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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Gente gira como nós - Quadripolaridades





Uma das pessoas mais acutilantes da blogosfera. E gira, muito gira.

 Olá Pólo Norte Ruth. 


1 – Será que me podes responder a umas questões muito, muito simples?

Qual a cor da tua escova de dentes?
 Cor-de-rosa.

De que lado da cama é que dormes?
Não temos lado da cama definido. Agora que penso nisso, é estranho!:)

Vais querer mais filhos?
Gostava muito, mais dois ou três.  

Não achas que o mundo se divide entre as mulheres que dizem que a sua mala parece a do Sport Billy e aquelas que não fazem sequer ideia de quem é que estamos a falar?
É uma teoria muito, muito válida e quadripolar.

Qual é o teu primeiro nome?
Pólo

:)


2 – És uma mãe ursa ou uma mãe galinha?

Mãe humana, como mãe, serei sempre uma mãe humana. 

3 – Tu e o teu marido são os dois psicólogos. Isso será bom ou mau para a criança?

Um horror, claramente! Se "em casa de ferreiro, espeto de mau", em "casa de psicólogos, bebé hipoactivo e subdotado".

4 – Já estiveste mesmo à beira da morte, com direito a ataques cardíacos e tudo?

Já! Todos os meus "eu já" são reais, embora, gostasse que alguns deles tivessem sido ficcionados.  

5 – Diz-me o que é que tens em comum com a Kicas do Have a Fashion Affair.

Somos primas direitas (às vezes também somos tortas), eu sou madrinha dela, ela é uma das madrinhas da Ana, somos comadres, portanto!

6 – Que lugar é que gostavas mesmo muito de quadripolarizar? E quem é que gostavas de quadripolarizar com a doutrina completa?

Gostaria de quadripolarizar o Pólo Norte, the real one. O Jorge Nuno Pinto da Costa é o meu sonho de quadripolarização. 

7 – Escolhe para o dia do nascimento da Ana o título de um filme que já exista.

"A vida é bela!"

8 – O youtube já te serviu para procurar canções infantis? Ou, como diz o senhor teu marido, tu és mais canções inusitadas, trauteadas com uma voz de escrever à máquina?

Eu sou cantigas da cassete pirata, cantigas inventadas, melodias confusas, versos melódicos que não rimam, eu sou música às gargalhadas para a Ana.  

9 – Aquela carta que escreveste à tua filha, lindíssima por sinal, podia muito bem ter sido escrita por uma mãe blogger (sim, uma que escrevesse bem, que também as há). Isso incomoda-te?

Sou blogger, fui mãe, logo existo? Não me incomoda nada, não tenho como escapar ao facto de (também) ser uma mãe blogger. Digo "também" porque como blogger sou mais do que mãe: sou mulher, e sou pessoa. O meu blog também não é, por isso mesmo, um baby blog. 

10- No fim de 2011 morreu a tua avó. Uma das maiores dores de ter perdido a minha há 5 anos é saber que ela não chegou a conhecer os meus dois filhos mais novos. Pensas nisso? Que conselhos é que achas que ela agora te daria?

Penso nisso todos os dias. Todos. E no meu avô também. Ela morreu e eu estava grávida de semanas, ainda sem o saber. Em homenagem a ela dei o seu nome à minha filha. Conselhos? A minha avó não me dava muitos conselhos, deixava-me viver à experiência, achava que a vida me ensinaria as coisas. Deixou-me um bom legado de valores e de princípios, que é a melhor herança que me podia ter deixado para eu transmitir à minha filha.  

11 – Acreditas que, tal como tu, tive um 9 a E. Física no 10º ano e, também como tu, numa pauta cheia de 17s e 18s?
No meu caso por uma tendinite no calcanhar de Aquiles. Sim, eu descobri à bruta qual era o meu. E qual é o teu calcanhar de Aquiles hoje em dia?

A falta de tolerância, a falta de respeito, mentes tacanhas, pessoas que dizem "eu sou assim e não vou mudar", a rigidez do pensamento, fundamentalmente, a rigidez do pensamento.

12 – Quando falaste na tua leitora que te perguntou, depois de teres sido mãe, quando é que o teu blog voltava ao que era, também eu fiquei a pensar nisso. Nós nunca podemos voltar ao que éramos antes. Nunca. E muito menos depois de termos um filho. Comenta, por favor.

O meu auto-conceito mudou. Tive que encaixar o novo papel: o papel de mãe e, com isso, o papel de mãe da filha do mámen, de mãe da neta da minha mãe e por aí adiante. Um filho muda o nosso ser, muda a importância que damos às coisas menores, faz-nos ser mais tolerantes, menos drama-queens, a relevar mais algumas coisas, a ignorar e desprezar coisas mesquinhas. No fim do dia o que conta são as novas conquistas alcançadas por ela enquanto ser humano e, por mim, enquanto mãe e mulher.

13 – Ruth e Pólo Norte. Qual a diferença e qual a semelhança?

A Pólo Norte é um bocadinho do seu ortónimo. O ortónimo é muito mais que a Pólo Norte. 

14 – Em 2010 escreveste um post em que dizias que não te era indiferente se gostavam do teu blog ou não. A questão da validade externa é importante. Ou pelo menos era. Continua a ser?

