreditar que há o ir e o voltar.

Carla (Carla e Nuno) porque sei que teve um ano muito especial.

Muxy também porque sei que teve um ano muito especial.





quinta-feira, 15 de março de 2012

Diferenças

Estas coisas culturais são mesmo muito engraçadas. Ela agarra no pé e estica a perna toda e eu digo que está a fazer ballet. Eles agarravam no pé e esticavam a perna toda e eu dizia que estavam a praticar judo, ou jiu-jitsu ou karaté...

Casas

Sempre gostei de casas

Boémias, chics, casual-chics, hippy-chics, clean, minimalistas, cheias de tralha, grandes e espaçosas, pequeninas e cosy, mais antigas, mais modernas, com mais vidros, com menos vidros, com mais cor, com menos cor, com pinta. Com muita, muita pinta.

E o que eu gostava mesmo era de passar uns tempos em cada uma. Viver. Porque as casas também nos transformam.








to be continued...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Medos e bom senso

Será que estamos a fazer a coisa certa quando passamos a vida a dizer às nossas crianças que não podem fazer isto ou aquilo? O que é que devem ou não devem fazer?
Não damos, a maior parte das vezes, a oportunidade aos nossos filhos de treinarem esta competência tão necessária, de aprender a julgar, de tomar decisões por si próprios.
Estaremos mais preocupados com os perigos do que aquilo que deveríamos?
Claro que a nossa função é assegurar-lhes a segurança, passo o pleonasmo. Mas será que essa preocupação desmedida não será mais do que tudo uma boa desculpa que arranjamos para justificar e camuflar os nossos próprios medos e inseguranças?

Amor de tia


Tia e sobrinha in love. E mais a roupita fofitxa (vestido e body Letras Bordadas)

terça-feira, 13 de março de 2012

Continua a fazer-me rir assim que eu gosto

Manel: Mãe,tu estás a beber SuperBock?? Nunca te vi a beber SuperBock!!
Mãe: É uma cerveja preta sem álcool. Para além disso faz bem ao leitinho para a mana.

Manel: Oh Afonso anda cá. A mãe está a beber uma SuperBock mágica.
No fim de contas são poucas as palavras
que nos doem de verdade, e muito poucas
as que conseguem alegrar a alma.
E são também muito poucas as pessoas
que nos fazem bater o coração, e menos
ainda com o correr do tempo.
No fim de contas, são pouquíssimas as coisas
que na verdade importam nesta vida:
poder amar alguém e ser amado,
não morrer depois dos nossos filhos.

Amalia Bautista

segunda-feira, 12 de março de 2012

Por aqui é mais bolos





 








Dois anos, três bolos.
Um para a escolinha, outro para a noite, para os manos e para os avós paternos lhe cantarem os parabéns e outro ainda para sábado, o mais especial, para os avós maternos, para as tias, tios, manos e pais.
A ovelha Choné simboliza o seu peluche preferido e os seus desenhos animados preferidos. Marcam este ano, sem dúvida. Então se o ano passado os avós fizeram questão de oferecer o maravilhoso bolo do Pocoyo, este ano foi a vez da ovelhinha mais engraçada de todos os tempos ter direito a brilhar na festa.
Mas independentemente disso, o que ele adorou tudo o que estava em cima dos bolos não tem explicação. Desde as pintarolas coloridas, ao Mouse (também conhecido por Miska e Mickey...depende um bocadinho em que língua é que estamos a ver no youtube) até à Choné, claro. Foi o delírio. Não descansou enquanto não lhes deitou a mão.

Pergunta da semana - semana 8

If you had ONE MINUTE to evacuate your home, what would you grab?

domingo, 11 de março de 2012

Ganharam aqueles

que disseram que devia ser dentes.

Hoje, aos 6 meses, 2 semanas e 1 dia vimos o seu primeiro dentinho. Ratinha mai linda.

Agora o mano Vicente está com uma constipação do caneco.
Será do sol? Será chuva? Serão dentes?
Dentes não é certamente e a chuva nem vê-la por aqui.

sábado, 10 de março de 2012

OMG

Acabei de receber de presente uma Bimby dos meus queridíssimos papás.

Então, afinal, sempre vou ser uma bimbólica. E esta, hein?

sexta-feira, 9 de março de 2012

É sexta-feira. Muita paz e tudo o resto




Os meus mais velhos são completamente malucos por esta música:




mas entretanto foi esta que lhes caiu no goto:





E é sexta-feira. Beijinhos e abraços e bom fim-de-semana. Bom bom bom.