Continua noutra perspectiva. Se em 2010 eu me importava se gostavam ou não do meu blog, hoje, em 2012, preocupo-me em quem gosta ou não do meu blog. A questão da validade externa é muito importante mas, quando se chega a um determinado número de pessoas que lêem o blog, sabe-se que não se pode agradar a gregos e troianos. Não escrevo para agradar ninguém, escrevo o que sou. Mas importa-me que as pessoas de quem gosto, simpatizo ou admiro gostem da Pólo Norte, pelo que lêem no blog ou mesmo apesar do que lêem no blog. 

15 – És daquelas mães que concorda sempre com a pediatra da filha, que lhe telefona várias vezes e faz tudo o que ela diz...ou és precisamente o contrário?

Não. Nunca liguei à pediatra da Ana, em quase 3 meses. A minha filha é saudável e eu guardo as dúvidas todas que vou tendo para discutir no espaço da consulta. Não maço a médica por dá cá aquela palha.Com dúvidas menores que tenho dito faço com base no que o meu bom senso me diz e consultando a experiência das mães veteranas que me rodeiam.  

16 – Mesmo sem ser o nome do blog, tens a noção de que o teu man agora é o mámen de toda a gente? Que tal está a ser ter um marido que também tem um blog? Preocupa-te que vos possam comparar com outro casalinho famoso da blogosfera?

É o man do povo blogosférico e eu acho graça. O blog do mámen é discreto e leve, reflecte a personalidade do tipo. Sem calendários, posts agendados ou grande intelectualização, é um blog tão despretensioso que não há como incomodar ninguém. Comparações? Há espaço para mais pessoas e até casais na blogosférica, não vejo porque temer qualquer tipo de comparações. É um homem que tem um blog e que, por acaso, é mámen. Vejo a coisa assim e não numa perspectiva de plural, de casal. 

17 – O que mais te irrita neste mundo virtual?

A maldade gratuita. A mesquinhez. A incoerência de quem lê porque não gosta, à espera de uma palavra boa para criticar, de uma ideia apenas que confirme juízos de valor assentes em generalizações. A falta de amor-próprio de quem perde tempo a tentar chatear bloggers através de diferentes vias. 

18 – Uma coisa que disseste que nunca irias fazer, antes de seres mãe, e agora pimba?
Co-sleeping. Tumbas! Toma que é para aprenderes! Mas com a miúda doente ambas precisámos ali de duas noites pele com pele, respirar com respirar, sonhos sincronizados.

19 – Que pergunta é que te deixaria sem resposta?

Qualquer pergunta sobre a minha identidade. Sem resposta porque me recuso a responder. Se assino um blog como "Pólo Norte" não vejo qual o interesse em saberem que sou a Maria Joaquina, trabalho no sítio y ou tenho olhos cor de burro quando foge. Se assino enquanto personagem blogosférica é porque acredito realmente que o que interessa são as ideias que transpareço para os posts, as palavras, o sentir. A minha cor de cabelo ou roupas que visto são irrelevantes nesta história. Interessa-me que as pessoas se identifiquem com a minha forma de pensar, contraponham outras perspectivas, interajam com a ursa, sintam que façam parte de um conjunto de pessoas com algo em comum: uma dose de loucura, de quadripolaridade. 

20 – De início estava com medo de te entrevistar, sabias? Duas psicólogas…. Ou corre muito bem ou faz faísca.
Achas que correu bem?

Diz-me tu!


(a mania que os psicólogos têm de reenviar sempre as questões para o outro lado, chiça!)



Eu? Eu acho que sim. Queres ver?






Qaudripolaridades, aqui.

E nós estamos no facebook, aqui.


Coisas de ser piegas X



 Lamentamos tudo o que nos falta, em vez de aproveitarmos ao máximo o que temos.

Hoje está pronto para surpreender alguém?

sábado, 27 de outubro de 2012

Irmãos, primos ou namoradinhos. À estalada ou aos beijinhos


Na colecção Primavera Verão comecei esta rubrica. Tinha imensas marcas para mostrar e queria imenso continuar esta ideia mas acabei por não ter tempo para o fazer.
Mas eis que agora com a colecção Outono Inverno 2012/2013 volta em grande esta vontade das mães vestirem de igual os seus rebentos, que é espelhada pelas marcas giras e com estilo. Volta a vontade das mães e volta a minha, pois claro.
Continuo a achar imensa piada, seja com irmãos, primos ou amiguinhos muito chegados. 
Ficam aqui algumas possibilidades. Divirtam-se!



1 - Loja Real; 2 - Patachoka; 3 - Chocolate Azul; 4 - Gocco; 5 - Nas Estrelas



1 - Maria do Laço; 2 - Knot; 3 - Gocco; 4 - Pão de Ló; 5- Laços & Laçarotes



1 - Peixinho do Mar; 2 - Maria Gorda; 3 My mini & me; 4 - Pão de Ló; 5 - Oscar de la Renta



1 - Azul Inglês e Maria Pé; 2 - Maria do Laço; 3 - Borboleta; 4 - Bebe Xik; 5 - Dot



1 - Chocolate Azul; 2 - Babybola: 3 - Dot; 4 - Pukatuka



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

14 meses





Fazes hoje 1 anos e 2 meses e até aos 2 tens direito a festinhas especiais no dia 25 de cada mês.

Acho que aprendeste a andar. Ainda te atiras meio à maluca se te estendemos as mãos. Não o podemos fazer mas olhamos-te olhos nos olhos como que a dizer "podes vir, sem medo, que estamos aqui".

Continuas a fazer-te difícil para comer e só vai lá com distracção. Sei que dizem que não se deve mas esta parte é mesmo o meu calcanhar de Aquiles.

Quando vieste de férias começaste a fazer birras para adormecer e que duram até hoje. Finalmente conseguimos deixar-te a resmungar e sair do quarto e dizer, "tem de ser, é hora de dormir". Claro que primeiro o pai tem de te cantar o Vitinho. Sim, está na hora da caminha, vamos lá dormir. Vê lá fora as estrelas, dormem a sorrir...
Engraçado, o teu pai engraçou com esta que já faz parte da vossa rotina. Sim, este momento especial é do pai. Também foi dos manos e agora é também teu.

Bom, o teu pai que sempre disse que preferia rapazes, está completamente rendido e até escolhe músicas giras, de gatinhas e luvinhas no youtube, só para ti. Não tenho dúvidas que vais ser a menina do papá. Mas neste momento ainda és a menina de toda a gente. Tens uma personalidade cativante, maravilhosa, um sorriso luminoso e sereno que faz com que todos se apaixonem por ti. Leve excepção para o Vicente mas tens que lhe dar o desconto. Os ciúmes apertam e tu tens uma coisa que ele adora. Simmm, a chupeta!

Continuo a emocionar-me com a estória da tua chegada e como estavas destinada a mim, a nós. E tenho uma sensação curiosa que houve dedo da tua bisavó Guta nisto. 

E ainda ontem me perguntaram se não iria ter mais filhos. Pois não sei. Finalmente sinto-me completa.


Beijinhos da mãe.





Deixar um bebé a chorar não.

Eles calam-se porque se cansam. Eles cansam-se de chorar. De chamar a mãe e de ela não vir... Os bebés só nos conhecem a nós, ao nosso cheiro, à nossa voz....são completamente indefesos....




O método Estivill pode ser um pouco duro, até o autor o afirma, e deve ser adaptado à realidade e à personalidade de cada um, na minha perspectiva. É rápido e eficaz sim, mas se confiarmos nele, se acreditarmos no que estamos a fazer e não ficarmos perturbados. E principalmente não deve ser usado com bebés pequeninos. Atenção.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

my crowd



O meu filho mais velho está fartinho de me dizer: Mãe, se tens 4 filhos e se cada um dos filhos tiver 4 filhos...já viste quantos netos é que vais ter???

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sobre o divórcio

Vou falar nisto na próxima formação que vou dar, já em Novembro. E este texto vai comigo, porque acho que não conseguiria nunca dizê-lo tão bem. É um murro no estômago em algumas partes mas o tema a isso o exige. Dá que pensar. O meu trabalho é ajudar as pessoas a ficarem juntas, a resolverem as suas questões, é criar objectivos de vida a dois, a três, a quatro... Mas por vezes não é possível e o meu trabalho passa a ser ajudá-las a separarem-se com dignidade, com amor próprio, com respeito por si e pelos outros. Não é fácil.



Quase todos os meus amigos já se divorciaram; alguns, mais do que uma vez. Uns dizem que é como morrer alguém próximo, há que fazer o luto, pelo menos dois anos. Tretas. Há quem saia de um divórcio cantando e rindo e quem sofra penas por longos e largos anos. Por vezes quem mais sofre foi quem o quis; e não por arrependimento, mas porque sim. Porque sem esperar se perde demais, e a esperança, insuflada pela noção de liberdade, só nos incute a ideia de ganhos. Um divórcio é doloroso; dói de facto como a morte de um ente querido; ou melhor, de uma vida querida que acarinhámos até se transformar num inferno ou num nada, num vazio. E tem momentos de volta atrás, se decorre de um casamento que, em tempos, até foi feliz. Temos que nos esforçar por nos mantermos nas partes más, se não estamos aqui e estamos no mesmo. Um divórcio provoca truques na nossa cabeça, que continua casada mesmo depois dos papéis assinados;  porque é uma cabeça que, para lá do desinteresse do corpo,  continua casada com a vida que tivemos, a única que conhecemos, e não com a pessoa em si. Muitas vezes, o outro  é o menos importante e o mais fácil de esquecer. O luto pode estender-se por anos; num lágrima a despropósito que corre pela cara  de  um filho, que só nós sabemos porque está lá, numa torneira por arranjar, numa ceia de Natal partida ao meio, numa viagem só para quatro, numa cama king size só para um. É  um processo de libertação e, ao mesmo tempo, de desconfiança. Interrogamo-nos muitas vezes para que serve a liberdade que ganhámos  - e que nos sabe tão bem – mas  desconfiamos do futuro, e se poderá alguma vez bater o passado, quando ainda era bom.  Um divórcio é um compasso de espera para os optimistas e uma experiência a não repetir, para os pessimistas. O acto de assinar os papéis é absolutamente simbólico; o que todos guardam é quando um deles  sai de casa de malas na mão, para não voltar. Consoante as situações, instala-se o vazio, o alívio ou o desespero. Às vezes, as três coisas juntas. Toda a casa nos lembra quem partiu, mesmo que tenhamos sido nós a desejar a partida (...quando vem o teu cheiro, dentro de um livro). A culpabilização é enorme, quando existem filhos, mesmo quando foi o outro a sacanear-nos por todos os meios. Os filhos de um divórcio, nos primeiros tempos,  são o fracasso a olhar-nos nos olhos, e esta impressão desvanece-se lentamente. Eu acredito que quando as pessoas se casam é porque se amam. E que, se se divorciam é porque se deixam de amar, apagando  nos filhos o selo de garantia que lhes estampámos quando nasceram: “Aqui está o fruto do nosso amor. Marca registada”. Dizem-me, vezes sem conta,  os miúdos adaptam-se, os meus estão óptimos, são os maiores amigos do meu novo companheiro, têm boas notas, nunca deram trabalho, não precisaram de psicólogo, eu e o meu ex damo-nos bem o que é bom para eles, gostam muito do novo irmãozinho. Mas, não esquecer: para eles, até em adultos, o pai era para ter ficado com a mãe e a mãe com o pai. Que tinham obrigação de se ter entendido. Por eles, que não pediram para vir ao mundo. A nossa sorte é que os nossos filhos gostam muito de nós, independentemente dos disparates que façamos, e fingem que se fartam só para verem em nós uma centelha da felicidade de que se lembram de quando os pais ainda eram casados, mesmo que estejamos com outras pessoas,  eternos estranhos para eles.