Menina do circo



Eis os primeiros desenhos para o quarto da Concha. Lindos, lindos, eu acho.  Da fabulosa Sarah Burford. Anseio, desejo, quero encher uma parede de muita alegria e cor. 
Pergunto-me se os senhores que plastificam documentos, plastificarão também estas e outras imagens. Precisam-se de ideias para não ter de encher a parede de buraquinhos.

Quase completamente decidida a transformar o quarto dos 2 em quarto dos 3 rapazes. Uma camarata, portanto...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Coisas de se ser piegas III ou eu quis mesmo mostrar isto no dia da Mulher


Rite of Passage - Shaving my Head from Ashley Hackshaw on Vimeo.



Daqui

7 pequeninas coisas para se ser bons pais

       Tomar conta de si
Antes de termos filhos talvez pudéssemos pensar só em nós, numa atitude de I don't give a damn para a minha saúde, para estas coisas do corpo (e da mente). Mas depois já não se trata só de nós. O meu medo de morrer aumentou exponencialmente depois de ter sido mãe. Portanto, o melhor que posso fazer pelos meus filhos é cuidar de mim.


Mais do que mãe coruja, mãe-galinha, quero ser uma mama bear
Proteger, proteger, proteger sempre. Proteger por instinto. Enquanto eles precisarem. A bem dizer, da parte de uma mãe, será sempre.


Ser uma boa detective
Conseguir encontrar em tempo recorde roupa, bonecos, sapatos, chupetas e até trabalhos-de-casa desaparecidos.


Ler para os nossos filhos
Ler é importante. Absorver palavras e brincar com os sons, com as imagens e significados. Ter tempo para educar, para ser uma inspiração para os nossos filhos é muito importante. Mesmo.


Tornar tudo melhor
Somos o porto-seguro, donas dos beijos curativos e dos pensos rápidos e dos mimos, muitos mimos. De abraços apertados que farão a diferença. Toda a diferença. Tornam o mundo deles melhor. E por associação, o nosso.


Mestre na arte de programar
Para não enlouquecer é necessário, acima de tudo, manter a ordem. Não é fácil mas alguém tem de o fazer. Vamos lá  a isso.


Exercitar o estado zen
Contar até 10 e se não chegar até 20 e se não chegar até 30. Paciência, carradas de paciência. Ir buscá-la onde não sabemos que existia. Amar incondicionalmente também é isto.


quarta-feira, 7 de março de 2012

2 anos









Fazes hoje dois anos. Amo-te tanto, tanto que fico sem palavras para descrever tudo o que sinto, coisa rara em mim.
Trouxeste tanta alegria para a minha vida, meu amor pequenino. Obrigada.

terça-feira, 6 de março de 2012

Haikus

Uma das coisas mais engraçadas que me aconteceram nos últimos tempos foi ter sido convidada para um grupo de haiku. Nunca tinha feito mas tenho adorado a experiência.



Ousar não ter medo

Sorrir e acreditar

Afinal, viver


Teias que se tecem
Verde Primavera
Apenas silêncio


Quatro corações

Seis vidas a palpitar

É isto que sou


Tu que nunca vi

Estranhos agostos

Bocados de ti


Amor e vida

Descobertas de ontem

Hoje e sempre



Nicho em que habitamos
Bocados de muitos ontens
Nada. Quase nada



Palavra que cala

Silêncio que fala
Tudo é desengano



Haiku= capacidade de ser conciso e objectivo. Poemas com 3 linhas ou versos, com 5,7 e 5 sílabas, que relaciona sentimentos com natureza.
Rimas e títulos são desaconselhados.

O fundamento filosófico do haiku é o princípio budista de que tudo neste mundo é transitório e que o importante é sabermo-nos feitos de mudanças contínuas como a natureza e as estações do ano.

No haiku há uma busca pelo satori, ou seja, a “iluminação” súbita dos “contrários” de que é feita a vida (coexistência contínua de vida e morte) e a certeza de que o homem não é escravo do tempo e da morte, mas que dentro de si leva outro tempo. E a visão instantânea desse “outro tempo” chama-se poesia.

A poesia do haiku deve ser “íntima e subjectiva, tendo como fonte um momento particularmente poético vivido pelo autor (descoberta do Kigo), não deve ser, portanto, poesia artificial e/ou imaginária.” Ou ainda: deve ser um “flash do aqui e agora, - o poema como fruto do “acontecendo agora”, representado pelo Kigo e vivenciado pelo poeta; e não, em consequência de evocação de realidade distante. (...). Lembranças do passado podem estar no presente do poema, associadas ao Kigo, mas o poema não deve ter como assunto principal as lembranças que fazem parte do passado do poeta.


Não querem experimentar também? Cada leitor(a) deixa um. Deal? Olhem que é catártico.
:)
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