Controversa Maresia

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

2 dias que sabem a pouco


Sábado tive cá os papás, que trouxeram lembranças do meu Alentejo e miminhos até dizer chega. Vieram também na sacola peças giras giras para cada um dos netos. E quando regressaram levaram com eles o meu adorado e terrível V. Faz-lhe bem e ele adora mas custa-me sempre tanto o momento da despedida. E os mais velhos ficaram de lágrima no olho por não poderem ir também. Agora só nas férias do Natal. Cheguem depressa pedem eles com toda a pujança.
Esta noite dormi mal e senti-me a ficar super constipada.Raios.
Mas mesmo assim peguei em todas as minhas forças e lá fui com o Manel a uma manhã diferente com a ilustradora Rita Duque. E foi tão giro. Este meu filho sempre teve muito jeitinho e penso que encontrou a sua vocação, mas só o tempo o dirá.


A tarde foi caseirinha, cheia de muitos atchins. Aproveitei para mudar o armário da C. Finalmente passei para as roupas Outono-Inverno, definitivamente. Mas deu-me cá uma pena ver os seus lindos vestidinhos a irem embora de vez. Parte o coração (e não, não vou ter mais nenhum bebé para herdar estas roupinhas lindas. Talvez para a mana mais nova quem sabe. Mas já duas pessoas me aliciaram a vender. Não sei. Estou tentada mas não sei). Realmente, os bebés são muito mais do que as roupinhas que vestem. E por vezes fico sem saber se faço bem ou mal em mostrar roupas quando andamos todos em contenção. Penso que a ideia principal é tentar perceber o que é que fará mesmo falta e ter alguns básicos, como um vestido ou macacão de ganga, por exemplo, ou uma blusinha de golas, branca, que dá praticamente com tudo.
Vou continuar a mostrar peças que gosto mas longe de mim tê-las todas. Mostro porque as acho todas lindas mas depois a ideia é que cada uma de vós, e eu incluída, faça a sua verdadeira selecção. Eu chego a perder mais a cabeça com coisas para ela do que para mim ou para os outros filhos. Mas é preciso ter tento, que este país não está para esbanjadores.



Fiquei super contente ao descobrir que já há, finalmente, papa Cerelac para fazer com leite. Aleluia. Não sei porque é que demoraram tanto tempo a magicar tal coisa.

Sei que o workshop da MumstheBoss foi um sucesso e infelizmente não podemos ir. Mas já vi que muitas amigas virtuais se conheceram ali pela primeira vez e só isso já deve ter sido espectacular. Os votos de muito sucesso para a Magda.

Ontem à noite comecei a ver a Anatomia de Grey e chorei que nem uma Madalena pela morte do Sloan. O estar a ficar velha tem coisas engraçadas. Há uns anos teria muitos pruridos em chorar ao pé do maridão, por causa de um filme. Podia parecer um bocado tolo e eu não queria parecer tola aos olhos dele. Mas agora já não me importo e curiosamente percebi que isso o enternece. As relações são curiosas, não são?

E nos dois primeiros sábados de Novembro vou estar a dar formação exactamente na área dos casais, mas só para psicólogos ou gente da área da saúde. A par da intervenção parental e familiar, a área dos casais é a minha praia. Adoro.

E pronto, espero que tenham uma boa semana e que me venham visitar muitas vezes!

sábado, 20 de outubro de 2012

Coisas de ser piegas IX

O vídeo foi feito pela Amanda e a mãe decidiu mostrá-lo para que outras crianças não tivessem de passar pelo mesmo.
Mas passam e vão continuar a passar.

Esta semana uma aluna veio ter comigo a chorar porque a irmã mais nova sofre de bullying há 2 anos e só em Julho contou aos pais. E mudaram-na de escola, para outra cidade e as agressoras deram-se ao trabalho de ir ter com ela à nova escola, na nova cidade.

Sofrer sozinha é do camandro.

Amanda não aguentou e suicidou-se.
Preciso de alguém foi o grito surdo que lançou, a ajuda desesperada que pediu.Mas ninguém veio.E sozinha morreu.
Para onde caminha a nossa sociedade?

Estou tão cansada de haters. Não estamos todos?



 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Constatações do dia (da semana, vá)


  • Está frio. Está bué da frio. Quero o Verão de volta!

  • Os collants de mousse são um apetite mas não são lá muito próprios para meninas que gatinham. Na segunda vez que os vestiu já estão cheios de malhas e malhinhas e cenas agarradas.

  • Os collants calçam-se ou vestem-se?

  • As pessoas são movidas por interesses. E fazem-se difíceis. E são cheias de esquemas. Chiça.

  • Esta semana já pensei em largar o blog umas 500 vezes. Umas 501, vá.

  • Ao mesmo tempo fico entusiasmada de estar a chegar aos 300 seguidores aqui e aos 1800 lá. Dá pica, o que é que querem?

  • O Vicente agora bate na irmã. Dá-lhe umas sapatadas na cara que já não podem ser consideradas chapadinhas de amor. O ciúme é #$%&$#.

  • Depois do GPS dizer "vire à direita", "vire à direita", "vire na próxima à direita", ainda estou à espera que a rapariga se passe e diga "Vira à direita, porra!"

  • Porque é que Heraclito escreveu "Somos e não somos" e foi considerado um grande pensador, e a pobre da Lili Caneças disse "Estar vivo é o contrário de estar morto" e não lhe deram o Doutoramento Honoris Causa? Não percebo nada disto, darlings.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Estudar ou não estudar e a crise aos olhos do meu filho mais velho

Os meus filhos não gostam de estudar. Estudam porque tem de ser. Comigo a forçar um bocadinho, claro está. Os trabalhos para casa idem. Eles gostam mesmo é de brincar e agora arranjaram a desculpa perfeita.

mãe: Afonso, vai estudar.
Afonso: Oh mãe, para quê? Eu faça o que fizer da minha vida, o futuro vai ser feito de miséria.Não devo ganhar mais do que o salário mínimo. Nem eu nem ninguém.


E pronto, o futuro não está risonho. É triste e cinzento e frio e desconfortável como o dia de hoje.

Amor I love you


Toda a gente sabe que adorooo o Atelier da Tufi. Não sei se se lembram mas também eu concorri a um passatempo do Atelier, há uns tempos atrás.





E agora tive o gosto de fazer uma parceria muito gira com a Sofia. 





O quadro da Filipa, a vencedora do passatempo




E eu também tive direito a um miminho.
Baseado nesta música surgiu este quadro.







Muito obrigada Sofia. Muitos anos de vida para o Atelier!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Petrichor




Ela - Zippy
Ele - Nautica

Obrigada por estarem desse lado

Ontem escrevi assim no fb, à noitinha:

Hoje já ouvi tantas estórias, estórias de dor e sofrimento. Umas ainda de espera e de esperança e outras de resignação ou de desilusão. Hoje já ouvi tantas estórias de gente feliz, apesar da vida as testar quase até ao limite. Algumas destas pessoas eu já conhecia mas não sabia. E não consigo deixar de pensar nisto, na ideia de que nós nunca sabemos realmente como é a vida de alguém, o que se passa dentro da sua casa ou dentro do seu peito. Olhamos mas não vemos porque não nos deixam ver, porque a dor deve ser vivida em silêncio - ainda há quem acredite nisso - ou então não vemos porque não olhamos com os olhos do coração...

O que vês, quando olhas?



E resolvi deixar esta mensagem aqui porque percebi que afinal há quem me leia por aqui e não pelo facebook. Também percebi que há muita gente a ler-me. E ainda que há muita gente a confiar em mim.

Um abraço apertadinho. Obrigada por estarem desse lado.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Para ter filhos não basta querer ou a estória de uma infertilidade com final feliz.



“ Há que olhar para a frente e ter fé...”
“Whatever way motherhood comes to us, it will always be especial”
(escrito no meu diário em 2007)



Quando somos pequenas queremos ser professoras, bailarinas, decoradoras, e claro, mães. Na grande maioria é quase instintivo. Uma força inexplicável.
E, realmente, como as coisas mudam! Se durante os nossos anos de juventude ficamos contentes por saber que, afinal, não estamos grávidas (quem não passou já por um susto desses?), com o passar dos anos, aquilo que foi sentido como um alívio e até com uma certa alegria, pode tornar-se um pesadelo.
E para muitas e muitas mulheres, por muito ridículo que pareça a quem vê de fora, 6 meses de espera, de anseios e tentativas frustradas é uma eternidade. É verdade que a grande maioria engravida no primeiro ano, mas… e quando isso não acontece? E quando passa o primeiro ano e depois o segundo e quando se engravida e se aborta sem saber porquê? E aí como é que fica? Como é que se gere a nossa vida? Como é que se mantém o nosso amor-próprio, a nossa auto-estima e a confiança em nós, no outro e no futuro?
Pois…temas difíceis, momentos difíceis, que infelizmente fazem parte da vida de muita gente e também fizeram parte da minha.

E se a uma certa altura fiz parte da estatística e consegui engravidar (e levar a gravidez até ao fim) no primeiro ano de tentativas, a verdade é que depois disso a história foi outra….
Infertilidade secundária. Mas do que é que estão a falar? Como é que é possível gerar um primeiro filho sem esforço e depois sentir que para nós acabou? Mas porquê?
A infertilidade secundária é definida como a incapacidade de conceber um bebé ou seguir com a gravidez até o fim, após o nascimento de um ou mais bebés. Dizem também que é uma condição médica comum. Mas se é comum porque é que ninguém fala nisso? Porque é que estas coisas se escondem tão bem escondidas que ficamos a pensar que mais ninguém passou por isso sem sermos nós e que alguma coisa de muito errado devemos ter feito.
Porque é que ninguém fala nas tentativas frustradas e nas gravidezes falhadas?

Eu vou falar, porque me consumiu, porque nos fez sofrer, mas, sobretudo, porque nos uniu, nos fez realmente pensar no que é que é realmente este milagre de gerar um filho e dar-lhe um lar.
Filhos não se planeiam, filhos não se escolhem, sexos não se escolhem… e quantidades também não. Ter um filho é uma dádiva (e sei que toda a gente acena com a cabeça, mas pergunto a mim mesma se toda a gente de facto percebe aquilo que estou a dizer). E se toda a gente fala nos seus rebentos, nas roupinhas e no cheiro a bebé, pouco se fala nas mãos vazias, no coração dorido, e em toda a frustração que é tentar-se engravidar sem conseguir, ou passando por abortos recorrentes, sobretudo quando os médicos dizem “…. Não há causa aparente, são azares da vida”.
Nesses momentos olha-se à volta e suspira-se quando a colega torna a engravidar sem querer, começa-se a evitar visitas à maternidade, a evitar babyshowers das amigas, (que na grande maioria são todas hiper compreensivas até engravidarem e depois insistem em que tens que ser de ferro e ver com elas fotos de ecografias, primeiras roupinhas e mais não sei o quê….). E não, não tem nada a ver com inveja, tem a ver com uma simples realidade que também queremos sentir, festejar. Que desejamos muito para os outros mas também muito para nós próprias.

Por isso aconselho a quem passa por estas situações… falem, não guardem sentimentos e dores surdas. Isso não ajuda mesmo em nada. Há mais gente no mesmo barco, há fóruns que falam sobre tudo isto e onde há pessoas que passam pelo mesmo (e que como tal sabem o que custa, não vão dar palmadinhas nas costas e dizer “ vais ver que quando deixares de pensar nisso vai acontecer”….)
Ao fim de 5 anos consegui não só engravidar, como manter a gravidez até ao fim. E hoje tenho dois filhos fantásticos, que me completam como nunca nada me completou, que me preenchem e que amo tanto e tanto que às vezes até chega a doer.
Se gostava de ter mais filhos? Sim gostava, mas também gostava que ao escrever estas palavras não houvesse tantas mulheres e homens a sofrer por não poder ter filhos de todo. Por saber isso limito-me a dar graças, todos os dias, sempre, porque para ter filhos, soube de uma forma muito dura uma verdade muito simples, para ter filhos não basta querer.







Muito obrigada Patrícia pelo teu testemunho.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Pergunta da semana - semana 34

If you could live the life of any blogger for one day, who would he/she be?

4D na Borboleta


O blog/loja Borboleta, ou melhor, a queridíssima Mariana entrevistou-nos.

Esta é a terceira entrevista que dou e, até agora, tenho achado sempre imensa piada responder.
Este intercâmbio entre bloggers é fantástico e não acho nada estranho que várias pessoas decidam criar este formato entrevista no seu reduto. No meu caso, sei que não fui original e não esperava sê-lo. Fi-lo simplesmente porque me diverte e porque, desde o primeiro momento, o feedback foi mesmo fantástico.  Parabéns a todas as que já realizaram entrevistas e que o vão continuar a fazer. Não consigo garantir que os convidados não  sejam os mesmos porque o mundo é uma ervilha mas isso nem sequer tem de ser mau. Um destes dias dizia aos meus alunos: Uma mesma estória contada por pessoas diferentes vai ter necessariamente nuances diferentes, vai levar a diferentes reflexões porque, sem sombra de dúvida, as pessoas são diferentes. Tão simples quanto isso.


Obrigada Borboleta pelo convite.
Espero que gostem.



domingo, 14 de outubro de 2012

Programa com os miúdos - novas dicas

Lembram-se disto? Há praticamente 6 meses estivemos lá e foi fantástico.
E resolvemos repetir. Sabíamos que desta vez ia encher, não tivesse um convidado especialíssimo, o Mário Laginha.
E sabíamos também que a sessão de Sintra, na próxima semana, já estava esgotada há uns tempos.

Foi lindo, lindo, lindo.
Cada vez gosto mais destes nossos momentos eruditos:)

Vale a pena estarem atentos à agenda de concertos, sem dúvida.





C. com o pianista Mário Laginha

C. com o maestro Paulo Lameiro

O mais velho e o mais novo do gangue dos rapazes. E o piano onde o Mário Laginha tinha acabado de tocar.

Tenho a impressão que o destino deste meu V. está traçado.

Vestido mega giro. Presente da Cacomae, da Peixinho do Mar

Primeira vez que vestiu collants de mousse. Linda, linda, linda.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Gente gira como nós - Às 9 no meu blog

Às 9 no meu blog






Comecei esta entrevista a pensar que esta entrevistada bem que podia ter ido para dentro da casa mais famosa do país com o mesmo segredo do Hélio…


Olá Sofia.


1- Quantas vezes é que já te perguntaram se sabias o que significava o teu nome? Sabes que é um peso que carregamos, tu e eu. Eu tenho cá para mim que não podem haver Sofias pouco espertas. Temos cá uma responsabilidade, não te parece? E já agora, sabes como é que ficaste com o nome que tens? E se não fosses Sofia como é que gostarias de te chamar?

Ainda há quem faça essa pergunta associando-a à tua personalidade, àquilo que pareces ser e ao que demonstras saber. Sim, concordo que muita gente atribui um peso e uma responsabilidade a este nome, tão simples e tão pleno de significado. Eu adoro o meu nome:)

Em relação à escolha, foi feita pelo meu adorado pai. Se não fosse Sofia podia muito bem ser Inês.


2 - Começo por te pedir algo que acho fundamental e que acaba por ser uma espécie de picardia ou de sátira a este mundo fantástico e estranho, que é o mundo virtual. Se por um lado é qualquer coisa de super especial o uso da imaginação a que o processo nos obriga (mas que leva à idealização e a desdialização, que são outros quinhentos) por outro lado afasta-nos dos sentidos, e amplifica a falta do gesto, do toque, do olhar e tudo o que ele alcança (sabias que é o último dos sentidos a perder de vista?).

Então começo por pedir que te descrevas.

Sou a Sofia, a Ana Sofia, mãe orgulhosa do pequeno Martim, casada com um adorável e apaixonante Pedro, mãe de coração de mais dois meninos que cuido e protejo como se fossem meus, Jurista, Consultora, Fotógrafa de paixão, optimista, entusiasta, mulher de fé e de crenças, resiliente, ambiciosa, profundamente apaixonada pela vida, que se encanta com facilidade, que adora viajar, que adora cozinhar, que adora vender ideias, criar, pôr a mão na massa, trabalhar em equipa (na vida pessoal e profissional), que é chata quando tem sono e fome, teimosa,  refilona, obcecada com organização e método, perfeccionista, impulsiva, que se move por pessoas e causas.

3 - Sinto que te mostras mais hoje em dia no teu blog do que há algum tempo atrás. Por alguma razão em especial?

Porque me foi apetecendo dar a conhecer um pouco mais de mim, ainda que continue a ser muito residual. O blog espelha apenas uma pequena parte do que sou, de quem sou.

4 - Já falaste em mim no teu blog. E muito, muito bem. Foi delicioso ler-te. Ainda mais porque senti desde logo que foi muito genuíno. Muito obrigada uma vez mais. Mas tenho de perguntar? Tu lês-me mesmo? Sabes que me sinto uma mísera mortal ao pé de ti:)


Claro que te leio! :) Sabes que tenho uma enorme admiração pela tua classe, pelos Psicólogos. Já há muitos, muitos anos que as minhas equipas de trabalho são sempre compostas por gente da psicologia e eu sou fascinada pela forma de pensar, observar e agir destes senhores. O teu blog, além de reflectir muito bem uma personalidade que admiro (e a tal forma de ver a vida que é muito semelhante às pessoas de psicologia) é uma ternura. É o espelho de uma pessoa de bem e de bem com a vida. Mãe de 4 filhos! Tenho uma enorme admiração por ti. Eu adorava ter muitos filhos. :)

5 - E sabes que esse episódio foi mesmo muito engraçado, visto em retrospectiva. Estava no Alentejo, na casa dos meus pais. E estava com o meu macbook, que utilizo muito pouco em minha casa. E abri o meu blog e tinha uns 80 e tal online users. E eu achei que o computador tinha pifado e fiz refresh só para confirmar e não liguei, porque me continuou a dar o mesmo número e eu achei, de facto, que estava a ser erro do computador. Um pouco mais tarde é que me enviaram mensagem a dizer que tinhas falado de mim. E demorei ainda uns segundos a fazer o clic.
O que é saberes que está tanta gente a ler-te? O que é saberes que és uma opinion maker (mesmo que não te sintas como tal sabes que és). O que é que achas que torna o teu blog diferente (sim, porque há muitos blogs mas poucos com tantos seguidores).

Nem sempre tenho essa noção. Nem sempre penso no número de pessoas que me possa estar a ler num determinado momento. Sou muito grata a tudo o que o blog representa para mim, ainda mais grata às pessoas que me escrevem e que tiram do seu tempo para me dizer alguma coisa – gosto muito de receber e-mails, apesar de ser uma grande chata para responder.
E só acho que o meu blog é diferente na medida em que é o meu e reflecte um pouco daquilo que sou. Só isso faz de mim uma pessoa diferente.

6 - O que é que o teu marido diz do teu blog? E a tua mãe? Vamos fazer aqui um jogo. Perguntas-lhe e deixas aqui a resposta deles.

Marido: um espaço bonito, harmonioso que transpira o melhor de ti.
Mãe: uma óptima terapia.

7 - Pensas em quem te lê quando estás a escrever um post?

Não é um processo automático. Os meus posts derivam de situações que me acontecem no dia a dia e nesse sentido funcionam como um registo de bordo. Muitas vezes só faço esse exercício (de imaginar o que podem pensar as pessoas que me estão a ler) muito tempo depois de ter escrito um determinado post.

8 - De onde veio a opção de não teres comentários? Fala-me sobre isso.

Esta opção (que será revista em breve, com as mudanças que estão a ocorrer no blog) teve a ver com um cansaço que comecei a sentir pela perseguição sem limites de algumas pessoas que, não tendo mais para fazer, se divertem a aborrecer os outros. E conseguem. Aliás, vês em tantos outros blogs este cansaço reflectido e que às tantas se torna explosivo e faz com que saiam disparados posts contra este tipo de gente que só sabe destilar veneno.

9 - Transparece meiguice e sensibilidade no teu cantinho. O que é que te tira do sério? E em que alturas em que não consegues ser meiga mas até achas que devias fazer um esforço para isso.

Pouca coisa me tira mesmo do sério. Mas tenho pouca tolerância com a falta de respeito e com a falta de educação.

10 - A primeira vez que passei ou que dei com o teu blog, pensei que as fotos não fossem tuas. E depois percebi que eram mesmo. Onde é que aprendeste a fotografar assim? Que máquinas usas? Qual o programa preferido de tratamento de imagem?

A fotografia é uma paixão! Adoro! Mas acho que não tenho assim tanto jeito, sinceramente. Quando vejo as fotografias da Catarina Ferreira, do Ties, ou da Mariana Sabido, ou da Teresa Noéme ou da querida Sara Pita, percebo como estou a anos luz daqueles talentos.
Ainda assim vou insistindo em aperfeiçoar e melhorar técnicas. E tenho um bom mestre em casa, muitas das fotos que vou postando são da autoria do senhor meu marido.
Uso uma Canon 600D e não tenho nenhum programa xpto para tratamento de imagem. O Picasa, o PicMonkey e o Lightroom têm sido bons parceiros.

11 - O que querias ser quando eras pequena? E no que é que te tornaste?
“Médica dos bebés”.
Jurista/Consultora

12 - O que achas do amor à distância?

Um desafio à altura do verdadeiro amor!

13 - O que é que mudou na tua vida desde que começaste a escrever no blog até agora?

Mudou a vida toda. Mudei de país três vezes, conheci o amor da minha vida, fui mãe, amei à distância, troquei o certo pelo incerto, acreditei, lutei e alcancei. Voltei a Lisboa, mas não me parece que seja desta que fico de vez.

14 - Quando é que a tua Leonor vai chegar?

No próximo ano. :)

15 - Como imaginas a tua vida daqui a 10 anos?

Sofia, Pedro, Martim, Leonor, Rodrigo e Madalena (os meus dois filhos do coração). Alentejo. Uma Herdade. Uma praia. O nosso grande sonho.

16 - Como é ser uma família reconstruída? Fala-nos um pouco sobre isso, dos teus e dos nossos, já que há imensa gente a passar pelo mesmo.

Ser uma família reconstruída é aprender uma nova forma de amar, os teus e os nossos. É aceitar, cuidar, proteger, querer bem, compreender, gerir muitas vezes o caos emocional, multiplicar por muito os momentos de partilha, fortalecer laços, criar novos, saber ouvir, saber esperar, saber dar. Acima de tudo é ter a força suficiente para aceitar a bagagem que cada um de nós traz consigo. Umas mais leves, outras mais pesadas, todas em forma de lição de vida.
Não é sempre fácil, nem sempre é cor de rosa, mas a palavra de ordem é relativizar. E quando estás disposta a dar sem esperar mais, tudo se simplifica (e um dia recebes sem medida tudo aquilo que não esperavas).

17-
Uma palavra para Martim - sempre
Uma palavra para Lisboa - adorável
Uma palavra para Alpes - família
Uma palavra para o que te faz feliz - amor
Uma palavra para agora - trabalho
Uma palavra para música - energia
Uma palavra para Miss Glitering - sol

A canção que ultimamente te tem vindo à cabeça mais vezes – Shine, Laura Izibor.
Às 9 da manhã ou às 9 da noite? 9 da manhã.
Modo Outono ou modo Verão? Modo Verão, sempre!


18 - “Certas coisas nem o tempo apaga” Que coisas?

Memórias de tudo o que nos fica marcado na pele. De bom e de menos bom. Esforço-me por deixar em mim só o que foi bom.

19 - Escolhe uma palavra. Que post encontraste, no teu blog, associado a essa palavra?


Acreditar / http://asnovenomeublogue.clix.pt/2012/08/ora-entao-bom-dia_22.html


20 - E para terminar, a pergunta que sempre quis fazer (e o mais engraçado é que faz aqui tanto sentido - fecha-se o círculo):
O que dizem os teus olhos?

Dizem tudo. Dizem sempre tudo. E tudo neste momento da minha/nossa vida resume-se assim: é tão bom estar em casa.




E foi tão bom ter-te cá. Muito obrigada.










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